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Matteo Ricci
Missionário e sacerdote italiano da Companhia de Jesus, nasceu a 6 de outubro de 1552, em Macerata, Itália, e morreu em 1610, na China. Recebeu a sua primeira formação na cidade natal, partindo depois para Roma onde estudou Humanidades, Leis e Ciências. A 15 de agosto de 1571 ingressou na Companhia de Jesus. No Colégio Romano estudou Teologia e Filosofia, ao mesmo tempo que se dedicou ao estudo de Astronomia e das Matemáticas.
Aconselhado pelo padre Alexandre Valignano, visitador da Companhia nas missões da Índia e do Japão, partiu para Lisboa, onde terminou os estudos na Universidade de Coimbra. A 24 de março de 1578, partiu da capital portuguesa para Goa, na nau S. Luís. Após ter terminado os estudos em Teologia, ordenou-se sacerdote a 26 de julho de 1580. A 7 de agosto de 1582, entrou no porto de Macau com o fim de atingir o Império Chinês. A entrada neste país por um Ocidental não era muito facilitada, pois eram tomados como feiticeiros e intrusos de índole perigosa.
No verão de 1583, juntamente com o padre Miguel Ruggieri, penetrou no Império Celeste. Dirigiram-se à residência do vice-rei de Kuangtong e Kuangsi, onde o padre Ruggieri já havia estado em 1581 e 1582. A 14 de setembro recebe as devidas autorizações para permanecer naquele território. Catorze meses mais tarde, inauguraram a primeira casa de missão portuguesa na China, com a assistência do padre Francisco Cabral, reitor do Colégio de Macau. Em 1589, foram despojados da residência pelo novo vice-rei português da Índia. Mas receando algumas complicações com os missionários portugueses que se encontravam em Macau, o vice-rei autorizou os missionários a residirem em Siu-chau.
Ao longo dos tempos, fez algumas modificações na apresentação de indumentária e atitudes dos missionários, com o fim de melhorar as relações com os chineses e de melhorar os resultados das missões. Vestia-se à chinês, observando os ritos e costumes chineses que não colidiam com o dogma católico. Depois de assegurar a eficácia do seu apostolado, decidiu atingir Pequim, para poder irradiar o Cristianismo a partir desta grande cidade. A 7 de setembro de 1595 alcançou a cidade. Três anos depois foi para Nanquim, onde foi tratado com grande cortesia pelo vice-rei. Aí instaurou uma nova comunidade cristã. De Nanquim saíram grandes mandarins cristãos como Paulo Siu, Inácio Keui-taisou, Paulo-Chiu, entre outros. De Macau saíram novos reforços para a missão de Ricci, com presentes para o imperador. Os fiéis de Nanquim ficaram entregues ao padre João Rocha. Pela terceira vez, Ricci partiu para Pequim, agora com o padre Diogo de Pantoja.
Deram entrada na corte imperial chinesa a 24 de janeiro de 1601. O Imperador Manlik ficou maravilhado com os presentes que os missionários levaram. Concedeu permissão para fundarem uma missão em Pequim, tal como já tinha sido feito em Cantão e Chincheu. Matteo Ricci captou a simpatia do Imperador com os seus livros, Livro de 25 Palavras e Tien-Chush'ei (obra prima da Metafísica). Ricci morreu com 58 anos incompletos, corria o ano de 1610. Depois de fundar cinco residências, batizou mais de 700 fiéis e incarnou a metodologia jesuítica de missionação tendo em conta os costumes, a língua e os preceitos religiosos dos lugares onde atuavam. Conseguiu, para além de todo esse labor missionar, arranjar ainda tempo para escrever e viajar no Império do Meio.
Para além das obras supracitadas, Matteo Ricci escreveu ainda: Explicação dos dez mandamentos, Shiuhing, 1584; Verdadeira Noção de Deus, Nam-cheung, 1595, reimpresso em Macau e traduzido em coreano, japonês, francês, e introduzido em Tonquim (Norte do Vietname); Tratado sobre Amizade, Nam-cheung, 1595, que traduziu em italiano e foi publicado em Macerata, 1885; Vinte e cinco sentenças que contêm a essência moral cristã, Pequim, 1604; Tetrabiblion Sinense de moribus; Dez sentenças paradoxais, Pequim, 1608; Disputas contra seitas da idolatria, Pequim, 1609; Vantagens do jejum e Nove virtudes necessárias aos sacerdotes que querem, dois opúsculos em um volume; Mapa Mundi, 1584, depois impresso em Pequim; Método de aprender de cor, Nanquim, 1595; Comentário sobre os quatro elementos do Mundo, 6 vols., 1598, Pequim; Desenvolvimento da esfera celeste, 2 vols., Pequim, 1607; uma carta de Shiuhing, 1586; Annuae literae a Sinisannis, 1591, 1605 e 1607, e 1611.
Aconselhado pelo padre Alexandre Valignano, visitador da Companhia nas missões da Índia e do Japão, partiu para Lisboa, onde terminou os estudos na Universidade de Coimbra. A 24 de março de 1578, partiu da capital portuguesa para Goa, na nau S. Luís. Após ter terminado os estudos em Teologia, ordenou-se sacerdote a 26 de julho de 1580. A 7 de agosto de 1582, entrou no porto de Macau com o fim de atingir o Império Chinês. A entrada neste país por um Ocidental não era muito facilitada, pois eram tomados como feiticeiros e intrusos de índole perigosa.
No verão de 1583, juntamente com o padre Miguel Ruggieri, penetrou no Império Celeste. Dirigiram-se à residência do vice-rei de Kuangtong e Kuangsi, onde o padre Ruggieri já havia estado em 1581 e 1582. A 14 de setembro recebe as devidas autorizações para permanecer naquele território. Catorze meses mais tarde, inauguraram a primeira casa de missão portuguesa na China, com a assistência do padre Francisco Cabral, reitor do Colégio de Macau. Em 1589, foram despojados da residência pelo novo vice-rei português da Índia. Mas receando algumas complicações com os missionários portugueses que se encontravam em Macau, o vice-rei autorizou os missionários a residirem em Siu-chau.
Ao longo dos tempos, fez algumas modificações na apresentação de indumentária e atitudes dos missionários, com o fim de melhorar as relações com os chineses e de melhorar os resultados das missões. Vestia-se à chinês, observando os ritos e costumes chineses que não colidiam com o dogma católico. Depois de assegurar a eficácia do seu apostolado, decidiu atingir Pequim, para poder irradiar o Cristianismo a partir desta grande cidade. A 7 de setembro de 1595 alcançou a cidade. Três anos depois foi para Nanquim, onde foi tratado com grande cortesia pelo vice-rei. Aí instaurou uma nova comunidade cristã. De Nanquim saíram grandes mandarins cristãos como Paulo Siu, Inácio Keui-taisou, Paulo-Chiu, entre outros. De Macau saíram novos reforços para a missão de Ricci, com presentes para o imperador. Os fiéis de Nanquim ficaram entregues ao padre João Rocha. Pela terceira vez, Ricci partiu para Pequim, agora com o padre Diogo de Pantoja.
Deram entrada na corte imperial chinesa a 24 de janeiro de 1601. O Imperador Manlik ficou maravilhado com os presentes que os missionários levaram. Concedeu permissão para fundarem uma missão em Pequim, tal como já tinha sido feito em Cantão e Chincheu. Matteo Ricci captou a simpatia do Imperador com os seus livros, Livro de 25 Palavras e Tien-Chush'ei (obra prima da Metafísica). Ricci morreu com 58 anos incompletos, corria o ano de 1610. Depois de fundar cinco residências, batizou mais de 700 fiéis e incarnou a metodologia jesuítica de missionação tendo em conta os costumes, a língua e os preceitos religiosos dos lugares onde atuavam. Conseguiu, para além de todo esse labor missionar, arranjar ainda tempo para escrever e viajar no Império do Meio.
Para além das obras supracitadas, Matteo Ricci escreveu ainda: Explicação dos dez mandamentos, Shiuhing, 1584; Verdadeira Noção de Deus, Nam-cheung, 1595, reimpresso em Macau e traduzido em coreano, japonês, francês, e introduzido em Tonquim (Norte do Vietname); Tratado sobre Amizade, Nam-cheung, 1595, que traduziu em italiano e foi publicado em Macerata, 1885; Vinte e cinco sentenças que contêm a essência moral cristã, Pequim, 1604; Tetrabiblion Sinense de moribus; Dez sentenças paradoxais, Pequim, 1608; Disputas contra seitas da idolatria, Pequim, 1609; Vantagens do jejum e Nove virtudes necessárias aos sacerdotes que querem, dois opúsculos em um volume; Mapa Mundi, 1584, depois impresso em Pequim; Método de aprender de cor, Nanquim, 1595; Comentário sobre os quatro elementos do Mundo, 6 vols., 1598, Pequim; Desenvolvimento da esfera celeste, 2 vols., Pequim, 1607; uma carta de Shiuhing, 1586; Annuae literae a Sinisannis, 1591, 1605 e 1607, e 1611.
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Como referenciar
Porto Editora – Matteo Ricci na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-06-10 01:40:08]. Disponível em
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