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Movimentos Nacionalistas
Foram diversos os movimentos nacionalistas ao longo do século XX, nascidos do descontentamento de alguns grupos face às condições políticas e sociais em que se encontravam, tendo-se manifestado sobretudo após o final da Segunda Guerra Mundial. De facto, logo que esta terminou, realizou-se em Manchester o Congresso Pan-Africano, em que as nações coloniais reivindicaram o direito à autodeterminação. Começaram então a proliferar movimentos nacionalistas africanos, sobretudo nas colónias britânicas, como o National Council for the Nigeria and the Cameroons (1944), chefiado por Nnamdi Azikiwe, assim como Kenya African Union, chefiada em 1946 por Jomo Kenyatta e a United Gold Coast Convention (1947), à frente da qual estava J. B. Danquah. Em 1961 dá-se também a rebelião armada nacionalista no Nordeste e Norte de Angola, tendo Portugal enviado a 15 de março quarenta mil soldados para fazer frente ao levantamento. Em 1964 foi a vez de Moçambique, com a luta armada da FRELIMO, e em 1963 do PAIGC na Guiné-Bissau. Em 1962 as forças nacionalistas argelinas conseguem a independência de França, depois de empreenderem uma série de ataques terroristas, sendo que a FLN (Frente de Libertação Nacional), constituída por combatentes ex-camponeses, entra em claro confronto com a IV República de França, que acaba por conceder a independência com os acordos de Evian (março de 1962). O movimento nacionalista pan-árabe atingiu o poder no Egito em 1954, criando Nasser, seu chefe, uma espécie de socialismo num regime autoritário apoiado nas forças armadas, tentando autonomizar-se em relação aos países capitalistas, tendo tentado eliminar o Estado israelita e criado a República Árabe Unida em 1958. Os movimentos nacionalistas negros na América do Norte encontram-se ligados à reivindicação de direitos iguais aos da população branca, tendendo assim a valorizar tudo aquilo que faz parte da cultura de origem da raça. Malcolm X foi o expoente principal desta forma de reivindicação, defendendo um nacionalismo negro radical e muçulmano, interligado com o movimento internacional negro africano, e a natural separação racial, uma vez que por natureza são diferentes. Caracterizado pela intransigência, este foi contudo o método preferido pela juventude, dotada de pouca paciência e que exige a tomada de medidas governamentais de efeito imediato, baseando-se na autobiografia de Malcolm X (1965) e a partir de 1966 agregando-se no movimento dos "Panteras Negras", de carácter revolucionário e vocacionado para a luta interclasses.
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Como referenciar
Porto Editora – Movimentos Nacionalistas na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-10-01 02:44:27]. Disponível em
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