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José Domingues dos Santos
Político, jurista, professor e jornalista português, José Domingues dos Santos nasceu a 5 de agosto de 1885, na freguesia de Lavra, em Matosinhos, e faleceu a 16 de agosto de 1958, no Porto. Licenciou-se em Coimbra, concluindo o curso de Direito em 1911, e exerceu, durante algum tempo, funções docentes na Faculdade Técnica do Porto e no Instituto Superior de Comércio, lecionando Ciências Económicas e Direito Internacional.
Notável advogado, de grandes dotes oratórios, dedicou-se também à vida política, tendo abraçado a causa republicana. Depois da tentativa falhada da Monarquia do Norte, revolta levada a cabo por monárquicos em 1919, José Domingues dos Santos foi governador civil do Porto.
Entre 1918 e 1926 foi deputado em três legislaturas, desempenhando igualmente cargos ministeriais (Trabalho, Agricultura, Comércio, Justiça e Justiça e Guerra interinamente). Entre 22 de novembro de 1924 e 15 de fevereiro de 1925 foi chefe de Governo, assumindo simultaneamente o Ministério do Interior.
Era membro do Partido Republicano Português (PRP), formação política de que foi um acérrimo defensor do seu ideário e programa de ação, quer no Parlamento quer na imprensa, como aconteceu, por exemplo, com A Tribuna, um diário portuense de que foi diretor.
Tinha uma visão política altruísta e solidária para com o povo, o que lhe valeu dissensões com outros grupos do seu partido. Daí a divisão que acabou por se operar no PRP, com Domingues dos Santos a liderar a ala esquerda do partido, que acabou mesmo por se tornar numa nova formação política, conhecida como "Esquerda Democrática", expressivamente representada a nível parlamentar, mas com duração efémera, pois dissolveu-se na sequência do golpe de 28 de maio de 1926.
José Domingues dos Santos ainda se envolveu politicamente de forma ativa na malograda revolução de fevereiro de 1927, numa tentativa de contragolpe à situação criada pelo 28 de maio de 1926. Devido ao fracasso dessa intentona, José Domingues dos Santos foi forçado ao exílio, primeiro em Espanha e depois em França, onde permaneceu durante muitos anos.
Em Paris, foi preso durante a ocupação nazi, tendo quase sido fuzilado. Foi salvo pela sua nacionalidade portuguesa e pela sua carteira de jornalista. Ainda em França, foi comentador oficial da Radio Difusion Française, para além de assinar colunas em várias revistas francesas e inglesas, quase sempre dentro da temática da política internacional. Também para o Diário de Notícias, do Rio de Janeiro, enviava artigos, tal como para o República, de Lisboa. Adotou, para muitas das crónicas que escreveu, o pseudónimo José d'Além. Foi diretor dos magazines informativos Ibéria e France-Espagne, editados em Paris, cidade onde deu inúmeras conferências.
No âmbito das suas preocupações políticas de sempre, em prol do bem-estar das populações e do desenvolvimento equitativo, José Domingues dos Santos fundou a Escola Maternal e Profissional de Vairão, em Vila do Conde.
Notável advogado, de grandes dotes oratórios, dedicou-se também à vida política, tendo abraçado a causa republicana. Depois da tentativa falhada da Monarquia do Norte, revolta levada a cabo por monárquicos em 1919, José Domingues dos Santos foi governador civil do Porto.
Entre 1918 e 1926 foi deputado em três legislaturas, desempenhando igualmente cargos ministeriais (Trabalho, Agricultura, Comércio, Justiça e Justiça e Guerra interinamente). Entre 22 de novembro de 1924 e 15 de fevereiro de 1925 foi chefe de Governo, assumindo simultaneamente o Ministério do Interior.
Era membro do Partido Republicano Português (PRP), formação política de que foi um acérrimo defensor do seu ideário e programa de ação, quer no Parlamento quer na imprensa, como aconteceu, por exemplo, com A Tribuna, um diário portuense de que foi diretor.
Tinha uma visão política altruísta e solidária para com o povo, o que lhe valeu dissensões com outros grupos do seu partido. Daí a divisão que acabou por se operar no PRP, com Domingues dos Santos a liderar a ala esquerda do partido, que acabou mesmo por se tornar numa nova formação política, conhecida como "Esquerda Democrática", expressivamente representada a nível parlamentar, mas com duração efémera, pois dissolveu-se na sequência do golpe de 28 de maio de 1926.
José Domingues dos Santos ainda se envolveu politicamente de forma ativa na malograda revolução de fevereiro de 1927, numa tentativa de contragolpe à situação criada pelo 28 de maio de 1926. Devido ao fracasso dessa intentona, José Domingues dos Santos foi forçado ao exílio, primeiro em Espanha e depois em França, onde permaneceu durante muitos anos.
Em Paris, foi preso durante a ocupação nazi, tendo quase sido fuzilado. Foi salvo pela sua nacionalidade portuguesa e pela sua carteira de jornalista. Ainda em França, foi comentador oficial da Radio Difusion Française, para além de assinar colunas em várias revistas francesas e inglesas, quase sempre dentro da temática da política internacional. Também para o Diário de Notícias, do Rio de Janeiro, enviava artigos, tal como para o República, de Lisboa. Adotou, para muitas das crónicas que escreveu, o pseudónimo José d'Além. Foi diretor dos magazines informativos Ibéria e France-Espagne, editados em Paris, cidade onde deu inúmeras conferências.
No âmbito das suas preocupações políticas de sempre, em prol do bem-estar das populações e do desenvolvimento equitativo, José Domingues dos Santos fundou a Escola Maternal e Profissional de Vairão, em Vila do Conde.
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Como referenciar
Porto Editora – José Domingues dos Santos na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-09-29 11:20:28]. Disponível em
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