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Índia Portuguesa
Os portugueses foram o primeiro povo europeu a instalar-se na Índia. Inicialmente, após a chegada de Vasco da Gama a Calecute em 1498, os portugueses pretendiam apenas estabelecer o seu domínio económico, tendo para isso criado diversas feitorias em Cochim, Cananor, Coulão, Cranganor, Tanor e Calecute. No entanto, sentindo a hostilidade por parte de vários reinos indianos e de outros potentados (o grão-sultão do Cairo, a República de Veneza, o sultão de Cambaia e o samorim de Calecute), que se aliaram para os expulsar da Índia, acabaram por oficializar o domínio português, fortificando as feitorias e criando um estado soberano (Goa, 1512).
Os territórios sob administração portuguesa (a que se juntaram Diu, em 1535, e Damão, em 1559) tomaram a designação de Estado Português da Índia. Do início do século XVI ao terceiro quartel do século XX, o Estado Português da Índia foi governado por 109 vice-reis e 128 governadores, tendo os primeiros sido Francisco de Almeida e Afonso de Albuquerque.
Durante a dinastia filipina, surgiram novos inimigos, fundamentalmente os holandeses e ingleses, que se empenharam em substituir os portugueses. Começou, desta forma, a decadência do domínio português no Oriente, visível logo na perda de Chale em 1603. Mesmo após a Restauração de 1640, o estado de decadência manteve-se, com os holandeses a ocuparem diversos territórios como Malaca, Ceilão, Coulão, Cranganor e Cochim. Além disso, Portugal cedeu Bombaim aos ingleses, como parte do dote da rainha D. Catarina de Bragança.
Durante o período em que os portugueses se estabeleceram na Índia, deu-se um fenómeno de aculturação, em que elementos da cultura europeia influenciaram (mas nunca chegaram a dominar) a cultura indiana e vice-versa. Além disso, os territórios dominados pelos portugueses tornaram-se importantes centros religiosos e culturais, tendo-se construído hospitais, igrejas (em Goa, por exemplo, restam ainda hoje a Igreja de Anjuna e a Igreja do Priorado do Rosário, iniciada em 1543) e conventos, criado escolas e fomentado as artes e as ciências, tanto geográficas como naturais.
Com a descolonização britânica da Índia e o aparecimento da União Indiana em 1947, o interesse do novo país em integrar os antigos rajados semi-independentes levou a um conflito com Portugal. Este recorreu ao Tribunal Internacional de Haia, que lhe deu completa satisfação por sentença arbitral de abril de 1960. Ignorando tal decisão, a União Indiana invadiu os territórios portugueses da Índia (Goa, Damão e Diu) em dezembro de 1961. Mais tarde, Portugal veio a reconhecer a soberania da Índia sobre esses territórios.
Os territórios sob administração portuguesa (a que se juntaram Diu, em 1535, e Damão, em 1559) tomaram a designação de Estado Português da Índia. Do início do século XVI ao terceiro quartel do século XX, o Estado Português da Índia foi governado por 109 vice-reis e 128 governadores, tendo os primeiros sido Francisco de Almeida e Afonso de Albuquerque.
Durante a dinastia filipina, surgiram novos inimigos, fundamentalmente os holandeses e ingleses, que se empenharam em substituir os portugueses. Começou, desta forma, a decadência do domínio português no Oriente, visível logo na perda de Chale em 1603. Mesmo após a Restauração de 1640, o estado de decadência manteve-se, com os holandeses a ocuparem diversos territórios como Malaca, Ceilão, Coulão, Cranganor e Cochim. Além disso, Portugal cedeu Bombaim aos ingleses, como parte do dote da rainha D. Catarina de Bragança.
Com a descolonização britânica da Índia e o aparecimento da União Indiana em 1947, o interesse do novo país em integrar os antigos rajados semi-independentes levou a um conflito com Portugal. Este recorreu ao Tribunal Internacional de Haia, que lhe deu completa satisfação por sentença arbitral de abril de 1960. Ignorando tal decisão, a União Indiana invadiu os territórios portugueses da Índia (Goa, Damão e Diu) em dezembro de 1961. Mais tarde, Portugal veio a reconhecer a soberania da Índia sobre esses territórios.
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Como referenciar
Porto Editora – Índia Portuguesa na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-03-24 23:17:39]. Disponível em
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