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instalação
Instalação é um termo que, na sua origem, se referia aos procedimentos e às técnicas de exposição de obras de artes em espaços próprios (como museus ou galerias). A partir de meados do século XX passa a designar uma forma de expressão artística que engloba os campos da escultura, da pintura, da fotografia, do cinema e do vídeo podendo incluir ainda algumas manifestações performativas. Os trabalhos de instalação podem assumir escalas e formalizações muito variadas.
Desde inícios do XX que se verificou a gradual eliminação e diluição das tradicionais separações entre a pintura e a escultura e o reconhecimento da dimensão espacial e temporal dos trabalhos escultóricos.
A este aspeto associou-se a consciência da especificidade da relação entre os objetos artísticos e o espaço arquitetónico envolvente o que determinou a procura de fundir estas duas dimensões numa mesma realidade significante. Esta característica, que geralmente se designa por site specific, indica um processo criativo que se fundamenta na relação formal ou conceptual entre determinados objetos e os lugares onde são colocados. Assim, a preservação da mensagem estética duma instalação obriga geralmente à manutenção do objeto artístico no espaço para o qual foi criado.
Geralmente efémeras, as instalações podem também ser criadas para coleções públicas ou privadas e expostas permanentemente num local predefinido.
Na origem da instalação enquanto meio e técnica de criação estão algumas esculturas de grande escala, realizadas pelo artista dadaísta Marcel Duchamp para algumas galerias nova iorquinas. Outros exemplos pioneiros neste campo são as instalações criadas por artistas Pop como Andy Warhol, Claes Oldenburg (1929) e George Segal (1924-), nos finais da década de cinquenta.
Na Europa, alguns autores influenciados pelo dadaísmo e pelo surrealismo, de entre os quais se destaca a precursora artista francesa Louise Bourgeois (1911-), desenvolvem trabalhos que procuram não tanto a execução de objetos (domínio próprio da escultura), mas a definição de qualidades espaciais e a criação de ambientes. O francês Jean Tinguely acrescenta o movimento mecânico a estes objetos e instalações, dotando-os de uma interessante e insólita dimensão cinética.
O grupo Fluxus teve um papel determinante no desenvolvimento e divulgação desta forma artística, destacando-se, no interior deste movimento, alguns trabalhos do alemão Joseph Beuys e do coreano Nam June Paik, os quais associavam frequentemente às instalações a realização de happenings e de performances.
Nos anos setenta, a instalação ganha um carácter muito mais complexo, procurando recriar de raiz os ambientes e os espaços envolventes. Em algumas situações procura-se atingir uma maior complexidade e alcance das intervenções, através da associação de vários artistas na transformação integral de edifícios.
De entre os artistas que mais se dedicaram a esta forma expressiva destacam-se os membros do movimento italiano da Arte Povera, como Janis Kounellis e Michelangelo Pistoletto ou alguns dos representantes da corrente da Land Art, da Arte Conceptual e do Pós-modernismo, como Richard Long, Dennis Oppnheim, Franz West ou o alemão Hans Haacke (1936-).
Desde inícios do XX que se verificou a gradual eliminação e diluição das tradicionais separações entre a pintura e a escultura e o reconhecimento da dimensão espacial e temporal dos trabalhos escultóricos.
A este aspeto associou-se a consciência da especificidade da relação entre os objetos artísticos e o espaço arquitetónico envolvente o que determinou a procura de fundir estas duas dimensões numa mesma realidade significante. Esta característica, que geralmente se designa por site specific, indica um processo criativo que se fundamenta na relação formal ou conceptual entre determinados objetos e os lugares onde são colocados. Assim, a preservação da mensagem estética duma instalação obriga geralmente à manutenção do objeto artístico no espaço para o qual foi criado.
Geralmente efémeras, as instalações podem também ser criadas para coleções públicas ou privadas e expostas permanentemente num local predefinido.
Na origem da instalação enquanto meio e técnica de criação estão algumas esculturas de grande escala, realizadas pelo artista dadaísta Marcel Duchamp para algumas galerias nova iorquinas. Outros exemplos pioneiros neste campo são as instalações criadas por artistas Pop como Andy Warhol, Claes Oldenburg (1929) e George Segal (1924-), nos finais da década de cinquenta.
Na Europa, alguns autores influenciados pelo dadaísmo e pelo surrealismo, de entre os quais se destaca a precursora artista francesa Louise Bourgeois (1911-), desenvolvem trabalhos que procuram não tanto a execução de objetos (domínio próprio da escultura), mas a definição de qualidades espaciais e a criação de ambientes. O francês Jean Tinguely acrescenta o movimento mecânico a estes objetos e instalações, dotando-os de uma interessante e insólita dimensão cinética.
O grupo Fluxus teve um papel determinante no desenvolvimento e divulgação desta forma artística, destacando-se, no interior deste movimento, alguns trabalhos do alemão Joseph Beuys e do coreano Nam June Paik, os quais associavam frequentemente às instalações a realização de happenings e de performances.
Nos anos setenta, a instalação ganha um carácter muito mais complexo, procurando recriar de raiz os ambientes e os espaços envolventes. Em algumas situações procura-se atingir uma maior complexidade e alcance das intervenções, através da associação de vários artistas na transformação integral de edifícios.
De entre os artistas que mais se dedicaram a esta forma expressiva destacam-se os membros do movimento italiano da Arte Povera, como Janis Kounellis e Michelangelo Pistoletto ou alguns dos representantes da corrente da Land Art, da Arte Conceptual e do Pós-modernismo, como Richard Long, Dennis Oppnheim, Franz West ou o alemão Hans Haacke (1936-).
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Como referenciar
Porto Editora – instalação na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-06-07 20:20:39]. Disponível em
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