< voltar
2 min
lexicografia
Ramo da lexicologia, uma das disciplinas da linguística, que se dedica à construção de dicionários, o que inclui a análise dos já existentes, o estudo de metodologias e princípios teóricos para a sua elaboração e estruturação e o debate dos principais problemas teórico-práticos subjacentes à sua produção.
São essencialmente quatro as linhas de investigação mais importantes em lexicografia:
• A tipologia dos dicionários (monolingues, bilingues, dicionários de especialidade, etc.)
• A história da lexicografia e dos dicionários
• A crítica lexicográfica aos dicionários que existem no mercado
• A investigação sobre o uso dos vários tipos de dicionários existentes, a par de uma sondagem acerca das necessidades dos utentes
São muitos os problemas em lexicografia (também matalexicografia) dos quais se destacam os seguintes:
• A seleção do tipo de dicionário em função dos objetivos editoriais e das necessidades do público utente (dicionários codificadores, de orientação escolar, onomasiológicos, etc.)
• Definição da unidade lexicográfica: que unidades devem constituir entradas no dicionário? Sufixos? Prefixos? Palavras? Formas flexionais e derivacionais das palavras? Palavras compostas? Siglas, abreviaturas e acrónimos? Unidades superiores à palavra, como expressões fixas e idiomáticas?
• Problemática do tratamento de expressões fixas (colocações como <leite gordo>, <nariz adunco>, <ódio mortal>) e de expressões idiomáticas (como <ser o braço direito de>) no dicionário; para evitar a redundância e economizar recursos, onde devem ser tratadas estas expressões? A combinatória <leite gordo> deve surgir na entrada <leite> ou na entrada <gordo>?
• Tipo de informação que deve conter um dicionário (transcrição fonética, restrições ortográficas, morfológicas, sintáticas, pragmáticas, enciclopédico-cognitivas, etiquetas sobre informações e restrições pragmático-retórico-contextuais)
• Critérios de inclusão das entradas num dicionário: deverá ser por frequência de uso? devem inserir-se: arcaísmos? estrangeirismos? vocabulário técnico? gentílicos? nomes próprios? hipocorísticos? topónimos? antropónimos? siglas, abreviaturas e acrónimos? símbolos químicos?
• Problemática da informação gramatical a incluir no dicionário: devem inserir-se informações gramaticais extensivas ou a demonstração do uso através de um exemplo é suficiente para a maioria do público não especializado?
• Problemática da construção da definição num dicionário monolingue
• Problemática da escolha da(s) variante(s) linguística(s) a incluir no dicionário
Apesar de a prática lexicográfica ser bastante antiga, a lexicografia ou metalexicografia, como ciência, é uma disciplina recente na Europa ocidental até à década de 60, época em que começaram a surgir os primeiros estudos metalexicográficos com Householder, F. W. & Saporta, S. (1962) e com Quemada, B. (1968). A partir da década de 80, verificou-se uma explosão nos estudos lexicográficos, designadamente para o inglês, para o francês e para o alemão, consolidando esta nova disciplina. Recentemente a lexicografia deu lugar à lexicografia computacional, com grande desenvolvimento em várias línguas, proporcionando uma busca mais facilitada do léxico no dicionário, a par da associação de recursos audiovisuais muito didáticos. Em Portugal, a lexicografia é ainda uma área muito jovem, de onde se destacam os nomes de M. Vilela, J. Malaca Casteleiro e Álvaro Iriarte, autor da primeira tese de doutoramento nesta área em Portugal (2001).
São essencialmente quatro as linhas de investigação mais importantes em lexicografia:
• A tipologia dos dicionários (monolingues, bilingues, dicionários de especialidade, etc.)
• A história da lexicografia e dos dicionários
• A crítica lexicográfica aos dicionários que existem no mercado
• A investigação sobre o uso dos vários tipos de dicionários existentes, a par de uma sondagem acerca das necessidades dos utentes
São muitos os problemas em lexicografia (também matalexicografia) dos quais se destacam os seguintes:
• A seleção do tipo de dicionário em função dos objetivos editoriais e das necessidades do público utente (dicionários codificadores, de orientação escolar, onomasiológicos, etc.)
• Definição da unidade lexicográfica: que unidades devem constituir entradas no dicionário? Sufixos? Prefixos? Palavras? Formas flexionais e derivacionais das palavras? Palavras compostas? Siglas, abreviaturas e acrónimos? Unidades superiores à palavra, como expressões fixas e idiomáticas?
• Problemática do tratamento de expressões fixas (colocações como <leite gordo>, <nariz adunco>, <ódio mortal>) e de expressões idiomáticas (como <ser o braço direito de>) no dicionário; para evitar a redundância e economizar recursos, onde devem ser tratadas estas expressões? A combinatória <leite gordo> deve surgir na entrada <leite> ou na entrada <gordo>?
• Tipo de informação que deve conter um dicionário (transcrição fonética, restrições ortográficas, morfológicas, sintáticas, pragmáticas, enciclopédico-cognitivas, etiquetas sobre informações e restrições pragmático-retórico-contextuais)
• Critérios de inclusão das entradas num dicionário: deverá ser por frequência de uso? devem inserir-se: arcaísmos? estrangeirismos? vocabulário técnico? gentílicos? nomes próprios? hipocorísticos? topónimos? antropónimos? siglas, abreviaturas e acrónimos? símbolos químicos?
• Problemática da informação gramatical a incluir no dicionário: devem inserir-se informações gramaticais extensivas ou a demonstração do uso através de um exemplo é suficiente para a maioria do público não especializado?
• Problemática da construção da definição num dicionário monolingue
• Problemática da escolha da(s) variante(s) linguística(s) a incluir no dicionário
Apesar de a prática lexicográfica ser bastante antiga, a lexicografia ou metalexicografia, como ciência, é uma disciplina recente na Europa ocidental até à década de 60, época em que começaram a surgir os primeiros estudos metalexicográficos com Householder, F. W. & Saporta, S. (1962) e com Quemada, B. (1968). A partir da década de 80, verificou-se uma explosão nos estudos lexicográficos, designadamente para o inglês, para o francês e para o alemão, consolidando esta nova disciplina. Recentemente a lexicografia deu lugar à lexicografia computacional, com grande desenvolvimento em várias línguas, proporcionando uma busca mais facilitada do léxico no dicionário, a par da associação de recursos audiovisuais muito didáticos. Em Portugal, a lexicografia é ainda uma área muito jovem, de onde se destacam os nomes de M. Vilela, J. Malaca Casteleiro e Álvaro Iriarte, autor da primeira tese de doutoramento nesta área em Portugal (2001).
Partilhar
Como referenciar
Porto Editora – lexicografia na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-09-29 04:31:20]. Disponível em
Artigos
-
PortugalGeografia País do Sudoeste da Europa. Situado na parte ocidental da Península Ibérica, abrange uma s...
-
EuropaÉ o segundo continente mais pequeno, a seguir à Oceânia, e tem uma área de 10 400 000 km2. Faz parte...
-
expressões idiomáticasExpressões Idiomáticas ou Idiomatismos ou idiotismos são construções ou expressões peculiares a uma ...
-
Orações sindéticasOrações coordenadas ligadas entre si por uma conjunção coordenativa. Estas orações podem ser, de aco...
-
oratória sagradaDiz-se oratória sagrada a arte de convencer e persuadir o público da verdade da mensagem religiosa. ...
-
ortografiaSistema de símbolos e regras gráficas de combinação e distribuição desses símbolos utilizadas na esc...
-
ortonímiaOrtonímia (do grego orthos = autêntico, verdadeiro; + ónomos = nome) significa a utilização do própr...
-
oximoroO oximoro ou oxímoro é a figura de pensamento em que se exprime um paradoxo. Consiste na associação ...
-
palatalizaçãoFenómeno fonético através do qual um segmento fónico muda o seu ponto de articulação orginário para ...
-
palavraA noção de palavra corresponde tradicionalmente a uma entidade limitada ortograficamente por espaços...
Partilhar
Como referenciar 
Porto Editora – lexicografia na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-09-29 04:31:20]. Disponível em