modelos de comportamento
O que caracteriza os comportamentos do Homem que vive em sociedade é uma certa conformidade a modelos sociais (normas que não emanam do próprio indivíduo, porque são originadas no exterior e, no entanto, profundamente intrínsecas à sua personalidade). Torna-se, assim, possível estudar cientificamente a sociedade porque se verifica uma certa constância nos modos de agir, de pensar e de sentir dos seus membros. Esta constância transforma os modos de agir, de pensar e de sentir em modelos de comportamento, que não são mais do que a uniformidade no agir, no pensar e no sentir, que se verifica regularmente numa pluralidade de pessoas. São estas maneiras de agir, de pensar e de sentir, generalizadas numa sociedade, que servem de modelo aos novos membros e de referência aos não-membros (aos "estranhos") sobre o que é ou não admissível no domínio do pensamento ou da ação.
O comportamento só será social se reproduzir um modelo social, isto é, se corresponder a expectativas sociais mobilizadas por outros indivíduos. Os modelos de comportamento, que o indivíduo reproduz de modo aparentemente automático, são adquiridos pela aprendizagem social e não por qualquer espécie de predisposição. Em síntese, o modelo de comportamento é uma ação ou pensamento direta ou indiretamente observável, que se verifica com frequência, sendo partilhado por uma pluralidade de pessoas e possuindo um significado social.
As condutas coletivas têm um carácter mais ou menos regular, supõem a realização de modelos sociais que lhes estão subjacentes, mas pode haver uma disparidade entre a regularidade esperada e as condutas efetivas. A realização dos modelos sociais nas condutas coletivas efetivas admite graus muito variados. Estas condutas podem ultrapassar, desenvolver e até transformar os modelos. Podemos distinguir:
(i) as condutas coletivas rituais e processuais, fundadas em tradições rigorosamente regulamentadas e com um carácter regular (ritos religiosos, processos jurídicos e administrativos);
(ii) as condutas coletivas, enquanto práticas, costumes, rotinas ou modos de vida, que têm um carácter mais flexível que as anteriores;
(iii) as condutas coletivas, enquanto modas e tendências de preferência fluidas e variáveis, e que são renovadas de forma incessante;
(iv) e as condutas coletivas que paralisam os modelos, porque são insubordinadas, inesperadas, não conformistas e resistentes (Gurvitch, La vocation actuelle de la Sociologie, 1969).
O comportamento só será social se reproduzir um modelo social, isto é, se corresponder a expectativas sociais mobilizadas por outros indivíduos. Os modelos de comportamento, que o indivíduo reproduz de modo aparentemente automático, são adquiridos pela aprendizagem social e não por qualquer espécie de predisposição. Em síntese, o modelo de comportamento é uma ação ou pensamento direta ou indiretamente observável, que se verifica com frequência, sendo partilhado por uma pluralidade de pessoas e possuindo um significado social.
As condutas coletivas têm um carácter mais ou menos regular, supõem a realização de modelos sociais que lhes estão subjacentes, mas pode haver uma disparidade entre a regularidade esperada e as condutas efetivas. A realização dos modelos sociais nas condutas coletivas efetivas admite graus muito variados. Estas condutas podem ultrapassar, desenvolver e até transformar os modelos. Podemos distinguir:
(i) as condutas coletivas rituais e processuais, fundadas em tradições rigorosamente regulamentadas e com um carácter regular (ritos religiosos, processos jurídicos e administrativos);
(ii) as condutas coletivas, enquanto práticas, costumes, rotinas ou modos de vida, que têm um carácter mais flexível que as anteriores;
(iii) as condutas coletivas, enquanto modas e tendências de preferência fluidas e variáveis, e que são renovadas de forma incessante;
(iv) e as condutas coletivas que paralisam os modelos, porque são insubordinadas, inesperadas, não conformistas e resistentes (Gurvitch, La vocation actuelle de la Sociologie, 1969).
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Como referenciar
Porto Editora – modelos de comportamento na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-11-30 16:35:26]. Disponível em
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