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linguística computacional
Ramo da linguística que se dedica ao tratamento automático das línguas naturais, incluindo o processamento quer da sua modalidade escrita, quer da sua modalidade falada. A linguística computacional é uma área interdisciplinar que congrega os domínios epistemológicos da linguística, da engenharia e da informática, com o objetivo de construir aplicações e recursos para todos aqueles que utilizam a(s) língua(s) como ferramenta de trabalho.
O termo linguística computacional surge, muitas vezes (em congressos internacionais e em revistas da especialidade), como sinónimo de Processamento da Linguagem Natural (PNL) ou de Engenharia da Linguagem. Porém, alguns autores fazem a distinção entre Processamento da Linguagem Natural e Engenharia da Linguagem, defendendo que a primeira designação inclui as teorias e pressupostos metodológicos do funcionamento do léxico e das gramáticas e que a segunda expressão designa as suas aplicações e ferramentas. Outros autores defendem ainda que o tratamento da voz por computador deve ser designado por Processamento Computacional da Fala, onde se incluem a síntese e o reconhecimento da fala, quer ao nível da ciência da sua construção, quer ao nível das suas aplicações.
Na sociedade de informação em que vivemos, são inúmeras as tarefas que necessitam de recursos e capacidades linguísticas e para as quais o computador pode representar um precioso auxílio. Daí que se tenha apostado em diversas aplicações (apud, Santos, D. 2001, in Ranchhod, E. (org.) Tratamento das Línguas por Computador, Lisboa: Camainho)que visam:
• Auxiliar na escrita e produção de um texto (ex: corretores ortográficos e gramaticais, dicionários eletrónicos monolingues e bilingues, dicionários de sinónimos, analisadores morfológicos e sintáticos, sistemas especializados na redação de cartas comerciais, sistemas de ajuda à publicação na Internet - blogs, páginas web, etc.);
• Auxiliar na leitura e folheamento de páginas eletrónicas (sistemas de busca em bases de dados especializadas, em léxicos, em textos, na Internet, etc.; sistemas que leem o correio eletrónico ou outros conteúdos eletrónicos) e mais recentemente sistemas de procura em material falado usando técnicas de reconhecimento de voz;
• Promover o acesso de pessoas com deficiências visuais ou articulatórias à sociedade de informação, através de sistemas de síntese e reconhecimento que os auxiliem a executar tarefas de leitura e de escrita;
• Facilitar a tradução automática entre as línguas;
• Desenvolver ferramentas computacionais que estimulem e facilitem o ensino/aprendizagem em geral (de matemática, de ciências, de geografia, etc.) e em particular o ensino/aprendizagem de línguas materna e estrangeiras (com programas que ajudam melhorar a pronúncia de uma língua, com jogos didáticos e interativos usando som e imagem, etc.);
• Criar sistemas com interface de voz que permitem interrogar o computador através de técnicas de reconhecimento de voz e obter respostas usando sistemas de síntese da fala (aplicáveis em jogos didáticos e lúdicos, em sistemas inteligentes para o carro ou a casa);
• Indexar bases de dados aplicadas a bibliotecas digitais e coleções de corpora variados
• Promover a segurança do utente, baseadas em características individuais da voz do falante e que apenas reajam a "ordens" desse utente
• Facilitar tarefas diárias como ir às compras sem sair de casa (e-commerce).
Num mundo em rápida mudança, são imensas as aplicações e utilidades trazidas pela linguística computacional, apesar das imensas dificuldades inerentes ao processamento das línguas naturais.
Em Portugal são de destacar, nesta área, as equipas lideradas por E. Ranchhod para o processamento do texto e uso de dicionários; por D. Freitas, M. C. Viana, I. Trancoso, M. H. Mateus e A.J. Teixeira, para a síntese e reconhecimento da fala; D. Santos para a construção de corpora e para a gestão de um site dedicado ao processamento computacional do português (www. linguateca.pt, 2000); e B. Maia para a tradução automática.
O termo linguística computacional surge, muitas vezes (em congressos internacionais e em revistas da especialidade), como sinónimo de Processamento da Linguagem Natural (PNL) ou de Engenharia da Linguagem. Porém, alguns autores fazem a distinção entre Processamento da Linguagem Natural e Engenharia da Linguagem, defendendo que a primeira designação inclui as teorias e pressupostos metodológicos do funcionamento do léxico e das gramáticas e que a segunda expressão designa as suas aplicações e ferramentas. Outros autores defendem ainda que o tratamento da voz por computador deve ser designado por Processamento Computacional da Fala, onde se incluem a síntese e o reconhecimento da fala, quer ao nível da ciência da sua construção, quer ao nível das suas aplicações.
Na sociedade de informação em que vivemos, são inúmeras as tarefas que necessitam de recursos e capacidades linguísticas e para as quais o computador pode representar um precioso auxílio. Daí que se tenha apostado em diversas aplicações (apud, Santos, D. 2001, in Ranchhod, E. (org.) Tratamento das Línguas por Computador, Lisboa: Camainho)que visam:
• Auxiliar na escrita e produção de um texto (ex: corretores ortográficos e gramaticais, dicionários eletrónicos monolingues e bilingues, dicionários de sinónimos, analisadores morfológicos e sintáticos, sistemas especializados na redação de cartas comerciais, sistemas de ajuda à publicação na Internet - blogs, páginas web, etc.);
• Auxiliar na leitura e folheamento de páginas eletrónicas (sistemas de busca em bases de dados especializadas, em léxicos, em textos, na Internet, etc.; sistemas que leem o correio eletrónico ou outros conteúdos eletrónicos) e mais recentemente sistemas de procura em material falado usando técnicas de reconhecimento de voz;
• Promover o acesso de pessoas com deficiências visuais ou articulatórias à sociedade de informação, através de sistemas de síntese e reconhecimento que os auxiliem a executar tarefas de leitura e de escrita;
• Facilitar a tradução automática entre as línguas;
• Desenvolver ferramentas computacionais que estimulem e facilitem o ensino/aprendizagem em geral (de matemática, de ciências, de geografia, etc.) e em particular o ensino/aprendizagem de línguas materna e estrangeiras (com programas que ajudam melhorar a pronúncia de uma língua, com jogos didáticos e interativos usando som e imagem, etc.);
• Criar sistemas com interface de voz que permitem interrogar o computador através de técnicas de reconhecimento de voz e obter respostas usando sistemas de síntese da fala (aplicáveis em jogos didáticos e lúdicos, em sistemas inteligentes para o carro ou a casa);
• Indexar bases de dados aplicadas a bibliotecas digitais e coleções de corpora variados
• Promover a segurança do utente, baseadas em características individuais da voz do falante e que apenas reajam a "ordens" desse utente
• Facilitar tarefas diárias como ir às compras sem sair de casa (e-commerce).
Num mundo em rápida mudança, são imensas as aplicações e utilidades trazidas pela linguística computacional, apesar das imensas dificuldades inerentes ao processamento das línguas naturais.
Em Portugal são de destacar, nesta área, as equipas lideradas por E. Ranchhod para o processamento do texto e uso de dicionários; por D. Freitas, M. C. Viana, I. Trancoso, M. H. Mateus e A.J. Teixeira, para a síntese e reconhecimento da fala; D. Santos para a construção de corpora e para a gestão de um site dedicado ao processamento computacional do português (www. linguateca.pt, 2000); e B. Maia para a tradução automática.
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Como referenciar
Porto Editora – linguística computacional na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-05-30 11:31:35]. Disponível em
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Como referenciar 
Porto Editora – linguística computacional na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-05-30 11:31:35]. Disponível em