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Igreja de S. Julião
A Igreja paroquial de São Julião de Setúbal sofreu obras de beneficiação. Em 1513, por ordem do rei D. Manuel I. Estas obras efetuaram-se rapidamente, tendo contribuído para isso o facto de este templo servir como capela privativa do Mestre de Santiago, D.Jorge, dada a proximidade do paço episcopal.
O autor destas obras foi o pedreiro João Favacho, que as realizou entre 1516 e 1519. Contudo, devido a problemas de execução, só ficaram concluídas por volta de 1520, altura em que se iniciam os trabalhos de carpintaria e pintura.
A exemplo do que aconteceu a muitos outros edifícios com o terramoto de 1755, a Igreja de S. Julião sofreu grandes danos, tendo apenas sobrevivido da obra quinhentista os portais principal e lateral, parte da torre sineira e uma tábua atribuída à oficina do conceituado mestre Gregório Lopes. De particular realce é o portal norte, dada a sua exuberante composição, lembrando um portal da Igreja de Belém.
Com o sismo, a sede paroquial transferiu-se para as capelas da Ordem Terceira e do Socorro enquanto decorrem as demoradas obras de reconstrução do templo. Segundo Gregório Freitas, a reedificação realizou-se fundamentalmente a partir do terceiro quartel do Século XVIII.
No interior, as naves são divididas por pilares quadrangulares que sustentam a arcaria de volta perfeita, ornados com rígidos capitéis Jónicos. Nas naves laterais foram colocados altares ligeiramente reentrantes. Toda a decoração do interior denota uma certa austeridade, resultando do novo gosto marcado pelo retorno ao classicismo. Prova disso é o retábulo neoclássico em talha, da capela colateral direita, da autoria do mestre entalhador Domingos Ribeiro da Silva e o retábulo-mor, atribuído a José Antunes o trabalho de talha, e a pintura a Pedro Alexandrino de Carvalho. A António Xavier coube dourar os castiçais da tribuna, feitos pelo mestre João Batista.
Animam o interior do templo os painéis de azulejo que revestem as naves, tratando cenas da vida do Orago e de Santa Babilissa.
A igreja conserva ainda entre o seu espólio algumas peças de ourivesaria de grande qualidade, como um cofre dos santos óleos, medieval, ostentando as armas de D. Jorge.
O autor destas obras foi o pedreiro João Favacho, que as realizou entre 1516 e 1519. Contudo, devido a problemas de execução, só ficaram concluídas por volta de 1520, altura em que se iniciam os trabalhos de carpintaria e pintura.
A exemplo do que aconteceu a muitos outros edifícios com o terramoto de 1755, a Igreja de S. Julião sofreu grandes danos, tendo apenas sobrevivido da obra quinhentista os portais principal e lateral, parte da torre sineira e uma tábua atribuída à oficina do conceituado mestre Gregório Lopes. De particular realce é o portal norte, dada a sua exuberante composição, lembrando um portal da Igreja de Belém.
Com o sismo, a sede paroquial transferiu-se para as capelas da Ordem Terceira e do Socorro enquanto decorrem as demoradas obras de reconstrução do templo. Segundo Gregório Freitas, a reedificação realizou-se fundamentalmente a partir do terceiro quartel do Século XVIII.
No interior, as naves são divididas por pilares quadrangulares que sustentam a arcaria de volta perfeita, ornados com rígidos capitéis Jónicos. Nas naves laterais foram colocados altares ligeiramente reentrantes. Toda a decoração do interior denota uma certa austeridade, resultando do novo gosto marcado pelo retorno ao classicismo. Prova disso é o retábulo neoclássico em talha, da capela colateral direita, da autoria do mestre entalhador Domingos Ribeiro da Silva e o retábulo-mor, atribuído a José Antunes o trabalho de talha, e a pintura a Pedro Alexandrino de Carvalho. A António Xavier coube dourar os castiçais da tribuna, feitos pelo mestre João Batista.
Animam o interior do templo os painéis de azulejo que revestem as naves, tratando cenas da vida do Orago e de Santa Babilissa.
A igreja conserva ainda entre o seu espólio algumas peças de ourivesaria de grande qualidade, como um cofre dos santos óleos, medieval, ostentando as armas de D. Jorge.
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Como referenciar
Porto Editora – Igreja de S. Julião na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-06-05 17:42:31]. Disponível em
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