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Muralhas de Monção
Vila fronteiriça sobranceira ao Rio Minho, Monção foi fundada no tempo de D. Afonso III, através de uma carta de povoamento, passada por este monarca a 12 de março de 1261.
Originariamente, esta povoação minhota, situada a jusante de Melgaço, apresentava um pequeno núcleo urbano e a sua importância não seria de molde a receber uma fortificação. Esta foi, com toda a probabilidade, erguida no reinado de D. Dinis, corria o ano de 1306. Contudo, as características e dimensão do castelo medieval não subistiram até aos nossos dias, dado que a praça-forte de Monção seria objeto de remodelação nos séculos seguintes.
Um dos episódios mais significativos da fortaleza de Monção reporta-se ao século XIV, durante as guerras luso-castelhanas entre D. Fernando e Henrique II de Castela. O prolongado assédio das tropas castelhanas a Monção causou uma enorme escassez de víveres entre os sitiados. De acordo com a tradição, a capitulação dos depauperados defensores foi evitada por um ardil engendrado pela esposa do alcaide, chamada Deus-a-Deu. Segundo a história tradicional, esta mulher fabricou alguns pães com a escassa farinha que restava, lançando-os do alto das muralhas ao inimigo castelhano, simulando uma abundância que, de facto, não existia. Este ato terá provocado tal efeito que o exército de Henrique II levantou o cerco.
No século XVII, as muralhas da fortaleza de Monção foram objeto de profunda remodelação e ampliação, configurando-se então como uma construção militar modernizada e preparada para as novas táticas pirobalísticas. Aproveitando parte das muralhas medievais, a ampla fortaleza seiscentista apresenta uma planta poligonal, com os seus geométricos baluartes defendidos por vigilantes guaritas e desafogados revelins para as baterias.
A eficácia deste dispositivo defensivo foi, em parte, comprovada no longo assédio a que Monção foi submetida pelo exército espanhol, entre outubro de 1658 e fevereiro de 1659, durante o período das Guerras da Restauração. Apesar da heroica resistência, a guarnição portuguesa acabaria por se render, enfraquecida e dizimada pelos quatro longos e violentos meses de combates.
Originariamente, esta povoação minhota, situada a jusante de Melgaço, apresentava um pequeno núcleo urbano e a sua importância não seria de molde a receber uma fortificação. Esta foi, com toda a probabilidade, erguida no reinado de D. Dinis, corria o ano de 1306. Contudo, as características e dimensão do castelo medieval não subistiram até aos nossos dias, dado que a praça-forte de Monção seria objeto de remodelação nos séculos seguintes.
Um dos episódios mais significativos da fortaleza de Monção reporta-se ao século XIV, durante as guerras luso-castelhanas entre D. Fernando e Henrique II de Castela. O prolongado assédio das tropas castelhanas a Monção causou uma enorme escassez de víveres entre os sitiados. De acordo com a tradição, a capitulação dos depauperados defensores foi evitada por um ardil engendrado pela esposa do alcaide, chamada Deus-a-Deu. Segundo a história tradicional, esta mulher fabricou alguns pães com a escassa farinha que restava, lançando-os do alto das muralhas ao inimigo castelhano, simulando uma abundância que, de facto, não existia. Este ato terá provocado tal efeito que o exército de Henrique II levantou o cerco.
No século XVII, as muralhas da fortaleza de Monção foram objeto de profunda remodelação e ampliação, configurando-se então como uma construção militar modernizada e preparada para as novas táticas pirobalísticas. Aproveitando parte das muralhas medievais, a ampla fortaleza seiscentista apresenta uma planta poligonal, com os seus geométricos baluartes defendidos por vigilantes guaritas e desafogados revelins para as baterias.
A eficácia deste dispositivo defensivo foi, em parte, comprovada no longo assédio a que Monção foi submetida pelo exército espanhol, entre outubro de 1658 e fevereiro de 1659, durante o período das Guerras da Restauração. Apesar da heroica resistência, a guarnição portuguesa acabaria por se render, enfraquecida e dizimada pelos quatro longos e violentos meses de combates.
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Como referenciar
Porto Editora – Muralhas de Monção na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-02-02 11:50:47]. Disponível em
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