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João Brandão
Nascido cerca de 1827, em Midões (Casal da Senhora), o seu nome completo era João Vítor da Silva Brandão, sendo filho de Manuel Brandão, ferreiro de profissão.
O seu pai era o líder de um grupo de criminosos, quase todos eles da sua família, que faziam na época de conflito entre liberais e absolutistas uma luta de guerrilha. Assim, João viu todos os seus maus instintos incentivados pelos familiares, e aos doze anos cometeu o primeiro homicídio: com o intuito de treinar a pontaria, matou um pastor.
Foi preso diversas vezes, mas sempre liberto e ilibado dos crimes que lhe imputavam, devido à proteção de altas instâncias de cariz liberal a quem um criminoso disposto a tudo era muito útil. Por esta mesma razão, a sua família ascendeu socialmente, tendo inclusivamente João pertencido à câmara de Midões entre 1849 e 1853. O estabelecimento da paz e a centralização da administração política levaram à queda de João Brandão, tendo finalmente, em 1869, sido condenado no tribunal de Tábua ao degredo em África, pelo homicídio do padre José da Anunciação Portugal. No entanto, gozou de todas as regalias, tanto em Luanda como em Mossâmedes, para onde pediu transferência e onde criou uma próspera fábrica de aguardente.
Morreu em 1880 no Bié, para onde tinha fugido com receio de ser preso pelo governador de Mossâmedes.
O seu pai era o líder de um grupo de criminosos, quase todos eles da sua família, que faziam na época de conflito entre liberais e absolutistas uma luta de guerrilha. Assim, João viu todos os seus maus instintos incentivados pelos familiares, e aos doze anos cometeu o primeiro homicídio: com o intuito de treinar a pontaria, matou um pastor.
Foi preso diversas vezes, mas sempre liberto e ilibado dos crimes que lhe imputavam, devido à proteção de altas instâncias de cariz liberal a quem um criminoso disposto a tudo era muito útil. Por esta mesma razão, a sua família ascendeu socialmente, tendo inclusivamente João pertencido à câmara de Midões entre 1849 e 1853. O estabelecimento da paz e a centralização da administração política levaram à queda de João Brandão, tendo finalmente, em 1869, sido condenado no tribunal de Tábua ao degredo em África, pelo homicídio do padre José da Anunciação Portugal. No entanto, gozou de todas as regalias, tanto em Luanda como em Mossâmedes, para onde pediu transferência e onde criou uma próspera fábrica de aguardente.
Morreu em 1880 no Bié, para onde tinha fugido com receio de ser preso pelo governador de Mossâmedes.
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Como referenciar
Porto Editora – João Brandão na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-10-03 02:22:00]. Disponível em
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