Livros e Autores

O perigo de estar no meu perfeito juízo

Rosa Montero

Os segredos de Juvenal Papisco

Bruno Paixão

O Retiro

Sarah Pearse

John Gielgud

Ator inglês, Arthur John Gielgud nasceu a 14 de abril de 1904, em Londres. Iniciou-se no teatro, em 1921, na peça Henrique V no Old Victoria. Em 1926, graduou-se na prestigiada Academia Real de Artes Dramáticas de Londres. Tornou-se num dos mais prestigiados atores shakespearianos, protagonizando peças como Romeu e Julieta, MacBeth, António e Cleópatra e, principalmente, Hamlet, que Gielgud interpretou de forma magistral, facto que lhe valeu um convite da Broadway para apresentar a peça em território americano, em 1936. Gradualmente, Gielgud granjeou imenso prestígio como ator de teatro, sendo apenas suplantado por Laurence Olivier e Ralph Richardson. Numa primeira fase da sua carreira, Gielgud fez apenas aparições esporádicas no cinema. Estreou-se, em 1924, com um papel secundário no filme mudo Who Is The Man. Alfred Hitchcock apostou nele para protagonizar o thriller The Secret Agent (Às 1 e 45, 1936), um dos últimos filmes do realizador em solo britânico. Joseph L. Mankiewicz chamou-o para interpretar o senador Cássio, um dos assassinos de César em Julius Caesar (Júlio César, 1953). Em 1953, recebeu das mãos da rainha Isabel II o título de Sir pelos serviços prestados em prole do teatro britânico. Na década de 60, procurou aventurar-se pela televisão, conferindo prestígio a programas de teleteatro e telefilmes. Em 1964, recebeu uma nomeação para o Óscar de Melhor Ator Secundário pela encarnação do rei Luís VII em Beckett (1964). Mas foi só a partir de meados da década de 70 do século XX que Gielgud decidiu tornar-se mais prolífero no que respeitava à escolha de papéis cinematográficos: foi um irrepreensível mordomo, em Murder on the Orient Express (Crime no Expresso do Oriente, 1974), trouxe alguma credibilidade artística ao soft-core Caligula (1978) e trabalhou com o realizador David Lynch, em The Elephant Man (O Homem Elefante, 1980). Contudo, a consagração chegaria através de uma comédia ligeira: em Arthur (Arthur, o Alegre Conquistador, 1981), interpretou a figura de um irreverente e sarcástico mordomo de um playboy quarentão (Dudley Moore). Pelo papel, venceu o Óscar de Melhor Ator Secundário. Passeou o seu talento por filmes como Chariots of Fire (Momentos de Glória, 1981) e Gandhi (1982) ou séries televisivas como Brideshead Revisited (Reviver o Passado em Brideshead, 1981), Wagner (1983) e War and Remembrance (Ventos de Guerra, 1989). Mesmo nonagenário, não diminuiu o seu ritmo de trabalho, assumindo papéis secundários em filmes como First Knight (Primeiro Cavaleiro, 1995), Shine (Simplesmente Genial, 1996), Portrait of a Lady (Retrato Duma Senhora, 1996) e Elizabeth (1998). A sua última aparição deu-se no filme inglês Catastrophe (2000). Morreu pacificamente durante o sono, na sua vivenda rural de Wotton Underwood, a 21 de maio de 2000. Conforme seu desejo pessoal, foi cremado em Oxford.
Partilhar
Como referenciar
Porto Editora – John Gielgud na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-03-22 22:58:38]. Disponível em
Artigos
ver+
Partilhar
Como referenciar
Porto Editora – John Gielgud na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-03-22 22:58:38]. Disponível em
Livros e Autores

O perigo de estar no meu perfeito juízo

Rosa Montero

Os segredos de Juvenal Papisco

Bruno Paixão

O Retiro

Sarah Pearse