Lenda da Maldição de Naubea
No dia em que Duarte Pacheco Pereira aportou em Cochim, nos princípios do século XVI, corria a notícia de que estava iminente uma batalha com o rei de Calecute. Trimumpara, o rei de Cochim, aliado de Portugal, sem mais demoras, chamou à sua presença o português Duarte Pacheco para saber as suas opiniões sobre a batalha.
Quando Duarte Pacheco Pereira entrou na sala do palácio, reparou que um reposteiro se mexia e, temendo alguma traição, afastou-o repentinamente, descobrindo a jovem Naubea, sobrinha do rei de Cochim, que tinha curiosidade de ver como era o português de quem tanto se falava.
Após o encontro com aquele rei que recebera, naquela altura, a promessa de proteção pela armada portuguesa, Duarte Pacheco Pereira voltou a encontrar Naubea, marcando, para o dia seguinte, um encontro no cais. Foi então que a jovem lhe confessou o seu amor. Embora o tivesse visto pela primeira vez no dia anterior, já há muito tempo que ouvia os relatos que faziam da sua pessoa e dos seus feitos.
A jovem jurou que o seguiria na vida e na morte e amaldiçoou-o de que morreria sozinho e na miséria, se algum dia partisse sem ela.
A bela Naubea chorou quando viu Duarte Pacheco partir, com a ajuda de apenas 500 homens de Cochim, para desafiar o rei de Calecute, que possuía um exército de 50 mil homens. Mas a audácia dos Portugueses era tão forte que o rei de Calecute foi derrotado, após uma sangrenta batalha.
Com uma enorme alegria, Trimumpara recebeu Duarte Pacheco, em Cochim, prestando-lhe as maiores honras. Naubea apercebeu-se que este a evitava e perguntou-lhe qual a razão daquela atitude. Duarte Pacheco explicou-lhe então que ele era um homem do mar e, em breve, deveria partir para Coulão, enquanto ela estava destinada a ser a esposa do sucessor de Cochim.
Naubea disse-lhe que nunca se casaria com outro homem que não fosse Duarte Pacheco e que, se ele não voltasse para ir buscá-la, a sua maldição recairia sobre ele e sobre todos os seus descendentes até à terceira geração.
Duarte Pacheco nunca foi buscar Naubea e regressou a Portugal, onde a sorte nunca mais o acompanhou. Apesar de recebido com honras pelo rei, depressa foi preso e despojado de seus bens, devido a falsos testemunhos contra ele levantados.
O altivo e belo Duarte Pacheco Pereira morreu, deixando a mulher e filhos numa grande miséria, cumprindo-se assim a maldição de Naubea.
Quando Duarte Pacheco Pereira entrou na sala do palácio, reparou que um reposteiro se mexia e, temendo alguma traição, afastou-o repentinamente, descobrindo a jovem Naubea, sobrinha do rei de Cochim, que tinha curiosidade de ver como era o português de quem tanto se falava.
Após o encontro com aquele rei que recebera, naquela altura, a promessa de proteção pela armada portuguesa, Duarte Pacheco Pereira voltou a encontrar Naubea, marcando, para o dia seguinte, um encontro no cais. Foi então que a jovem lhe confessou o seu amor. Embora o tivesse visto pela primeira vez no dia anterior, já há muito tempo que ouvia os relatos que faziam da sua pessoa e dos seus feitos.
A jovem jurou que o seguiria na vida e na morte e amaldiçoou-o de que morreria sozinho e na miséria, se algum dia partisse sem ela.
A bela Naubea chorou quando viu Duarte Pacheco partir, com a ajuda de apenas 500 homens de Cochim, para desafiar o rei de Calecute, que possuía um exército de 50 mil homens. Mas a audácia dos Portugueses era tão forte que o rei de Calecute foi derrotado, após uma sangrenta batalha.
Com uma enorme alegria, Trimumpara recebeu Duarte Pacheco, em Cochim, prestando-lhe as maiores honras. Naubea apercebeu-se que este a evitava e perguntou-lhe qual a razão daquela atitude. Duarte Pacheco explicou-lhe então que ele era um homem do mar e, em breve, deveria partir para Coulão, enquanto ela estava destinada a ser a esposa do sucessor de Cochim.
Naubea disse-lhe que nunca se casaria com outro homem que não fosse Duarte Pacheco e que, se ele não voltasse para ir buscá-la, a sua maldição recairia sobre ele e sobre todos os seus descendentes até à terceira geração.
Duarte Pacheco nunca foi buscar Naubea e regressou a Portugal, onde a sorte nunca mais o acompanhou. Apesar de recebido com honras pelo rei, depressa foi preso e despojado de seus bens, devido a falsos testemunhos contra ele levantados.
O altivo e belo Duarte Pacheco Pereira morreu, deixando a mulher e filhos numa grande miséria, cumprindo-se assim a maldição de Naubea.
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Como referenciar
Porto Editora – Lenda da Maldição de Naubea na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-11-30 09:55:41]. Disponível em
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