Igreja Matriz de Freixo de Espada à Cinta
A Igreja Matriz de Freixo de Espada à Cinta, com o início das suas obras no século XIII, foi projetada em grandes dimensões, servindo uma população local não muito numerosa e pouco abastada. Possivelmente, reside aqui o motivo pelo qual funcionou durante tanto tempo sem estar concluída, sendo, em várias épocas, objeto de intervenções de vulto.
A primeira intervenção foi realizada no reinado de D. Dinis. A seguinte concretizou-se com D. Afonso V e prolongou-se com D. João II e D. Manuel I, altura em que desapareceram na quase totalidade as anteriores reformas arquitetónicas. As obras da igreja seriam apenas concluídas já no século XVII, em pleno reinado de D. João IV.
Exteriormente, a igreja apresenta um porte de grande beleza, ritmada por contrafortes escalonados em esbarros de ligeira inclinação. Os contrafortes angulares da frontaria e da cabeceira são oblíquos face aos panos da igreja, contribuindo para o aumento da massa volumétrica do edifício. Ao centro da fachada rasga-se um pórtico manuelino, enquadrado pelos contrafortes que dividem o frontispício em três corpos. Aberto em arco abatido, o portal nobre é decorado com rosetas e emoldurado, superiormente, por arco de carena. A sobrepujar este conjunto mostra-se esbelta moldura dupla, ornada de alcachofras. Sobre a moldura abrem-se dois óculos perspetivados. O portal é ladeado por duas pilastras cogulhadas e a porta é fortemente decorada com pregaria larga em botão. As portas das fachadas laterais, embora menos largas e mais sóbrias, são de idêntica configuração.
O interior é composto por três naves, divididas por esbeltas colunas manuelinas que sustentam a arcaria, sobre a qual se apoia uma cobertura formada por abóbada de nervuras. O espaço interior unitário é de boa visibilidade e típico das igrejas-salão da época manuelina. Nos feixes das abóbadas das naves e ousia aparecem os escudos reais de D. Manuel I - esferas armilares e cruzes de Cristo.
Do século XVIII são o coro alto, suportado por grossos pilares com colunas adossadas, e o púlpito do dossel, num excelente trabalho de ferro forjado, encostado a uma das colunas da nave. A capela-mor e as colaterais, de plano quadrangular, apresentam, igualmente, coberturas nervuradas. Estas ostentam bons retábulos de talha dourada barroca, ao Estilo Nacional. Na ousia, a talha estende-se pelos panos laterais, no emolduramento de dezasseis magníficas tábuas quinhentistas, oriundas do retábulo anterior, versando sobre a vida de Jesus e pintadas por Vasco Fernandes, mais conhecido por Grão Vasco.
Na colateral norte destaca-se um arcossólio com um bonito túmulo gótico brasonado. Na colateral sul, podemos admirar boas esculturas manuelinas, em madeira policroma, figurando os bustos dos Evangelistas.
A primeira intervenção foi realizada no reinado de D. Dinis. A seguinte concretizou-se com D. Afonso V e prolongou-se com D. João II e D. Manuel I, altura em que desapareceram na quase totalidade as anteriores reformas arquitetónicas. As obras da igreja seriam apenas concluídas já no século XVII, em pleno reinado de D. João IV.
Exteriormente, a igreja apresenta um porte de grande beleza, ritmada por contrafortes escalonados em esbarros de ligeira inclinação. Os contrafortes angulares da frontaria e da cabeceira são oblíquos face aos panos da igreja, contribuindo para o aumento da massa volumétrica do edifício. Ao centro da fachada rasga-se um pórtico manuelino, enquadrado pelos contrafortes que dividem o frontispício em três corpos. Aberto em arco abatido, o portal nobre é decorado com rosetas e emoldurado, superiormente, por arco de carena. A sobrepujar este conjunto mostra-se esbelta moldura dupla, ornada de alcachofras. Sobre a moldura abrem-se dois óculos perspetivados. O portal é ladeado por duas pilastras cogulhadas e a porta é fortemente decorada com pregaria larga em botão. As portas das fachadas laterais, embora menos largas e mais sóbrias, são de idêntica configuração.
O interior é composto por três naves, divididas por esbeltas colunas manuelinas que sustentam a arcaria, sobre a qual se apoia uma cobertura formada por abóbada de nervuras. O espaço interior unitário é de boa visibilidade e típico das igrejas-salão da época manuelina. Nos feixes das abóbadas das naves e ousia aparecem os escudos reais de D. Manuel I - esferas armilares e cruzes de Cristo.
Do século XVIII são o coro alto, suportado por grossos pilares com colunas adossadas, e o púlpito do dossel, num excelente trabalho de ferro forjado, encostado a uma das colunas da nave. A capela-mor e as colaterais, de plano quadrangular, apresentam, igualmente, coberturas nervuradas. Estas ostentam bons retábulos de talha dourada barroca, ao Estilo Nacional. Na ousia, a talha estende-se pelos panos laterais, no emolduramento de dezasseis magníficas tábuas quinhentistas, oriundas do retábulo anterior, versando sobre a vida de Jesus e pintadas por Vasco Fernandes, mais conhecido por Grão Vasco.
Na colateral norte destaca-se um arcossólio com um bonito túmulo gótico brasonado. Na colateral sul, podemos admirar boas esculturas manuelinas, em madeira policroma, figurando os bustos dos Evangelistas.
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Como referenciar
Porto Editora – Igreja Matriz de Freixo de Espada à Cinta na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-10-01 22:14:20]. Disponível em
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