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Igreja de S. Vicente (Braga)
De acordo com a inscrição de uma lápide colocada na face direita do portal de entrada do templo, a fundação da bracarense Igreja de S. Vicente remonta ao ano de 656. Contudo, duas reformas posteriores fizeram desaparecer todo e qualquer vestígio dessa construção primitiva da alta Idade Média.
A primeira transfiguração da igreja ocorreu na segunda metade do século XVI; cerca de um século mais tarde (1691), S. Vicente seria completamente remodelada, de acordo com os cânones da arte barroca.
A sua fachada revela um vigor acentuado nos seus elementos decorativos, subvertendo o alçado estático da sua estrutura arquitetónica. Dividido em três corpos de dimensão desigual, a frontaria é delimitada por fortes pilastras de cantaria. Os laterais são rasgados por janelas retangulares gradeadas, molduradas por uma composição movimentada e contracurvada, de temas vegetalistas e geometrizantes. Sob estas janelas desenham-se duas cartelas barrocas com festões, com temas em "C" e com enrolamentos vegetalistas, enquadrando duas placas com inscrições. Ao centro abre-se o portal de linhas retas, sobrepujado por um frontão curvo, interrompido e ressaltado, encimado por uma composição de túrgidos e dinâmicos temas decorativos barrocos. Delimita a parte superior da fachada uma arquitrave com friso de triglifos e beiral ressaltado ao nível da cimalha. Por cima desta eleva-se uma empena, flanqueada por duas estátuas-estandartes sobre pedestais. A composição da empena desenha um retângulo marcado por pilastras, pináculos e aletas, abrindo-se axialmente num nicho com uma moldura dinâmica barroca, albergando a imagem do orago. Num plano recuado, adossado à capela-mor, surge a altaneira e quadrangular torre sineira.
O espaço interior do corpo da igreja é totalmente revestido por azulejos setecentistas historiados, de tonalidades azuis e brancas, narrando diversos episódios da vida de S. Vicente - "S. Vicente exerce o magistério e a catequese à ordem do bispo de Saragoça "; "S. Vicente e S. Valério presos à ordem de Daciano"; "S. Vicente e S. Valério no tribunal"; "S. Vicente no cárcere é visitado por um anjo"; "O corpo de S. Vicente arrojado pelo mar ao Cabo Sacro é defendido de um carniceiro por um corvo"; finalmente, "Trasladação das relíquias de S. Vicente para Lisboa".
A par do revestimento cerâmico historiado, S. Vicente de Braga apresenta um notável conjunto de talha dourada barroca setecentista, formada por altares, arco-cruzeiro, retábulo-mor, caixa de órgão, sanefas e caixilhos de janelas.
Assim, as varandas do coro, bem como a ornamentação da caixa do órgão, foram realizadas em 1769 e saíram do risco do arquiteto bracarense Carlos Amarante. No arco cruzeiro, a estrutura de talha é da autoria de Luís Manuel da Silva, executada pelo mestre-entalhador Manuel Sampaio em 1770.
A capela-mor apresenta um grandioso retábulo, realizado em 1721 pelo entalhador de Barcelos, Miguel Coelho. As quatro janelas da capela-mor são decoradas por sanefas e caixilhos de talha dourada, concebidas em 1759 pelo célebre arquiteto bracarense, André Soares.
A primeira transfiguração da igreja ocorreu na segunda metade do século XVI; cerca de um século mais tarde (1691), S. Vicente seria completamente remodelada, de acordo com os cânones da arte barroca.
A sua fachada revela um vigor acentuado nos seus elementos decorativos, subvertendo o alçado estático da sua estrutura arquitetónica. Dividido em três corpos de dimensão desigual, a frontaria é delimitada por fortes pilastras de cantaria. Os laterais são rasgados por janelas retangulares gradeadas, molduradas por uma composição movimentada e contracurvada, de temas vegetalistas e geometrizantes. Sob estas janelas desenham-se duas cartelas barrocas com festões, com temas em "C" e com enrolamentos vegetalistas, enquadrando duas placas com inscrições. Ao centro abre-se o portal de linhas retas, sobrepujado por um frontão curvo, interrompido e ressaltado, encimado por uma composição de túrgidos e dinâmicos temas decorativos barrocos. Delimita a parte superior da fachada uma arquitrave com friso de triglifos e beiral ressaltado ao nível da cimalha. Por cima desta eleva-se uma empena, flanqueada por duas estátuas-estandartes sobre pedestais. A composição da empena desenha um retângulo marcado por pilastras, pináculos e aletas, abrindo-se axialmente num nicho com uma moldura dinâmica barroca, albergando a imagem do orago. Num plano recuado, adossado à capela-mor, surge a altaneira e quadrangular torre sineira.
A par do revestimento cerâmico historiado, S. Vicente de Braga apresenta um notável conjunto de talha dourada barroca setecentista, formada por altares, arco-cruzeiro, retábulo-mor, caixa de órgão, sanefas e caixilhos de janelas.
Assim, as varandas do coro, bem como a ornamentação da caixa do órgão, foram realizadas em 1769 e saíram do risco do arquiteto bracarense Carlos Amarante. No arco cruzeiro, a estrutura de talha é da autoria de Luís Manuel da Silva, executada pelo mestre-entalhador Manuel Sampaio em 1770.
A capela-mor apresenta um grandioso retábulo, realizado em 1721 pelo entalhador de Barcelos, Miguel Coelho. As quatro janelas da capela-mor são decoradas por sanefas e caixilhos de talha dourada, concebidas em 1759 pelo célebre arquiteto bracarense, André Soares.
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Como referenciar
Porto Editora – Igreja de S. Vicente (Braga) na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-09-22 03:11:10]. Disponível em
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