João X

Papa italiano, Arcebispo de Ravena, era natural da localidade de Tosignano, na Romanha.
Eleito pelo seu pragmatismo, tão necessário numa época em que os muçulmanos atacavam as zonas do centro e norte de Itália, fez com que se unissem as forças de Landulfo de Cápua, Alberico de Spoleto e Adalberto da Toscana. Estas forças conseguiram escorraçar os muçulmanos de Itália.
O seu papado ocorreu de março de 914 a maio de 928.
Entre muitas outras medidas, este pontífice esclareceu os bispos de Reims e de Rouen sobre a forma a adotar para a conversão normanda e conseguiu superar a divisão que tinha criado entre Roma e Bizâncio ao declarar que o quarto casamento do imperador Leão VI tinha um carácter excecional, apesar de válido.
Tornou-se também famoso por ter mandado reconstruir o palácio papal de Latrão, em Roma. Além disso, no ano de 915 consagrou imperador Berenguer de Friul e em 929 proporcionou à abadia de Cluny o privilégio da isenção ao poder do bispo, respondendo apenas perante o papa.
João X aceitou a investidura dos bispos pelos reis que possuíam os territórios das dioceses, sendo assim necessária a autorização destes para que um bispo fosse sagrado. Esta formalidade fazia com que, pelo menos nestes tempos iniciais, o poder temporal apoiasse os preceitos do espiritual.
O papa começava, de novo, a ultrapassar o domínio dos deveres do espírito e a adquirir poder temporal, sendo o seu irmão Pedro, a quem outorgou cargos de progressiva importância, uma preciosa ajuda. Marozia, mulher de Alberico de Spoleto e filha dos senadores Teofilacto e Teodora, casou-se em segundas núpcias com o marquês Guido da Toscana, o que lhe deu a posse da maior fatia de território de Itália. Com o poder que passou a auferir, conseguiu acusar Pedro de traição e mandá-lo assassinar em 987, tendo o papa sido deposto no ano seguinte. Crê-se que o terão encarcerado no castelo de Sant'Angelo e morto pouco depois.