Jean-Paul Dubois

Escritor, ensaísta e jornalista francês, nascido em 1950, em Toulouse, cidade onde sempre viveu, conquistou em 2004 o Prémio Femina, um dos mais importantes galardões literários do seu país, com Une Vie Française (Uma Vida Francesa).
Jean-Paul Dubois surgiu no panorama literário francês em 1984 com o romance Compte Rendu Analytique d'Un Sentiment Désordonné, seguindo-se, três anos mais tarde, o ensaio Eloge du Gaucher. Em 1988 deu-se o regresso à ficção com Tous les Matins Je Me Lève. Dubois foi lançando regularmente novas obras, Maria est Morte, Les Poissons Me Regardent, Vous Aurez de Mes Nouvelles, Parfois Je Ris Tout Seul, La Vie Me Fait Peur, até que, em 1996, surgiu o grande sucesso Kennedy et Moi, que se tornou o seu maior êxito literário até àquela data. O romance, que ganhou o Prémio France Television, viria a ser adaptado ao cinema por Sam Karmann.
Em 1999 lançou um novo romance de sucesso, Si Ce Livre Pouvait Me Rapprocher de Toi, antes de surgir, em 2004, a consagração definitiva deste autor.
Uma Vida Francesa, editado em Portugal em 2005, retrata, através de uma típica família gaulesa, os últimos cinquenta anos da história de França, sendo o romance dividido em capítulos que correspondem a cada um dos presidentes da república. Em França, mesmo antes de ganhar o Prémio Femina, o que aconteceu em novembro de 2004, o livro já vendera mais de cem mil exemplares.
Jean-Paul Dubois, também jornalista e ensaísta, é um grande conhecedor dos Estados Unidos da América, país sobre o qual lançou duas obras, L'Amérique m'Inquiete, de 1996, uma compilação de textos publicados na imprensa, e Jusque-lá Tout Allait Bien en Amérique, de 2002, um ensaio pessimista sobre a cultura deste país. Aliás, a escrita de Dubois é influenciada por autores norte-americanos como Philip Roth e John Updike. Jean-Paul Dubois tornou-se correspondente na América da revista francesa de informação Nouvel Observateur.