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hiperatividade
A hiperatividade refere-se a indivíduos que sofrem de estados de grande excitação e que apresentam comportamentos com uma atividade superior ao normal. Os hiperativos têm dificuldade em prestar atenção às tarefas, demonstrando uma acentuada distração e têm tendência para serem impulsivos. Podem ainda estar presentes comportamentos agressivos ou destrutivos.
A hiperatividade afeta normalmente as crianças antes dos 7 anos. Estas crianças têm provavelmente uma inteligência abaixo da média, com imaturidade da fala, não apresentando ansiedade em situações sociais em que a maioria das crianças sente como inibidoras.
É diversificada a terminologia pela qual é conhecida esta problemática. É comum a literatura referir-se a ela apenas como hiperatividade. Mas outros termos como hipercinesia, disfunção cerebral mínima, problemas de comportamento, etc., são também usados para referir um repertório comportamental comum.
Atualmente a hiperatividade tem-se designado por Desordem por Défice de Atenção com Hiperatividade (DDAH), expressão generalizada da sua tradução direta do inglês utilizada pela Associação Americana de Psiquiatria.
Esta é uma problemática que começa por criar dificuldades na aprendizagem e na adaptação do indivíduo ao meio nos seus primeiros anos de vida e que, na maioria dos casos, se prolonga pela vida adulta, não podendo, pois, ser considerada apenas uma condição do ser criança que se ultrapassa com o crescimento.
É uma perturbação do desenvolvimento que afeta o comportamento, a atenção e o auto-controlo. Tem uma base essencialmente neuropsicológica e os fatores genéticos conjugam-se com as experiências do indivíduo no seu meio ambiente, para moldar o seu comportamento e a forma como enfrenta e se integra na vida em sociedade.
A DDAH tem, pois, uma origem biológica, não sendo o resultado da forma como as crianças são educadas, da formação dos pais, do seu estatuto social ou económico, da sua religião ou das suas crenças.
Em termos práticos, pode-se dizer que a criança manifesta na sua atividade diária padrões comportamentais em que a atividade motora é muito acentuada e inadequada ou excessiva. São crianças que têm muita dificuldade em permanecer no seu lugar, que se mexem ou baloiçam continuamente, que mantêm um relacionamento difícil com os colegas (intrometem-se nas suas brincadeiras), não prestam atenção e precipitam as respostas, etc.
A nível cognitivo, as manifestações de impulsividade afetam sobretudo o desempenho escolar. Um comportamento cognitivo impulsivo leva a criança a responder aos estímulos sem um processo adequado de análise da informação percebida. Assim, pode apresentar dificuldades nas tarefas mais complexas como a leitura, a escrita e a matemática.
A DDAH é considerada uma perturbação com uma relação estreita com o meio. De acordo com Mary Fowler (2000), as expectativas e as exigências do meio, têm um impacto direto nas dificuldades que as crianças com DDAH sentem. Nos ambientes onde se espera que a criança seja mais vista do que ouvida, onde se requer que ela preste atenção e que exiba um comportamento calmo e exemplar, os problemas tendem a agravar-se. Assim, a compreensão que as pessoas significativas, sobretudo os adultos com quem a criança convive diariamente, tiverem da problemática da DDAH determinará a exibição mais ou menos expressiva dos sintomas de hiperatividade, de impulsividade e de desatenção.
Adultos informados e conhecedores dos sintomas da DDAH, serão capazes de estruturar os ambientes de tal forma que o comportamento da criança se torne adequado e a criança sinta sucesso. Desta forma, em vez de se esperar que seja apenas a criança a modificar-se é o ambiente onde ela interage que se deve modificar e ajustar por mediação do adulto. Ao adulto compete, ainda, providenciar encorajamento para que os comportamentos adequados se repitam.
Estão assim presentes três fatores essenciais: a hiperatividade, a impulsividade e a falta de atenção.
Para se poder diagnosticar esta doença, os sintomas terão de persistir por um período mínimo de seis meses com uma intensidade que é simultaneamente desadaptativa e inconsistente com o nível de desenvolvimento do indivíduo. Terá ainda de ter início antes dos 7 anos de idade (antes da idade escolar); e acontecer em dois ambientes ou contextos diferentes (escola e casa, por exemplo).
Esta desordem é muito mais comum nos rapazes do que nas raparigas: 80% a 90% dos casos diagnosticados são de rapazes.
Os sintomas vão-se atenuando com a idade, estimando-se que os casos em que se continuam a manifestar pela vida adulta rondem os 30% a 50%.
O tratamento pode variar, consoante cada caso, entre as opções de administração de psicofármacos, terapia comportamental com técnicas de modificação do comportamento, técnicas cognitivas e metacognitivas ou uma aproximação multidisciplinar englobando as diferentes vertentes. A adequação dos programas escolares deverá ser uma vertente fundamental nas opções de tratamento, pois é na escola que se manifestam mais os sintomas que impedem uma aprendizagem normal.
A hiperatividade afeta normalmente as crianças antes dos 7 anos. Estas crianças têm provavelmente uma inteligência abaixo da média, com imaturidade da fala, não apresentando ansiedade em situações sociais em que a maioria das crianças sente como inibidoras.
É diversificada a terminologia pela qual é conhecida esta problemática. É comum a literatura referir-se a ela apenas como hiperatividade. Mas outros termos como hipercinesia, disfunção cerebral mínima, problemas de comportamento, etc., são também usados para referir um repertório comportamental comum.
Esta é uma problemática que começa por criar dificuldades na aprendizagem e na adaptação do indivíduo ao meio nos seus primeiros anos de vida e que, na maioria dos casos, se prolonga pela vida adulta, não podendo, pois, ser considerada apenas uma condição do ser criança que se ultrapassa com o crescimento.
É uma perturbação do desenvolvimento que afeta o comportamento, a atenção e o auto-controlo. Tem uma base essencialmente neuropsicológica e os fatores genéticos conjugam-se com as experiências do indivíduo no seu meio ambiente, para moldar o seu comportamento e a forma como enfrenta e se integra na vida em sociedade.
A DDAH tem, pois, uma origem biológica, não sendo o resultado da forma como as crianças são educadas, da formação dos pais, do seu estatuto social ou económico, da sua religião ou das suas crenças.
Em termos práticos, pode-se dizer que a criança manifesta na sua atividade diária padrões comportamentais em que a atividade motora é muito acentuada e inadequada ou excessiva. São crianças que têm muita dificuldade em permanecer no seu lugar, que se mexem ou baloiçam continuamente, que mantêm um relacionamento difícil com os colegas (intrometem-se nas suas brincadeiras), não prestam atenção e precipitam as respostas, etc.
A nível cognitivo, as manifestações de impulsividade afetam sobretudo o desempenho escolar. Um comportamento cognitivo impulsivo leva a criança a responder aos estímulos sem um processo adequado de análise da informação percebida. Assim, pode apresentar dificuldades nas tarefas mais complexas como a leitura, a escrita e a matemática.
A DDAH é considerada uma perturbação com uma relação estreita com o meio. De acordo com Mary Fowler (2000), as expectativas e as exigências do meio, têm um impacto direto nas dificuldades que as crianças com DDAH sentem. Nos ambientes onde se espera que a criança seja mais vista do que ouvida, onde se requer que ela preste atenção e que exiba um comportamento calmo e exemplar, os problemas tendem a agravar-se. Assim, a compreensão que as pessoas significativas, sobretudo os adultos com quem a criança convive diariamente, tiverem da problemática da DDAH determinará a exibição mais ou menos expressiva dos sintomas de hiperatividade, de impulsividade e de desatenção.
Adultos informados e conhecedores dos sintomas da DDAH, serão capazes de estruturar os ambientes de tal forma que o comportamento da criança se torne adequado e a criança sinta sucesso. Desta forma, em vez de se esperar que seja apenas a criança a modificar-se é o ambiente onde ela interage que se deve modificar e ajustar por mediação do adulto. Ao adulto compete, ainda, providenciar encorajamento para que os comportamentos adequados se repitam.
Estão assim presentes três fatores essenciais: a hiperatividade, a impulsividade e a falta de atenção.
Para se poder diagnosticar esta doença, os sintomas terão de persistir por um período mínimo de seis meses com uma intensidade que é simultaneamente desadaptativa e inconsistente com o nível de desenvolvimento do indivíduo. Terá ainda de ter início antes dos 7 anos de idade (antes da idade escolar); e acontecer em dois ambientes ou contextos diferentes (escola e casa, por exemplo).
Esta desordem é muito mais comum nos rapazes do que nas raparigas: 80% a 90% dos casos diagnosticados são de rapazes.
Os sintomas vão-se atenuando com a idade, estimando-se que os casos em que se continuam a manifestar pela vida adulta rondem os 30% a 50%.
O tratamento pode variar, consoante cada caso, entre as opções de administração de psicofármacos, terapia comportamental com técnicas de modificação do comportamento, técnicas cognitivas e metacognitivas ou uma aproximação multidisciplinar englobando as diferentes vertentes. A adequação dos programas escolares deverá ser uma vertente fundamental nas opções de tratamento, pois é na escola que se manifestam mais os sintomas que impedem uma aprendizagem normal.
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Como referenciar
Porto Editora – hiperatividade na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-06-06 18:38:39]. Disponível em
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