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J. L. Runenberg
Poeta finlandês de expressão sueca, Johan Ludvig Runenberg nasceu a 5 de fevereiro de 1804, em Pietarsaari. Possuía grau de parentesco com um dos bispos de Turku e era filho de um comandante da marinha mercante.
Devido às longas ausências do pai, a família achou por bem enviá-lo para Oulu aos oito anos de idade, para ser educado por uma presença masculina. Aí frequentou a escola até à morte do tio, passando então a Vaasa onde fez os seus estudos secundários, antes de se matricular na Universidade de Turku. Por esta altura começou a contribuir para a imprensa.
Passando uma crise financeira, tornou-se precetor no seio de uma família em Saarijärvi, onde pôde tomar contacto com a população rural e com a expressão finlandesa. Passou muitos serões escutando histórias sobre as Guerras Napoleónicas, e de como a Suécia, aliada da França, perdeu o território finlandês em favor da Rússia, que dele fez um grão-ducado. Influenciado pelos ideais do movimento nacionalista alemão, começou a fazer um retrato patriótico do seu próprio povo.
Em 1827 conseguiu o seu diploma universitário pela Universidade de Turku, tendo lá permanecido como docente até ao incêndio que deflagrou na cidade de Turku, o que fez com que uma nova universidade fosse criada em Helsínquia. Runenberg acompanhou a mudança, tornando-se, em 1830, professor assistente de Retórica. Nesse mesmo ano publicou o seu primeiro livro, uma coletânea de poesia que levava o título Dikter e que elogiava não só a beleza natural da Finlândia, mas sobretudo a preserverança dos seus habitantes rurais, o chamado sisu, que passou à memória coletiva como a virtude nacional.
Casou em 1831 com Frederika Charlotta Tengström e, a partir dessa data passou a trabalhar como professor no Helsingfors Privatlyceum, instituição de ensino secundário particular e de expressão sueca. Contribuiu também, juntamente com a sua esposa, para o maior jornal finlandês de expressão sueca, o diário Helsingfors Morgonblad. A escassez de fundos do jovem casal nessa época fez com que tivessem que alugar quartos na sua residência, chegando a ter Zacharias Topelius como inquilino.
Nomeado professor de Cultura Clássica no Instituto Superior de Porvoo em 1837, continuou no entanto a escrever para as publicações periódicas, fundando mesmo um jornal no ano seguinte, o Borgå Tidning, em que proclamava ideias de liberalismo e tolerância. Em 1839 foi galardoado com um prémio da Academia Real Sueca e, em 1847 nomeado reitor do Instituto Superior de Porvoo.
Entre 1848 e 1860 publicou Fänrik Ståls Sägner, considerado como o maior poema épico clássico finlandês, e cujo poema de abertura, Vårt Land, viria a ser adotado, tanto no original sueco como na tradução para finlandês, Maamme, como o hino nacional da Finlândia.
Em 1863, durante uma caçada, Runenberg foi vítima de uma apoplexia que o deixou paralisado e incapaz de escrever para o resto da sua vida. Nesses últimos treze anos, a sua esposa sentava-se junto ao seu leito cerca de doze horas por dia lendo-lhe em voz alta. Acabou por falecer a 6 de maio de 1877.
Devido às longas ausências do pai, a família achou por bem enviá-lo para Oulu aos oito anos de idade, para ser educado por uma presença masculina. Aí frequentou a escola até à morte do tio, passando então a Vaasa onde fez os seus estudos secundários, antes de se matricular na Universidade de Turku. Por esta altura começou a contribuir para a imprensa.
Passando uma crise financeira, tornou-se precetor no seio de uma família em Saarijärvi, onde pôde tomar contacto com a população rural e com a expressão finlandesa. Passou muitos serões escutando histórias sobre as Guerras Napoleónicas, e de como a Suécia, aliada da França, perdeu o território finlandês em favor da Rússia, que dele fez um grão-ducado. Influenciado pelos ideais do movimento nacionalista alemão, começou a fazer um retrato patriótico do seu próprio povo.
Em 1827 conseguiu o seu diploma universitário pela Universidade de Turku, tendo lá permanecido como docente até ao incêndio que deflagrou na cidade de Turku, o que fez com que uma nova universidade fosse criada em Helsínquia. Runenberg acompanhou a mudança, tornando-se, em 1830, professor assistente de Retórica. Nesse mesmo ano publicou o seu primeiro livro, uma coletânea de poesia que levava o título Dikter e que elogiava não só a beleza natural da Finlândia, mas sobretudo a preserverança dos seus habitantes rurais, o chamado sisu, que passou à memória coletiva como a virtude nacional.
Casou em 1831 com Frederika Charlotta Tengström e, a partir dessa data passou a trabalhar como professor no Helsingfors Privatlyceum, instituição de ensino secundário particular e de expressão sueca. Contribuiu também, juntamente com a sua esposa, para o maior jornal finlandês de expressão sueca, o diário Helsingfors Morgonblad. A escassez de fundos do jovem casal nessa época fez com que tivessem que alugar quartos na sua residência, chegando a ter Zacharias Topelius como inquilino.
Nomeado professor de Cultura Clássica no Instituto Superior de Porvoo em 1837, continuou no entanto a escrever para as publicações periódicas, fundando mesmo um jornal no ano seguinte, o Borgå Tidning, em que proclamava ideias de liberalismo e tolerância. Em 1839 foi galardoado com um prémio da Academia Real Sueca e, em 1847 nomeado reitor do Instituto Superior de Porvoo.
Entre 1848 e 1860 publicou Fänrik Ståls Sägner, considerado como o maior poema épico clássico finlandês, e cujo poema de abertura, Vårt Land, viria a ser adotado, tanto no original sueco como na tradução para finlandês, Maamme, como o hino nacional da Finlândia.
Em 1863, durante uma caçada, Runenberg foi vítima de uma apoplexia que o deixou paralisado e incapaz de escrever para o resto da sua vida. Nesses últimos treze anos, a sua esposa sentava-se junto ao seu leito cerca de doze horas por dia lendo-lhe em voz alta. Acabou por falecer a 6 de maio de 1877.
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Como referenciar
Porto Editora – J. L. Runenberg na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-09-23 18:14:44]. Disponível em
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