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Mosteiro de S. Salvador de Grijó
Fundado no ano de 922 nas proximidades de Vila Nova de Gaia, o Mosteiro de S. Salvador de Grijó seria ampliado nos finais do século XI. Ao longo do tempo, este velho mosteiro dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho sofreu alterações substanciais no seu perfil arquitetónico.
A atual igreja do cenóbio foi iniciada no ano de 1574, sob o patrocínio do prior D. Pedro do Salvador, prolongando-se as obras pela primeira metade do século XVII.
A sua fachada é modesta, constituída por uma galilé com três arcos de volta perfeita assentes em pilastras, encimados por nichos contendo as esculturas pétreas de S. Pedro e de S. Paulo, sendo a fachada rematada por frontão. Na base da frontaria desenvolve-se um varandim de feição maneirista, enquanto no lado esquerdo se ergue, separado do corpo da fachada, uma desproporcionada torre sineira.
O interior apresenta planta em cruz latina e o corpo de uma só nave, coberto por abóbada reforçada por arcos torais. Antecede a nave um vestíbulo decorado por azulejos enxaquetados, provenientes da sala do capítulo e, provavelmente, ainda de fabrico quinhentista. A nave mostra seis capelas laterais, onde se inserem cenográficas composições retabulares barrocas em talha dourada.
O transepto, separado da nave por uma balaustrada em pau-preto, é coberto por abóbada de nervuras e possui dois equilibrados retábulos de talha maneirista. O arco do cruzeiro possui um nicho abrigando uma estátua de Cristo Salvador e o Pelicano, símbolo da abnegação.
A capela-mor foi concluída em 1626 e está coberta por abóbada cilíndrica com decorados caixotões. As paredes são revestidas por azulejos de tapete, com um padrão barroco seiscentista. Ao fundo impõe-se a imensa mole constituída pelo retábulo joanino em talha dourada, a que foi acrescentado em 1795 monumental tela de Pedro Alexandrino. Aparatoso cadeiral barroco setecentista com lambris em pau-preto é completado por várias pinturas hagiográficas, obra da autoria de D. Diogo - cónego deste cenóbio agostinho.
A sacristia é coberta por teto apainelado e mostra as suas paredes revestidas por ornamentais tapetes de azulejos seiscentistas.
Algo desproporcionadas são as galerias do claustro do século XVI, devido à maior altura da parte superior. Os dois pisos são ritmados pela elegância de uma colunata jónica, enquanto o espaço central do claustro é marcado por um chafariz maneirista. A parte exterior das galerias superiores é revestida por painéis de azulejos do século XVII contendo figuras hagiográficas, o que permite quebrar a austera sobriedade das linhas maneiristas do claustro.
A galeria norte do claustro possui um pequeno arcossólio abrigando o magnífico túmulo de D. Rodrigo Sanches, filho de D. Sancho I e de Maria Pais Ribeira - infante que morreu em combate no ano de 1245, nas proximidades deste cenóbio. Deficientemente conservada, a sua arca tumular é uma bela obra da escultura românica, realizada em calcário branco de Ançã nos meados do século XIII.
A atual igreja do cenóbio foi iniciada no ano de 1574, sob o patrocínio do prior D. Pedro do Salvador, prolongando-se as obras pela primeira metade do século XVII.
A sua fachada é modesta, constituída por uma galilé com três arcos de volta perfeita assentes em pilastras, encimados por nichos contendo as esculturas pétreas de S. Pedro e de S. Paulo, sendo a fachada rematada por frontão. Na base da frontaria desenvolve-se um varandim de feição maneirista, enquanto no lado esquerdo se ergue, separado do corpo da fachada, uma desproporcionada torre sineira.
O transepto, separado da nave por uma balaustrada em pau-preto, é coberto por abóbada de nervuras e possui dois equilibrados retábulos de talha maneirista. O arco do cruzeiro possui um nicho abrigando uma estátua de Cristo Salvador e o Pelicano, símbolo da abnegação.
A capela-mor foi concluída em 1626 e está coberta por abóbada cilíndrica com decorados caixotões. As paredes são revestidas por azulejos de tapete, com um padrão barroco seiscentista. Ao fundo impõe-se a imensa mole constituída pelo retábulo joanino em talha dourada, a que foi acrescentado em 1795 monumental tela de Pedro Alexandrino. Aparatoso cadeiral barroco setecentista com lambris em pau-preto é completado por várias pinturas hagiográficas, obra da autoria de D. Diogo - cónego deste cenóbio agostinho.
A sacristia é coberta por teto apainelado e mostra as suas paredes revestidas por ornamentais tapetes de azulejos seiscentistas.
Algo desproporcionadas são as galerias do claustro do século XVI, devido à maior altura da parte superior. Os dois pisos são ritmados pela elegância de uma colunata jónica, enquanto o espaço central do claustro é marcado por um chafariz maneirista. A parte exterior das galerias superiores é revestida por painéis de azulejos do século XVII contendo figuras hagiográficas, o que permite quebrar a austera sobriedade das linhas maneiristas do claustro.
A galeria norte do claustro possui um pequeno arcossólio abrigando o magnífico túmulo de D. Rodrigo Sanches, filho de D. Sancho I e de Maria Pais Ribeira - infante que morreu em combate no ano de 1245, nas proximidades deste cenóbio. Deficientemente conservada, a sua arca tumular é uma bela obra da escultura românica, realizada em calcário branco de Ançã nos meados do século XIII.
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Como referenciar
Porto Editora – Mosteiro de S. Salvador de Grijó na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-03-29 14:27:13]. Disponível em
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