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Lech Walesa
Nasceu em Popowo em 1943. Em 1967 começou a trabalhar como eletricista, no estaleiro naval de Gdansk, onde assistiu à repressão de manifestações operárias pela força das armas. Estes acontecimentos trágicos levaram-no a lutar pela constituição de sindicatos livres no país. Walesa tornar-se-ia, com efeito, fundador e líder do Solidariedade, a organização sindical independente do Partido Comunista que obteve importantes concessões políticas e económicas do Governo polaco em 1980-81, sendo nessa altura ilegalizado e passando à clandestinidade.
Em 1980, Walesa liderou o movimento grevista dos trabalhadores do estaleiro de Gdansk (cerca de 17 000), que protestavam contra a carestia de vida e as difíceis condições de trabalho. A greve alargou-se rapidamente a outras empresas. Com dificuldade, as reivindicações dos trabalhadores acabaram por ser concedidas. As reivindicações sociais dos trabalhadores tomaram consequências claramente políticas quando foi assinado um acordo que lhes garantia o direito de se organizarem livremente, bem como a garantia da liberdade política, de expressão e de religião. O facto de ter liderado as paralisações dos grevistas e de ser católico deu a Walesa uma grande base de apoio popular, mas os seus ganhos tiveram um carácter efémero ante a resistência do regime. Em dezembro de 1981 o Governo impôs a lei marcial, oSolidariedade foi considerado ilegal e a maioria dos líderes foram presos, incluindo Walesa. O país passou a ser governado pelo general Jaruzelski. A agitação operária continuou, embora de forma mais contida. Walesa só seria libertado em 1982. Um ano depois era-lhe atribuído o Prémio Nobel da Paz, facto que motivou críticas do governo polaco.
O Solidariedade saiu da clandestinidade após negociações com o Governo em 1988-89, assim como outras organizações sindicais. Com o desmoronamento do Bloco de Leste e a liberalização democrática do regime, ficou consagrada a realização de eleições livres. Em dezembro de 1990 Walesa foi eleito presidente. Em 1995 realizaram-se novas eleições presidenciais, mas Walesa saiu derrotado.
Em 1980, Walesa liderou o movimento grevista dos trabalhadores do estaleiro de Gdansk (cerca de 17 000), que protestavam contra a carestia de vida e as difíceis condições de trabalho. A greve alargou-se rapidamente a outras empresas. Com dificuldade, as reivindicações dos trabalhadores acabaram por ser concedidas. As reivindicações sociais dos trabalhadores tomaram consequências claramente políticas quando foi assinado um acordo que lhes garantia o direito de se organizarem livremente, bem como a garantia da liberdade política, de expressão e de religião. O facto de ter liderado as paralisações dos grevistas e de ser católico deu a Walesa uma grande base de apoio popular, mas os seus ganhos tiveram um carácter efémero ante a resistência do regime. Em dezembro de 1981 o Governo impôs a lei marcial, oSolidariedade foi considerado ilegal e a maioria dos líderes foram presos, incluindo Walesa. O país passou a ser governado pelo general Jaruzelski. A agitação operária continuou, embora de forma mais contida. Walesa só seria libertado em 1982. Um ano depois era-lhe atribuído o Prémio Nobel da Paz, facto que motivou críticas do governo polaco.
O Solidariedade saiu da clandestinidade após negociações com o Governo em 1988-89, assim como outras organizações sindicais. Com o desmoronamento do Bloco de Leste e a liberalização democrática do regime, ficou consagrada a realização de eleições livres. Em dezembro de 1990 Walesa foi eleito presidente. Em 1995 realizaram-se novas eleições presidenciais, mas Walesa saiu derrotado.
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Como referenciar
Porto Editora – Lech Walesa na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-09-23 17:54:10]. Disponível em
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