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Igreja de S. Roque (Lisboa)
A Igreja de S. Roque foi mandada edificar pelos Jesuítas, em 1553, no lugar da ermida com o mesmo nome. A confraria só aceitou vender a ermida à Companhia de Jesus na condição de ficarem com uma capela dentro da nova igreja.
Após vários riscos, o que acabou por ser concretizado foi o do arquiteto régio Afonso Álvares, plano de nave única com capelas laterais comunicantes, austera e com luz seguindo as recomendações saídas da Contrarreforma, que pretendiam criar espaços para cativar toda a atenção dos fiéis.
A igreja, construída na época maneirista, mostra no seu interior as paredes laterais divididas em dois setores: o térreo, composto por capelas interligadas, e o superior, rasgado por janelas de retangulares balaustradas, intercaladas nos vãos por telas pintadas.
A capela-mor, com pouca profundidade, ostenta belíssimo retábulo maneirista, bem adaptado na arquitetura, ladeado por dois nichos que albergam pequenos altares e são encimados por quatro janelas (duas de cada lado). Do excelente efeito plástico resultante dos contrastes provocados pelo branco do cálcario, dos elementos estruturais e dos revestimentos de talha e pinturas, ressalta a graciosidade e harmonia do interior do templo. Ainda na nave existem dois púlpitos em pedra, num dos quais pregou o Pe. António Vieira, com escultura reforçando a beleza deste templo.
Esta igreja possui, dispersas pelas capelas da nave, ornamentos de grande qualidade atravessando diversas fases estilísticas, desde o estilo maneirista aos princípios da arte neoclássica.
De valor excecional são as pinturas em perspetiva do teto e da sacristia, bem assim como as patentes nos retábulos das capelas laterais, onde encontramos autores como Gaspar Dias (maneirista), André Reinoso (proto-barroco), Avelar Rebelo (tenebrista-barroco inicial), Bento Coelho da Silveira (pintor régio em finais do século XVII), Vieira Lusitano e André Gonçalves (do Barroco Joanino). Enriquecem ainda mais todo este valioso conjunto painéis de azulejos do século XVI, esculturas, tocheiros, lampadários, prataria, arcazes, etc.
Ao falarmos da Igreja de S. Roque, temos obrigatoriamente de nos referir à setecentista Capela de S. João Batista, encomendada por D. João V e só concluída depois da sua morte. O traçado arquitetónico esteve a cargo do arquitetos italianos Salvi e Vanvitelli. A grandiosa expressividade plástica da capela resulta do emprego dos materiais: mármores de tonalidades pouco vulgares, pórfiros, lápis-lazúli, jaspe, alabastro, bronze e madeiras soberbamente trabalhadas. O resultado da conjugação de todos estes elementos, de cariz italianizante, é uma verdadeira obra-prima que veio a ter grande influência nos retábulos neoclássicos portugueses.
Outras peças de arte do século XVIII italianas, que anteriormente ornamentavam a Capela de S. João Batista, integram presentamente o acervo do Museu de S. Roque, com especial destaque para as suas soberbas obras de ourivesaria e paramentaria.
Após vários riscos, o que acabou por ser concretizado foi o do arquiteto régio Afonso Álvares, plano de nave única com capelas laterais comunicantes, austera e com luz seguindo as recomendações saídas da Contrarreforma, que pretendiam criar espaços para cativar toda a atenção dos fiéis.
A igreja, construída na época maneirista, mostra no seu interior as paredes laterais divididas em dois setores: o térreo, composto por capelas interligadas, e o superior, rasgado por janelas de retangulares balaustradas, intercaladas nos vãos por telas pintadas.
Esta igreja possui, dispersas pelas capelas da nave, ornamentos de grande qualidade atravessando diversas fases estilísticas, desde o estilo maneirista aos princípios da arte neoclássica.
De valor excecional são as pinturas em perspetiva do teto e da sacristia, bem assim como as patentes nos retábulos das capelas laterais, onde encontramos autores como Gaspar Dias (maneirista), André Reinoso (proto-barroco), Avelar Rebelo (tenebrista-barroco inicial), Bento Coelho da Silveira (pintor régio em finais do século XVII), Vieira Lusitano e André Gonçalves (do Barroco Joanino). Enriquecem ainda mais todo este valioso conjunto painéis de azulejos do século XVI, esculturas, tocheiros, lampadários, prataria, arcazes, etc.
Ao falarmos da Igreja de S. Roque, temos obrigatoriamente de nos referir à setecentista Capela de S. João Batista, encomendada por D. João V e só concluída depois da sua morte. O traçado arquitetónico esteve a cargo do arquitetos italianos Salvi e Vanvitelli. A grandiosa expressividade plástica da capela resulta do emprego dos materiais: mármores de tonalidades pouco vulgares, pórfiros, lápis-lazúli, jaspe, alabastro, bronze e madeiras soberbamente trabalhadas. O resultado da conjugação de todos estes elementos, de cariz italianizante, é uma verdadeira obra-prima que veio a ter grande influência nos retábulos neoclássicos portugueses.
Outras peças de arte do século XVIII italianas, que anteriormente ornamentavam a Capela de S. João Batista, integram presentamente o acervo do Museu de S. Roque, com especial destaque para as suas soberbas obras de ourivesaria e paramentaria.
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Como referenciar
Porto Editora – Igreja de S. Roque (Lisboa) na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-03-31 21:05:38]. Disponível em
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