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John Locke
Filósofo empirista nascido em Wrigton em 1632, é considerado um dos maiores expoentes do Iluminismo inglês. Participante ativo da turbulenta vida política da época, foi também um dos primeiros teorizadores do liberalismo.
Ao contrário do que aconteceu com os pensadores racionalistas (v.g. Descartes), caracterizou-se por fundamentar a sua teoria do conhecimento na experiência, tomando como base a análise psicológica e genética do processo cognitivo.
Reconhecendo nas ideias a matéria do conhecimento, considera-as porém como produto da atividade do próprio espírito e só lhes admite como origem a sensibilidade (experiência externa) ou a reflexão (experiência interna); estas são a fonte das ideias simples, recebidas passivamente pelo sujeito, que só posteriormente as relaciona, produzindo, por abstração, ideias complexas.
Em consequência, Locke nega a possibilidade do inatismo e afirma que, ao nascer, o entendimento é como uma tabula rasa que apenas pode formar representações a partir da experiência. Deste modo, Locke define a experiência como limite para todo o saber que se pretenda válido.
Para garantir a universalidade e a necessidade das ciências, Locke tem de partir do pressuposto de que as ideias são um correlato real dos fenómenos que as produzem e dos objetos a que se referem, consistindo finalmente o verdadeiro conhecimento em consciencializar as relações entre ideias e procurar permanentemente aprofundar a respetiva coerência.
No domínio da filosofia política, Locke foi um defensor do contrato social, propondo que no início da História todos os homens viviam numa situação de perfeita liberdade e igualdade, submetidos ao Direito Natural, criado por Deus, cujo princípio supremo e recíproco é o da autoconservação do próprio indivíduo.
Posteriormente, a delegação de poderes em instâncias superiores apenas teve por objetivo o de com mais eficácia se prover à manutenção da lei natural. Nesse sentido, o poder político deve guiar-se por uma prática tolerante, permanecendo submetido aos princípios que dela advêm, reconhecendo-se aos cidadãos o direito de revolta quando tal não aconteça.
No entanto, a separação dos poderes legislativo, executivo e judicial será suficiente, em geral, para evitar os abusos de poder.
Locke morreu em Oates (Essex) em 1704, tendo marcado de forma decisiva o posterior desenvolvimento da filosofia, em particular pela influência que exerceu sobre Jean-Jacques Rousseau e Immanuel Kant.
Ao contrário do que aconteceu com os pensadores racionalistas (v.g. Descartes), caracterizou-se por fundamentar a sua teoria do conhecimento na experiência, tomando como base a análise psicológica e genética do processo cognitivo.
Reconhecendo nas ideias a matéria do conhecimento, considera-as porém como produto da atividade do próprio espírito e só lhes admite como origem a sensibilidade (experiência externa) ou a reflexão (experiência interna); estas são a fonte das ideias simples, recebidas passivamente pelo sujeito, que só posteriormente as relaciona, produzindo, por abstração, ideias complexas.
Em consequência, Locke nega a possibilidade do inatismo e afirma que, ao nascer, o entendimento é como uma tabula rasa que apenas pode formar representações a partir da experiência. Deste modo, Locke define a experiência como limite para todo o saber que se pretenda válido.
Para garantir a universalidade e a necessidade das ciências, Locke tem de partir do pressuposto de que as ideias são um correlato real dos fenómenos que as produzem e dos objetos a que se referem, consistindo finalmente o verdadeiro conhecimento em consciencializar as relações entre ideias e procurar permanentemente aprofundar a respetiva coerência.
No domínio da filosofia política, Locke foi um defensor do contrato social, propondo que no início da História todos os homens viviam numa situação de perfeita liberdade e igualdade, submetidos ao Direito Natural, criado por Deus, cujo princípio supremo e recíproco é o da autoconservação do próprio indivíduo.
Posteriormente, a delegação de poderes em instâncias superiores apenas teve por objetivo o de com mais eficácia se prover à manutenção da lei natural. Nesse sentido, o poder político deve guiar-se por uma prática tolerante, permanecendo submetido aos princípios que dela advêm, reconhecendo-se aos cidadãos o direito de revolta quando tal não aconteça.
No entanto, a separação dos poderes legislativo, executivo e judicial será suficiente, em geral, para evitar os abusos de poder.
Locke morreu em Oates (Essex) em 1704, tendo marcado de forma decisiva o posterior desenvolvimento da filosofia, em particular pela influência que exerceu sobre Jean-Jacques Rousseau e Immanuel Kant.
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Como referenciar
Porto Editora – John Locke na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-03-25 16:27:48]. Disponível em
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