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Invasões Hunas
O império huno foi instituído por Átila (século V), conhecido como o "Flagelo de Deus", uma expressão usada por um cronista do século IX.
Este povo, à imagem do seu chefe, tinha fama de ser cruel e horrendo, devido a uma descrição pouco generosa de autores como Amiano Marcelino. Na verdade, os Hunos não eram tão selvagens como se pintavam, embora também fosse falaciosa a ideia de que a corte de Átila estava aberta a filósofos.
Numa primeira fase, os Hunos ameaçaram o Império Romano do Oriente, passando depois para o já decadente Império Romano do Ocidente, em meados do século V, quando estes ocuparam a Panónia e reinavam sobre os territórios da periferia.
Os prisioneiros de guerra deste povo de pastores e guerreiros eram feitos escravos seus e dos seus fiéis, e os povos agricultores dominados eram obrigados a pagar os seus tributos, sobretudo em produtos da terra, essenciais para a sua sobrevivência.
A formação do império foi um acontecimento muito importante para o Ocidente, mas de pouca duração. Átila, tal como oito séculos depois faria Gengis Khan, unificou, por volta do ano 434, as tribos mongóis que tinham passado para o Ocidente, absorveu outras tribos bárbaras (a federação tribal incluía os Antas, os Alanos, os Ostrogodos, os Hérulos e os Gépidas) e manteve relações, pouco claras, com Bizâncio, tal como Gengis Khan fez com a China.
Após uma tentativa nos Balcãs (448), Átila rumou até à Gália, onde Flavius Aetius e as legiões romanas conseguiram travá-lo, com a ajuda dos Visigodos de Teodorico, nos campos catalaúnicos. Esta batalha abriu uma brecha no seu poder, que parecia invencível. No regresso, Átila saqueou Treveris (Trier) e invadiu a Alta Gália. Ao voltar da Gália, fez uma incursão pelo Norte de Itália (452) e tomou Aquileia, levando parte da população sob cativeiro. Em 458, muitos dos prisioneiros voltaram à sua pátria, mas alguns deles encontraram as suas esposas casadas de novo, o que provocou algum embaraço ao bispo, obrigado a consultar o Papa Leão, o Grande.
Depois da morte de Átila (453), o império huno desmembrou-se e as suas hordas dirigiram-se para Leste.
Este povo, à imagem do seu chefe, tinha fama de ser cruel e horrendo, devido a uma descrição pouco generosa de autores como Amiano Marcelino. Na verdade, os Hunos não eram tão selvagens como se pintavam, embora também fosse falaciosa a ideia de que a corte de Átila estava aberta a filósofos.
Numa primeira fase, os Hunos ameaçaram o Império Romano do Oriente, passando depois para o já decadente Império Romano do Ocidente, em meados do século V, quando estes ocuparam a Panónia e reinavam sobre os territórios da periferia.
Os prisioneiros de guerra deste povo de pastores e guerreiros eram feitos escravos seus e dos seus fiéis, e os povos agricultores dominados eram obrigados a pagar os seus tributos, sobretudo em produtos da terra, essenciais para a sua sobrevivência.
A formação do império foi um acontecimento muito importante para o Ocidente, mas de pouca duração. Átila, tal como oito séculos depois faria Gengis Khan, unificou, por volta do ano 434, as tribos mongóis que tinham passado para o Ocidente, absorveu outras tribos bárbaras (a federação tribal incluía os Antas, os Alanos, os Ostrogodos, os Hérulos e os Gépidas) e manteve relações, pouco claras, com Bizâncio, tal como Gengis Khan fez com a China.
Após uma tentativa nos Balcãs (448), Átila rumou até à Gália, onde Flavius Aetius e as legiões romanas conseguiram travá-lo, com a ajuda dos Visigodos de Teodorico, nos campos catalaúnicos. Esta batalha abriu uma brecha no seu poder, que parecia invencível. No regresso, Átila saqueou Treveris (Trier) e invadiu a Alta Gália. Ao voltar da Gália, fez uma incursão pelo Norte de Itália (452) e tomou Aquileia, levando parte da população sob cativeiro. Em 458, muitos dos prisioneiros voltaram à sua pátria, mas alguns deles encontraram as suas esposas casadas de novo, o que provocou algum embaraço ao bispo, obrigado a consultar o Papa Leão, o Grande.
Depois da morte de Átila (453), o império huno desmembrou-se e as suas hordas dirigiram-se para Leste.
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Como referenciar
Porto Editora – Invasões Hunas na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-06-10 01:45:00]. Disponível em
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