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Hans Aßmann von Abschatz
Poeta e tradutor alemão, Hans Aßmann von Abschatz nasceu a 4 de fevereiro de 1646 em Breslau, na região da Silésia. Oriundo de uma família aristocrática, ficou órfão aos treze anos de idade, pelo que teve que ser entregue aos cuidados de um tutor.
Após ter frequentado o Liceu de Liegnitz, ingressou na Universidade de Estrasburgo, transitando, ao fim de algum tempo, para a de Leyden, onde concluiu os seus estudos de Direito. Empreendeu então em 1666 uma viagem de recreio, que o levou até Paris e, passando pelo norte de Itália, até Roma. Aí descobriu a poesia barroca italiana, que acabava de despontar, e que o impressionou ao ponto de decidir não só traduzir para o idioma alemão as suas composições favoritas, como criar as suas próprias.
Regressando à Alemanha em 1669, Hans Aßmann contraiu matrimónio, e pôde finalmente aceder à sua herança, o que lhe permitiu dar continuação ao seu esforço literário. Tomou também o título paterno de Barão de Abschatz, o que constituiu de certa forma um salvo-conduto para a vida da política regional. Assim sendo, foi nomeado balio do condado de Liegnitz no ano de 1675 e, em 1679, ascendeu à posição de deputado ordinário da Assembleia do Ducado de Breslau.
No domínio poético destacam-se sobretudo as suas traduções de Il Pastor Fides, da autoria de Guarinis, e que tomou o título germânico de Der Teutsch-Redende Schäffer, e na qual Aßmann trabalhou de 1672 a 1678; bem como a da obra de Adimaris, que passou à língua alemã como Scherz-Sonette oder Kling-Gedichte, Geistliche Gedichte, Glückswünschungen an Gekrönte Häupter. A sua própria lírica também não é de menosprezar, já que sob a mestria formal, a sua métrica predominantemente jâmbica, desponta a beleza do amor singelo, que fez com que o autor passasse à posteridade não tanto como um mero poeta barroco, mas mais como um precursor do chamado Aufklärung, o Iluminismo Alemão. Portanto, especimens da sua lírica amorosa, como 'Der bestohlne Cupido', 'Die doppelten Siben Wochen', 'Könte man für Liebe sterben', foram, entre muitos outros, alvo de diversas reabilitações ao longo dos tempos.
Hans Aßmann, Barão de Abschatz, faleceu a 22 de abril de 1699 em Liegnitz. A sua obra foi reunida e editada por um outro poeta, Christian Gryphius, no volume Poetische Übersetzungen und Gedichte (1704).
Após ter frequentado o Liceu de Liegnitz, ingressou na Universidade de Estrasburgo, transitando, ao fim de algum tempo, para a de Leyden, onde concluiu os seus estudos de Direito. Empreendeu então em 1666 uma viagem de recreio, que o levou até Paris e, passando pelo norte de Itália, até Roma. Aí descobriu a poesia barroca italiana, que acabava de despontar, e que o impressionou ao ponto de decidir não só traduzir para o idioma alemão as suas composições favoritas, como criar as suas próprias.
Regressando à Alemanha em 1669, Hans Aßmann contraiu matrimónio, e pôde finalmente aceder à sua herança, o que lhe permitiu dar continuação ao seu esforço literário. Tomou também o título paterno de Barão de Abschatz, o que constituiu de certa forma um salvo-conduto para a vida da política regional. Assim sendo, foi nomeado balio do condado de Liegnitz no ano de 1675 e, em 1679, ascendeu à posição de deputado ordinário da Assembleia do Ducado de Breslau.
No domínio poético destacam-se sobretudo as suas traduções de Il Pastor Fides, da autoria de Guarinis, e que tomou o título germânico de Der Teutsch-Redende Schäffer, e na qual Aßmann trabalhou de 1672 a 1678; bem como a da obra de Adimaris, que passou à língua alemã como Scherz-Sonette oder Kling-Gedichte, Geistliche Gedichte, Glückswünschungen an Gekrönte Häupter. A sua própria lírica também não é de menosprezar, já que sob a mestria formal, a sua métrica predominantemente jâmbica, desponta a beleza do amor singelo, que fez com que o autor passasse à posteridade não tanto como um mero poeta barroco, mas mais como um precursor do chamado Aufklärung, o Iluminismo Alemão. Portanto, especimens da sua lírica amorosa, como 'Der bestohlne Cupido', 'Die doppelten Siben Wochen', 'Könte man für Liebe sterben', foram, entre muitos outros, alvo de diversas reabilitações ao longo dos tempos.
Hans Aßmann, Barão de Abschatz, faleceu a 22 de abril de 1699 em Liegnitz. A sua obra foi reunida e editada por um outro poeta, Christian Gryphius, no volume Poetische Übersetzungen und Gedichte (1704).
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Como referenciar
Porto Editora – Hans Aßmann von Abschatz na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-02-03 00:54:05]. Disponível em
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