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Igreja Matriz de Arronches
A Igreja Matriz de Arronches, com invocação a N. S. da Assunção, ergueu-se sobre um templo do século XIII. A sua construção, inicialmente do gótico final e ao gosto manuelino, situa-se entre os finais do século XV e os inícios do XVI, tendo sofrido alterações, somente na sua decoração interior, ao longo dos dois séculos seguintes.
A fachada transmite um nobre perfil arquitetónico, apresentando-se elevada e realçada pelo alto envasamento que resulta do terreno em declive, transposto por uma escadaria.
A verticalidade da frontaria é salientada pelas pilastras de pedra aparelhadas, que reforçam os cunhais, e, igualmente, pelos contrafortes frontais e laterais que apoiam as abóbadas do corpo da igreja. A torre sineira é coroada por flecha octogonal. As faces da torre são rematadas por setecentistas frontões curvilíneos e enquadrados por fogaréus - estrutura arquitetónica que se repete no remate central da fachada sobrepujando um janelão. Ao nível da entrada, sobressai o portal renascentista, trabalhado em mármore pelo escultor francês Nicolau Chanterene. O portal classicista desenvolve-se num arco pleno sustentado por duas pilastras, assentes em pedestais que encerram duas caveiras. O pórtico é enquadrado por pilastras capitelizadas que suportam um entablamento reto, sobrepujado por frontão triangular atarracado e coroado com pináculo. Impressionantes são os medalhões contendo bustos primorosamente esculpidos de uma mulher e um homem, inscritos nos cantos criados pelo arco e as pilastras. De particular interesse são as oito caras de anjos aladas que decoram o arco. Nas fachadas laterais abrem-se dois portais manuelinos, um deles profusamente decorado.
O interior de três naves constitui um belo exemplar das igrejas-salão portuguesas. A impressão de amplitude é transmitida pela harmoniosa cobertura de abóbadas ogivais nervuradas, sustentadas por sólidas colunas com o fuste em mármore róseo. Decoram as abóbadas emblemas onde se inscrevem os mais variados motivos manuelinos - armas reais, Cruz de Cristo, esferas armilares, cordas, nós de marinheiro, etc.
Na capela-mor, para além de um magnífico retábulo do século XVIII executado em mármores de Estremoz, encontramos o cadeiral e uma imagem barroca figurando N. S. da Assunção.
Do espólio da Matriz são ainda dignos de nota azulejos dos séculos XVI-XVII, a imagem de N. S. do Carmo, um lavabo do século XVIII com dois golfinhos representados e um nicho quinhentista com um anjo.
A fachada transmite um nobre perfil arquitetónico, apresentando-se elevada e realçada pelo alto envasamento que resulta do terreno em declive, transposto por uma escadaria.
A verticalidade da frontaria é salientada pelas pilastras de pedra aparelhadas, que reforçam os cunhais, e, igualmente, pelos contrafortes frontais e laterais que apoiam as abóbadas do corpo da igreja. A torre sineira é coroada por flecha octogonal. As faces da torre são rematadas por setecentistas frontões curvilíneos e enquadrados por fogaréus - estrutura arquitetónica que se repete no remate central da fachada sobrepujando um janelão. Ao nível da entrada, sobressai o portal renascentista, trabalhado em mármore pelo escultor francês Nicolau Chanterene. O portal classicista desenvolve-se num arco pleno sustentado por duas pilastras, assentes em pedestais que encerram duas caveiras. O pórtico é enquadrado por pilastras capitelizadas que suportam um entablamento reto, sobrepujado por frontão triangular atarracado e coroado com pináculo. Impressionantes são os medalhões contendo bustos primorosamente esculpidos de uma mulher e um homem, inscritos nos cantos criados pelo arco e as pilastras. De particular interesse são as oito caras de anjos aladas que decoram o arco. Nas fachadas laterais abrem-se dois portais manuelinos, um deles profusamente decorado.
O interior de três naves constitui um belo exemplar das igrejas-salão portuguesas. A impressão de amplitude é transmitida pela harmoniosa cobertura de abóbadas ogivais nervuradas, sustentadas por sólidas colunas com o fuste em mármore róseo. Decoram as abóbadas emblemas onde se inscrevem os mais variados motivos manuelinos - armas reais, Cruz de Cristo, esferas armilares, cordas, nós de marinheiro, etc.
Na capela-mor, para além de um magnífico retábulo do século XVIII executado em mármores de Estremoz, encontramos o cadeiral e uma imagem barroca figurando N. S. da Assunção.
Do espólio da Matriz são ainda dignos de nota azulejos dos séculos XVI-XVII, a imagem de N. S. do Carmo, um lavabo do século XVIII com dois golfinhos representados e um nicho quinhentista com um anjo.
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Como referenciar
Porto Editora – Igreja Matriz de Arronches na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-09-22 09:19:36]. Disponível em
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