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Moura
Aspetos Geográficos
O concelho de Moura, do distrito de Beja, localiza-se no Alentejo (NUT II), no Baixo Alentejo (NUT III), ocupa uma área de 958,7 km2 e abrange oito freguesias: Amareleja, Póvoa de São Miguel, Safara, Moura (Santo Agostinho), Santo Aleixo da Restauração, Santo Amador, Moura (São João Batista) e Sobral da Adiça.
O concelho encontra-se limitado a norte pelo concelho de Mourão e Reguengos de Monsarraz, no distrito de Évora, a este por Espanha e Barrancos, a sudoeste por Serpa e a oeste por Vidigueira e Portel (distrito de Évora).
Este concelho apresentava, em 2005, um total de 16 420 habitantes.
O natural ou habitante de Moura denomina-se mourense.
Possui um clima mediterrânico, com um período seco de 80 a 100 dias, durante o verão, em que a temperatura média varia entre os 26 ºC e os 29 ºC. No inverno, as temperaturas são relativamente moderadas.
Como recursos hídricos, pode-se referir a ribeira de Murtigão, a ribeira de Toutalga, a ribeira de Vale de Chouriços, o rio Guadiana e o rio Ardila.
A morfologia concelhia é marcada pela serra da Adiça (520 m), da Atalaia Gorda (276 m) e o Rodeio de Touro (535 m).
História e Monumentos
Encontram-se nestas terras testemunhos da existência de uma povoação muito antiga, como sejam as antas do Neolítico e as necrópoles romanas em Sobral da Adiça.
Em 1166, foi conquistada aos mouros por D. Afonso Henriques, ficando a toponímia da freguesia como referência do domínio árabe.
Foi-lhe outorgado foral a 9 de dezembro de 1295, por D. Dinis, que teve também a iniciativa de restaurar o castelo, praticamente destruído depois das guerras contra os sarracenos.
O foral foi renovado em 1296 e 1315. E, em 1512, D. Manuel I concedeu a Moura novo foral.
A nível do património arquitetónico, por ser uma área de fronteira, destacam-se as atalaias, nomeadamente a Atalaia Magra, também conhecida por Atalaia da Cabeça Magra, que é constituída por uma torre redonda que se encontra semiarruinada.
É de realçar, também, o Castelo de Moura, localizado sobre uma elevação calcária, do qual sobressai a torre de menagem, dionisina, impondo-se pelo seu volume. Voltado a sudeste existe um portal de entrada em cotovelo e túnel abobadado. Ainda existem as ruínas do convento e igreja.
Por último, de destacar o Santuário de Nossa Senhora do Carmo, de 1521, que conserva vestígios de arquitetura gótica e renascentista, sendo uma igreja de três naves, do século XIV, enquadrada no antigo convento. Este monumento reveste-se de importância histórica, dado que foi em Moura que se fixaram em Portugal, pela primeira vez, os Carmelitas e com eles a devoção a Nossa Senhora do Carmo. O templo foi construído no reinado de D. Afonso III para albergar a Ordem.
Tradições, Lendas e Curiosidades
As manifestações populares e culturais abundam no concelho, sendo de destacar a festa de S. Miguel, que decorre de 28 a 30 de setembro, a feira anual, realizada a 8 de setembro, a festa dos Santos Populares e de S. João, no dia 24 de junho, que coincide com o feriado municipal, o mercado mensal, no segundo domingo de cada mês, e a romaria de Nossa Senhora do Carmo, no terceiro domingo de setembro, na qual se realizam procissões.
No artesanato, são de salientar as cadeiras de buinho, cestos em verga, ferraria, sapataria manual, rendas e bordados.
Como personalidade notável e natural do concelho, destaca-se Baltasar Limpo (1478-1558), bispo do Porto, que ficou notável no Concílio de Trento e, a partir de 1550, foi arcebispo de Braga.
Como curiosidade, de referir que, segundo a lenda, o topónimo deve-se à celebrizada moura Salúquia, filha do chefe Buaçou, que foi governadora destas terras e se imortalizou depois dos ataques cristãos a derrubarem.
Como instalação cultural, destaca-se o Museu Árabe, instalado no Bairro da Mouraria e que foi inaugurado em 1983.
Economia
No concelho predominam as atividades ligadas aos setores primário e secundário, na área da indústria de laticínios, de panificação, de serralharia civil, de construção civil, de carpintaria e indústria de enchidos.
A importância da agricultura é confirmada pelo facto de 54% dos terrenos concelhios corresponderem a área agrícola, destacando-se os cultivos de cereais para grão, prados temporários e culturas forrageiras, culturas industriais, pousio, olival, prados e pastagens permanentes.
A pecuária regista também alguma importância, nomeadamente na criação de ovinos, bovinos e aves.
Cerca de 7351 ha do seu território correspondem a área coberta de floresta.
O concelho de Moura, do distrito de Beja, localiza-se no Alentejo (NUT II), no Baixo Alentejo (NUT III), ocupa uma área de 958,7 km2 e abrange oito freguesias: Amareleja, Póvoa de São Miguel, Safara, Moura (Santo Agostinho), Santo Aleixo da Restauração, Santo Amador, Moura (São João Batista) e Sobral da Adiça.
O concelho encontra-se limitado a norte pelo concelho de Mourão e Reguengos de Monsarraz, no distrito de Évora, a este por Espanha e Barrancos, a sudoeste por Serpa e a oeste por Vidigueira e Portel (distrito de Évora).
O natural ou habitante de Moura denomina-se mourense.
Possui um clima mediterrânico, com um período seco de 80 a 100 dias, durante o verão, em que a temperatura média varia entre os 26 ºC e os 29 ºC. No inverno, as temperaturas são relativamente moderadas.
Como recursos hídricos, pode-se referir a ribeira de Murtigão, a ribeira de Toutalga, a ribeira de Vale de Chouriços, o rio Guadiana e o rio Ardila.
A morfologia concelhia é marcada pela serra da Adiça (520 m), da Atalaia Gorda (276 m) e o Rodeio de Touro (535 m).
História e Monumentos
Encontram-se nestas terras testemunhos da existência de uma povoação muito antiga, como sejam as antas do Neolítico e as necrópoles romanas em Sobral da Adiça.
Em 1166, foi conquistada aos mouros por D. Afonso Henriques, ficando a toponímia da freguesia como referência do domínio árabe.
Foi-lhe outorgado foral a 9 de dezembro de 1295, por D. Dinis, que teve também a iniciativa de restaurar o castelo, praticamente destruído depois das guerras contra os sarracenos.
O foral foi renovado em 1296 e 1315. E, em 1512, D. Manuel I concedeu a Moura novo foral.
A nível do património arquitetónico, por ser uma área de fronteira, destacam-se as atalaias, nomeadamente a Atalaia Magra, também conhecida por Atalaia da Cabeça Magra, que é constituída por uma torre redonda que se encontra semiarruinada.
É de realçar, também, o Castelo de Moura, localizado sobre uma elevação calcária, do qual sobressai a torre de menagem, dionisina, impondo-se pelo seu volume. Voltado a sudeste existe um portal de entrada em cotovelo e túnel abobadado. Ainda existem as ruínas do convento e igreja.
Por último, de destacar o Santuário de Nossa Senhora do Carmo, de 1521, que conserva vestígios de arquitetura gótica e renascentista, sendo uma igreja de três naves, do século XIV, enquadrada no antigo convento. Este monumento reveste-se de importância histórica, dado que foi em Moura que se fixaram em Portugal, pela primeira vez, os Carmelitas e com eles a devoção a Nossa Senhora do Carmo. O templo foi construído no reinado de D. Afonso III para albergar a Ordem.
Tradições, Lendas e Curiosidades
As manifestações populares e culturais abundam no concelho, sendo de destacar a festa de S. Miguel, que decorre de 28 a 30 de setembro, a feira anual, realizada a 8 de setembro, a festa dos Santos Populares e de S. João, no dia 24 de junho, que coincide com o feriado municipal, o mercado mensal, no segundo domingo de cada mês, e a romaria de Nossa Senhora do Carmo, no terceiro domingo de setembro, na qual se realizam procissões.
No artesanato, são de salientar as cadeiras de buinho, cestos em verga, ferraria, sapataria manual, rendas e bordados.
Como personalidade notável e natural do concelho, destaca-se Baltasar Limpo (1478-1558), bispo do Porto, que ficou notável no Concílio de Trento e, a partir de 1550, foi arcebispo de Braga.
Como curiosidade, de referir que, segundo a lenda, o topónimo deve-se à celebrizada moura Salúquia, filha do chefe Buaçou, que foi governadora destas terras e se imortalizou depois dos ataques cristãos a derrubarem.
Como instalação cultural, destaca-se o Museu Árabe, instalado no Bairro da Mouraria e que foi inaugurado em 1983.
Economia
No concelho predominam as atividades ligadas aos setores primário e secundário, na área da indústria de laticínios, de panificação, de serralharia civil, de construção civil, de carpintaria e indústria de enchidos.
A importância da agricultura é confirmada pelo facto de 54% dos terrenos concelhios corresponderem a área agrícola, destacando-se os cultivos de cereais para grão, prados temporários e culturas forrageiras, culturas industriais, pousio, olival, prados e pastagens permanentes.
A pecuária regista também alguma importância, nomeadamente na criação de ovinos, bovinos e aves.
Cerca de 7351 ha do seu território correspondem a área coberta de floresta.
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Como referenciar
Porto Editora – Moura na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-09-27 11:44:29]. Disponível em
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