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Guerra Civil Russa
Após a Revolução de outubro de 1917, a instabilidade continuou a imperar na Rússia, ficando por resolver os principais problemas da nação; as fações revolucionárias não se entendiam. No poder, após outubro, Lenine procurou ganhar a simpatia popular, tentando satisfazer as reivindicações mais prioritárias: a paz com a abertura de negociações imediatas com a Alemanha; a expropriação de terras e a sua entrega aos camponeses; a igualdade de direitos das nacionalidades; a convocação de eleições para a Assembleia Constituinte.
As eleições foram marcadas para fins de novembro e, surpreendentemente, os bolcheviques de Lenine apenas alcançaram 25% dos votos, perdendo claramente para os socialistas revolucionários (sociais-democratas), que obtiveram 58% dos votos. Estes resultados constituíam uma ameaça para a revolução socialista e, por isso, num golpe palaciano, os bolcheviques decretam a dissolução da Assembleia transferindo o poder legislativo para o Congresso dos Sovietes de Petrogrado. Este cria de imediato um Conselho dos Comissários do Povo e Lenine torna-se presidente do Governo. A Rússia torna-se, assim, uma república soviética, mas não uma república parlamentar. O poder revolucionário estende-se a outros territórios russos e é posta em prática a socialização do país. Foi abolida toda a propriedade privada - terras, minas, fábricas, bancos. Todos os meios de produção de riqueza foram nacionalizados. Esta atitude radical viria a provocar reações do mesmo tipo. A antiga aristocracia, apoiada pela burguesia, entra num processo contrarrevolucionário, contando com o auxílio internacional de países como a Inglaterra, a França, os Estados Unidos e o Japão, que temiam o alastramento da revolução. Tem, assim, início uma guerra civil que, rapidamente, se estendeu por todo o território, opondo o Exército Branco (aristocrático-burguês, apoiado pelos moderados e pelos já referidos países) ao Exército Vermelho, defensor da Revolução. É nesta fase que Lenine, perante a delicadeza da situação, aprova medidas políticas de rigor a que se deu o nome de "comunismo de guerra": proíbe os partidos políticos, com exceção do Partido Bolchevique; reprime os inimigos da revolução, criando uma polícia política, a Tcheka, embrião do futuro KGB. É ainda para resolver a guerra interna que os comunistas abandonam oficialmente o conflito mundial assinando uma paz desvantajosa com a Alemanha - Tratado de Brest-Litovsk, março de 1918 -, pela qual reconheciam a independência da Ucrânia e renunciavam a territórios da Polónia, Países Bálticos e Finlândia. O facto é que estas medidas permitiram uma recuperação de posições e o fortalecimento das forças comunistas que, habilmente dirigidas por Trotski, derrotam o Exército Branco em toda a linha. A guerra civil chegava ao fim com a rendição total dos contrarrevolucionários em 1920. Dois anos depois a Rússia mudava oficialmente de nome, passando a chamar-se União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.
As eleições foram marcadas para fins de novembro e, surpreendentemente, os bolcheviques de Lenine apenas alcançaram 25% dos votos, perdendo claramente para os socialistas revolucionários (sociais-democratas), que obtiveram 58% dos votos. Estes resultados constituíam uma ameaça para a revolução socialista e, por isso, num golpe palaciano, os bolcheviques decretam a dissolução da Assembleia transferindo o poder legislativo para o Congresso dos Sovietes de Petrogrado. Este cria de imediato um Conselho dos Comissários do Povo e Lenine torna-se presidente do Governo. A Rússia torna-se, assim, uma república soviética, mas não uma república parlamentar. O poder revolucionário estende-se a outros territórios russos e é posta em prática a socialização do país. Foi abolida toda a propriedade privada - terras, minas, fábricas, bancos. Todos os meios de produção de riqueza foram nacionalizados. Esta atitude radical viria a provocar reações do mesmo tipo. A antiga aristocracia, apoiada pela burguesia, entra num processo contrarrevolucionário, contando com o auxílio internacional de países como a Inglaterra, a França, os Estados Unidos e o Japão, que temiam o alastramento da revolução. Tem, assim, início uma guerra civil que, rapidamente, se estendeu por todo o território, opondo o Exército Branco (aristocrático-burguês, apoiado pelos moderados e pelos já referidos países) ao Exército Vermelho, defensor da Revolução. É nesta fase que Lenine, perante a delicadeza da situação, aprova medidas políticas de rigor a que se deu o nome de "comunismo de guerra": proíbe os partidos políticos, com exceção do Partido Bolchevique; reprime os inimigos da revolução, criando uma polícia política, a Tcheka, embrião do futuro KGB. É ainda para resolver a guerra interna que os comunistas abandonam oficialmente o conflito mundial assinando uma paz desvantajosa com a Alemanha - Tratado de Brest-Litovsk, março de 1918 -, pela qual reconheciam a independência da Ucrânia e renunciavam a territórios da Polónia, Países Bálticos e Finlândia. O facto é que estas medidas permitiram uma recuperação de posições e o fortalecimento das forças comunistas que, habilmente dirigidas por Trotski, derrotam o Exército Branco em toda a linha. A guerra civil chegava ao fim com a rendição total dos contrarrevolucionários em 1920. Dois anos depois a Rússia mudava oficialmente de nome, passando a chamar-se União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.
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Como referenciar
Porto Editora – Guerra Civil Russa na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2022-08-11 14:46:39]. Disponível em
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