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Gaspar Correia
Gaspar Correia, nascido em 1495 e falecido em 1565, pertence à geração que nasceu com a empresa do Gama. Pertenceu à Real Câmara, fazendo as primeiras armas no Ultramar, e foi escrivão do governador na Índia, para onde emigrou no transe da euforia albuquerquiana. Viveu então a aventura das armas e das letras, relatando as suas experiências como secretário de Afonso de Albuquerque, o conquistador de Goa e Malaca, com detalhe minucioso. Dedicou-se também à pintura.
A sua obra Lendas da Índia é talvez o mais vigoroso monumento literário da presença portuguesa no Oriente. A sua historiografia é direta, nutrida da própria heroica atualidade. Através da sua leitura, descobrimos vivências autênticas do autor que resultam numa sobriedade e realismo, que se alia ao cuidado informativo e minúcia descritiva de um exótico extremamente rico e de cenas picarescas. O autor não se prendeu ao que não fosse o "drama" humano, o "processo" épico. Este livro de viagens adotou este título pelo carácter de registo que possui, podendo o vocábulo "lenda" significar "livro de bordo" ou "registo".
Gaspar Correia, por desavenças com os responsáveis locais da crise portuguesa no Indostão, acabou por ser conhecido como homem à margem, contuso, preterido, sendo, consequentemente, assassinado. A Academia das Ciências encarregou-se de publicar a sua obra, em oito volumes, entre 1860 e 1931.
A sua obra Lendas da Índia é talvez o mais vigoroso monumento literário da presença portuguesa no Oriente. A sua historiografia é direta, nutrida da própria heroica atualidade. Através da sua leitura, descobrimos vivências autênticas do autor que resultam numa sobriedade e realismo, que se alia ao cuidado informativo e minúcia descritiva de um exótico extremamente rico e de cenas picarescas. O autor não se prendeu ao que não fosse o "drama" humano, o "processo" épico. Este livro de viagens adotou este título pelo carácter de registo que possui, podendo o vocábulo "lenda" significar "livro de bordo" ou "registo".
Gaspar Correia, por desavenças com os responsáveis locais da crise portuguesa no Indostão, acabou por ser conhecido como homem à margem, contuso, preterido, sendo, consequentemente, assassinado. A Academia das Ciências encarregou-se de publicar a sua obra, em oito volumes, entre 1860 e 1931.
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Como referenciar
Porto Editora – Gaspar Correia na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2022-05-22 12:03:39]. Disponível em
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