Ismaïl Kadaré
Escritor albanês, Ismaïl Kadaré nasceu a 28 de janeiro de 1936 em Angirocastro, cidade de grande património histórico situada no sul do país. Filho de um funcionário público, presenciou a devastação da Albânia pelas tropas que se digladiaram durante a Segunda Guerra Mundial, experiência que deixou as suas marcas tanto na sua vida como na sua obra.
Estudou na sua cidade natal até à conclusão do ensino secundário, altura em que ingressou no curso de Línguas e Literaturas da Universidade de Tirana. Arrebatou o seu diploma em 1956, tornando-se depois professor. Teve então ocasião de prosseguir os seus estudos em Moscovo, na Universidade de Gorky.
O ano de 1961 marca a rutura das relações diplomáticas entre a Albânia e, o resto do mundo (primeiro com a União Soviética). Apesar do isolamento, que tornou a Albânia no país mais retrógrado da Europa, a literatura foi progredindo, não obstante a censura e as perseguições aos autores tidos como adversos ao severo regime comunista albanês.
Em 1963, e depois de ter conseguido uma certa reputação como poeta, consequência da publicação de trabalhos como Frymëzimet Djaloshare (1954), Ëndërrimet (1957) e Shekulli Im (1961), Kadaré publicou o seu primeiro romance. Gjenerali I Ushtrisë së Vdekur contava a história de um general que, após o fim da Segunda Guerra Mundial, é enviado à Albânia, e que tem como missão exumar e repatriar os cadáveres dos seus conterrâneos caídos em batalha.
No ano de 1968 surgiu Dasma, romance que descrevia o percurso sentimental de uma camponesa, em busca de uma singela independência e do amor verdadeiro. A obra foi bem acolhida sobretudo pelo regime de Enver Hoxha, que não só o autorizou a viajar pelo estrangeiro, como tratou de o tornar delegado da Assembleia do Povo.
Não tendo nunca sido censurado, sobretudo graças ao cuidado em manter o seu trabalho politicamente inócuo, Kadaré foi reconhecido também no estrangeiro, já que obras como Keshtjella (1970), Kronik'n'Gur, Tirana (1971), Ura Me Tri Harqe (1978) e Prilli I Thyer (1978) mereceram tradução.
Em 1985 faleceu Enver Hohxa, facto que originou grandes convulsões no território albanês. Pouco tempo antes da queda do regime comunista, em 1991, Kadaré decidiu deixar o seu país, alegadamente como forma de descontentamento pelo tardar da instauração de uma democracia, fixando-se em Paris.
Em 2005 foi agraciado com a primeira edição do prémio Man Brooker International.
Estudou na sua cidade natal até à conclusão do ensino secundário, altura em que ingressou no curso de Línguas e Literaturas da Universidade de Tirana. Arrebatou o seu diploma em 1956, tornando-se depois professor. Teve então ocasião de prosseguir os seus estudos em Moscovo, na Universidade de Gorky.
O ano de 1961 marca a rutura das relações diplomáticas entre a Albânia e, o resto do mundo (primeiro com a União Soviética). Apesar do isolamento, que tornou a Albânia no país mais retrógrado da Europa, a literatura foi progredindo, não obstante a censura e as perseguições aos autores tidos como adversos ao severo regime comunista albanês.
Em 1963, e depois de ter conseguido uma certa reputação como poeta, consequência da publicação de trabalhos como Frymëzimet Djaloshare (1954), Ëndërrimet (1957) e Shekulli Im (1961), Kadaré publicou o seu primeiro romance. Gjenerali I Ushtrisë së Vdekur contava a história de um general que, após o fim da Segunda Guerra Mundial, é enviado à Albânia, e que tem como missão exumar e repatriar os cadáveres dos seus conterrâneos caídos em batalha.
No ano de 1968 surgiu Dasma, romance que descrevia o percurso sentimental de uma camponesa, em busca de uma singela independência e do amor verdadeiro. A obra foi bem acolhida sobretudo pelo regime de Enver Hoxha, que não só o autorizou a viajar pelo estrangeiro, como tratou de o tornar delegado da Assembleia do Povo.
Não tendo nunca sido censurado, sobretudo graças ao cuidado em manter o seu trabalho politicamente inócuo, Kadaré foi reconhecido também no estrangeiro, já que obras como Keshtjella (1970), Kronik'n'Gur, Tirana (1971), Ura Me Tri Harqe (1978) e Prilli I Thyer (1978) mereceram tradução.
Em 1985 faleceu Enver Hohxa, facto que originou grandes convulsões no território albanês. Pouco tempo antes da queda do regime comunista, em 1991, Kadaré decidiu deixar o seu país, alegadamente como forma de descontentamento pelo tardar da instauração de uma democracia, fixando-se em Paris.
Em 2005 foi agraciado com a primeira edição do prémio Man Brooker International.
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Como referenciar
Porto Editora – Ismaïl Kadaré na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-05-28 00:58:47]. Disponível em
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