grupo de descendência
As relações de parentesco baseiam-se na descendência. A descendência pode ser reconhecida através do homem (descendência por linha paterna ou patrilinear), ou através da mulher (descendência por linha materna ou matrilinear), embora existam outros tipos de combinações destes dois modos de considerar a descendência. Em muitas sociedades é o modo como a descendência é reconhecida que determina o grupo de descendência, que se estabelece segundo o critério da residência em comum: virilocal (quando se vive em casa da famíla do marido), uxorilocal (quando se vive em casa da famíla da mulher), neolocal (quando se fixa nova residência).
A determinação da descendência pelo nome é fundamental para o reconhecimento da descendência por linha paterna ou por linha materna.
É de facto esta função de reprodução social da família, mais do que a reprodução biológica, que permite a legitimação da descendência social. A reprodução social consiste na transmissão, de geração em geração, de um nome, de direitos e deveres, etc. O grupo de descendência é, nesta medida, uma entidade dinâmica, pois o filho desempenhará um dia o papel de pai e este, por sua vez, o papel de avô.
Na famíla nuclear (conjugal ou restrita) urbana, o poder concedido às relações de parentesco encontra-se enfraquecido em relação à família alargada (ou extensa) tradicional, estando cada vez mais o gupo de descendência restrito aos pais e aos filhos. É assim que nas sociedades urbanas e industrializadas, em que existe uma predominância estrutural da família conjugal isolada, Parsons assinala a perda, por parte da pessoa, de um status relativamente estável, como acontece numa relação de parentesco mais ou menos alargada. Isto porque, no nosso sistema de parentesco, a ligação conjugal é hoje mais importante do que as ligações com os pais, os irmãos e as irmãs. "Ego, pelo casamento, encontra-se, em comparação com outros sistemas de parentesco, radicalmente separado da sua "famíla de orientação", dos seus pais e dos antepassados destes, como dos seus irmãos e irmãs. Ele está antes do mais ligado ao seu cônjuge e aos seus filhos comuns". A importância da família de procriação (que se constitui pelo casamento) faz com que nenhuma das duas famílias de orientação (na qual se nasceu) tenha hoje prioridade reconhecida de status, donde resulta uma "simetria multilinear" baseada no sistema bilateral de parentesco. Esta simetria multilinear do sistema de parentesco caracteriza, igualmente, o grupo de descendência (este aspeto é também observável, por exemplo, no facto de existirem mulheres que não adotam o nome do marido pelo casamento).
Assiste-se, hoje, ao aparecimento de famílias simultâneas, a partir do divórcio e da constituição de novas famílias por parte dos ex-cônjuges (famílias recompostas), o que poderá conduzir, no futuro, a que, à importância exclusiva dada ao grupo de descendência baseado nas famílias sucessivas, se sobreponham as famílias simultâneas, com diferentes nomes.
A determinação da descendência pelo nome é fundamental para o reconhecimento da descendência por linha paterna ou por linha materna.
É de facto esta função de reprodução social da família, mais do que a reprodução biológica, que permite a legitimação da descendência social. A reprodução social consiste na transmissão, de geração em geração, de um nome, de direitos e deveres, etc. O grupo de descendência é, nesta medida, uma entidade dinâmica, pois o filho desempenhará um dia o papel de pai e este, por sua vez, o papel de avô.
Na famíla nuclear (conjugal ou restrita) urbana, o poder concedido às relações de parentesco encontra-se enfraquecido em relação à família alargada (ou extensa) tradicional, estando cada vez mais o gupo de descendência restrito aos pais e aos filhos. É assim que nas sociedades urbanas e industrializadas, em que existe uma predominância estrutural da família conjugal isolada, Parsons assinala a perda, por parte da pessoa, de um status relativamente estável, como acontece numa relação de parentesco mais ou menos alargada. Isto porque, no nosso sistema de parentesco, a ligação conjugal é hoje mais importante do que as ligações com os pais, os irmãos e as irmãs. "Ego, pelo casamento, encontra-se, em comparação com outros sistemas de parentesco, radicalmente separado da sua "famíla de orientação", dos seus pais e dos antepassados destes, como dos seus irmãos e irmãs. Ele está antes do mais ligado ao seu cônjuge e aos seus filhos comuns". A importância da família de procriação (que se constitui pelo casamento) faz com que nenhuma das duas famílias de orientação (na qual se nasceu) tenha hoje prioridade reconhecida de status, donde resulta uma "simetria multilinear" baseada no sistema bilateral de parentesco. Esta simetria multilinear do sistema de parentesco caracteriza, igualmente, o grupo de descendência (este aspeto é também observável, por exemplo, no facto de existirem mulheres que não adotam o nome do marido pelo casamento).
Assiste-se, hoje, ao aparecimento de famílias simultâneas, a partir do divórcio e da constituição de novas famílias por parte dos ex-cônjuges (famílias recompostas), o que poderá conduzir, no futuro, a que, à importância exclusiva dada ao grupo de descendência baseado nas famílias sucessivas, se sobreponham as famílias simultâneas, com diferentes nomes.
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Como referenciar
Porto Editora – grupo de descendência na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-05-31 05:00:46]. Disponível em
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