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fotografia (técnica)
O processo fotográfico teve como precursor a constatação científica de que determinados químicos sofriam alterações quando expostos à luz. A partir dos anos 1820 foram realizadas tentativas para a fixação de imagens através da exploração desta características dos produtos químicos. No entanto, só em 1827 (ou 1826, segundo algumas fontes), quando o francês Joseph Nicéphore Niepce, depois de uma exposição de oito horas, consegue a reprodução da vista que se estende da janela do seu quarto, numa placa de minério recolhido na Ásia Menor, se atinge algum sucesso na captação permanente de uma imagem.
Apesar deste momento pioneiro de Niepce, foi o seu sócio, Louis Jacques Mandé Daguerre, quem conseguiu desenvolver e aperfeiçoar o processo da fotografia, ao descobrir um meio de obtenção de positivos diretos em placas de metal. Em 1839, ao fim de dez anos de intensas pesquisas, este cientista francês, fez o anúncio público desta descoberta, dando-lhe o nome de "daguerreótipo". As imagens eram produzidas numa placa coberta com iodo de prata e fixadas com sal e, embora assumissem grande fragilidade, eram capazes de reproduzir a realidade com grande detalhe.
Em simultâneo com as investigações de Daguerre, o inglês William Henry Fox Talbot realizava uma série de experiências que resultaram na invenção de um outro processo que consistia na fixação das imagens em forma de negativo sobre um papel impregnado com uma solução de sais de prata. Foi igualmente em 1839 que este método, desinado por "calótipo", foi tornado público. Em relação ao daguerreótipo, que constituía uma imagem única em positivo, o calótipo tinha como principal vantagem a possiblidade de obtenção de várias provas a partir de um único negativo. Não atingia, no entanto, a mesma qualidade e definição.
As investigações prosseguiram, protagonizadas por inúmeros cientistas, atingindo alguns resultados importantes. Dos mais marcantes foi a solução do negativo em vidro, criada em 1851, que permitia reunir as melhores características dos dois processos anteriores.
Em meados de oitocentos, a fotografia tornou-se um meio bastante popularizado de divulgação de informação visual sobre o mundo. Esta dimensão popular conheceu um grande incremento com a criação da fotografia estereoscópica em 1860.
Outro momento significativo no desenvolvimento da tecnologia fotográfica foi a invenção do negativo seco, em vidro, emulsionado com um produto gelatinoso. Isto evitava a solução mais artesanal da emulsão líquida que exigia uma difícil preparação individual.
O sucesso comercial deste processo é testemunhado pela multiplicação e rápida expansão das empresas produtoras de negativos e de papel para impressões. Em paralelo com esta proliferação da produção surgiu a necessidade de normalização dos procedimentos, dos negativos, dos papéis e das respetivas características (tais como os formatos e as sensibilidades).
Na década de 1880, o americano George Eastman inventa um negativo em rolo que admitia várias exposições para o qual construiu uma máquina de utilização muito fácil. Esta câmara, produzida a partir de 1888 chamava-se "Kodak nº 1" e foi responsável pela total democratização deste processo de realização de imagens.
Uma vez que todos estes processos eram capazes de definir exlcusivamente imagens a preto e branco, a possiblidade de introdução da cor limitava-se à coloração final e manual da prova em papel, utilizando aguarela.
O primeiro passo para a criação de um sistema de fixação de imagens a cores foi concretizado pelo físico ingles James Maxwell quando, em 1855, definiu o princípio da cor fotográfica a partir das três cores primárias. Partindo desta teoria, os irmãos Lumiére anunciaram, em 1904, o primeiro processo fotográfico a cores, o qual só seria suplantado em 1935, com a invenção do filme Kodachrome transparente.
Nesta altura, o filme de 35 mm, desenhado inicialmente para o cinema foi adotada por Oscar Barnack que construiu uma câmara revolucionária, mais pequena e de mais fácil utilização que as anteriores Kodak, a famosa Leica A.
A partir daqui as evoluções tecnológicas sucederam-se, muitas delas centrando-se na área da fotogravura e da reprodução fotomecânica e gráfica. Surgiram também as fotografias em infra-vermelhos ou com negativos especiais sensíveis a determinados fenómenos físicos como a temperatura.
Várias décadas após a invenção da máquina fotográfica Polaroid, capaz de revelar imediatamente as fotografias, a mais marcante revolução no campo da captação de imagens fixas foi a invenção da fotografia digital.
Apesar deste momento pioneiro de Niepce, foi o seu sócio, Louis Jacques Mandé Daguerre, quem conseguiu desenvolver e aperfeiçoar o processo da fotografia, ao descobrir um meio de obtenção de positivos diretos em placas de metal. Em 1839, ao fim de dez anos de intensas pesquisas, este cientista francês, fez o anúncio público desta descoberta, dando-lhe o nome de "daguerreótipo". As imagens eram produzidas numa placa coberta com iodo de prata e fixadas com sal e, embora assumissem grande fragilidade, eram capazes de reproduzir a realidade com grande detalhe.
Em simultâneo com as investigações de Daguerre, o inglês William Henry Fox Talbot realizava uma série de experiências que resultaram na invenção de um outro processo que consistia na fixação das imagens em forma de negativo sobre um papel impregnado com uma solução de sais de prata. Foi igualmente em 1839 que este método, desinado por "calótipo", foi tornado público. Em relação ao daguerreótipo, que constituía uma imagem única em positivo, o calótipo tinha como principal vantagem a possiblidade de obtenção de várias provas a partir de um único negativo. Não atingia, no entanto, a mesma qualidade e definição.
Em meados de oitocentos, a fotografia tornou-se um meio bastante popularizado de divulgação de informação visual sobre o mundo. Esta dimensão popular conheceu um grande incremento com a criação da fotografia estereoscópica em 1860.
Outro momento significativo no desenvolvimento da tecnologia fotográfica foi a invenção do negativo seco, em vidro, emulsionado com um produto gelatinoso. Isto evitava a solução mais artesanal da emulsão líquida que exigia uma difícil preparação individual.
O sucesso comercial deste processo é testemunhado pela multiplicação e rápida expansão das empresas produtoras de negativos e de papel para impressões. Em paralelo com esta proliferação da produção surgiu a necessidade de normalização dos procedimentos, dos negativos, dos papéis e das respetivas características (tais como os formatos e as sensibilidades).
Na década de 1880, o americano George Eastman inventa um negativo em rolo que admitia várias exposições para o qual construiu uma máquina de utilização muito fácil. Esta câmara, produzida a partir de 1888 chamava-se "Kodak nº 1" e foi responsável pela total democratização deste processo de realização de imagens.
Uma vez que todos estes processos eram capazes de definir exlcusivamente imagens a preto e branco, a possiblidade de introdução da cor limitava-se à coloração final e manual da prova em papel, utilizando aguarela.
O primeiro passo para a criação de um sistema de fixação de imagens a cores foi concretizado pelo físico ingles James Maxwell quando, em 1855, definiu o princípio da cor fotográfica a partir das três cores primárias. Partindo desta teoria, os irmãos Lumiére anunciaram, em 1904, o primeiro processo fotográfico a cores, o qual só seria suplantado em 1935, com a invenção do filme Kodachrome transparente.
Nesta altura, o filme de 35 mm, desenhado inicialmente para o cinema foi adotada por Oscar Barnack que construiu uma câmara revolucionária, mais pequena e de mais fácil utilização que as anteriores Kodak, a famosa Leica A.
A partir daqui as evoluções tecnológicas sucederam-se, muitas delas centrando-se na área da fotogravura e da reprodução fotomecânica e gráfica. Surgiram também as fotografias em infra-vermelhos ou com negativos especiais sensíveis a determinados fenómenos físicos como a temperatura.
Várias décadas após a invenção da máquina fotográfica Polaroid, capaz de revelar imediatamente as fotografias, a mais marcante revolução no campo da captação de imagens fixas foi a invenção da fotografia digital.
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Como referenciar
Porto Editora – fotografia (técnica) na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-06-07 14:39:11]. Disponível em
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