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Nam June Paik
Artista plástico e músico nascido 20 de julho de 1932, em Seul, na Coreia do Sul, e falecido a 30 de janeiro de 2006, em Miami, nos Estados Unidos da América. Frequentou escolas de música na sua cidade natal e na Universidade de Tóquio, entre 1952 e 1956, deslocando-se posteriormente para a Alemanha, onde estudou música e composição com o compositor Karlheinz Stockhausen. Paralelamente adquiriu ainda alguma formação em História e Filosofia.
No final dos anos 50, realizou algumas performances musicais onde são evidentes influências do compositor americano John Cage. Entre 1958 e 1961, trabalhou em Colónia, para a rádio, compondo música eletrónica e apresentou a sua primeira exposição individual em 59, em Düsseldorf.
Em todos estes eventos (nomeadamente nas performances), apesar do suporte ser fundamentalmente a música, Paik procurou ligar-se às artes plásticas e visuais, o que lhe permitiu transpor as rígidas fronteiras entre as expressões artísticas e desenvolver trabalhos mais próximos de áreas como a escultura, a instalação e o vídeo.
A partir de 1961, integrou o movimento Fluxus, uma associação de artistas formada por Maciunas que elegeu a performance como meio preferencial de comunicação estética, descurando as formas tradicionais de arte.
Enquanto membro do Fluxus, Nam June Paik efetuou inúmeros concertos e realizou projetos que associam a música a imagens de vídeo, como o testemunha a peça Exposition of Music - Electronic Television, de 1963, exposta em Wuppertal, que incluía reprodutores de sons. Em 1964, instalou-se em Nova Iorque, onde realizou alguns trabalhos que o tornaram mundialmente famoso, como o Zen for Film, de 1964 e Global, de 1965, onde usa pela primeira vez o vídeo.
Estas instalações, nas quais utilizou recetores de televisão - um dos temas recorrentes no seu trabalho - e sintetizadores vídeo, ganham qualidades escultóricas antropomorfas, pretendendo representar ironicamente seres mecânicos de referência neodadaísta. O uso de vários aparelhos de televisão permitiu-lhe radicalizar a linguagem própria deste meio de comunicação, ultrapassando muitas vezes referências figurativas para exprimir, através da deformação e distorção das imagens originais, sensações de luz, cor e ritmo, de carácter abstrato.
Frequentemente incluia nos seus trabalhos partes interativas ou elementos vivos, como é o caso do Video Fish (1975), no qual colocou aquários com peixes em frente a televisões mostrando peixes a nadar, ou o TV Garden, realizado entre 1974 e 1978, onde usou elementos vegetais que rodeavam vegetação viva plantada em torno do aparelho de televisão.
A sua edição discográfica mais relevante, Works: 1958-1979 (2001), reúne cinco faixas vanguardistas, essencialmente baseadas em piano, utilizadas no espetáculo Duett Paik/Takis. Além deste trabalho, uma referência para a colaboração com Ryuchi Sakamoto, cedendo a sua voz em três edições do músico japonês, Tibetan Dance (1984), Collection: 1981-1987 e Music Encyclopedia (2000).
No final dos anos 50, realizou algumas performances musicais onde são evidentes influências do compositor americano John Cage. Entre 1958 e 1961, trabalhou em Colónia, para a rádio, compondo música eletrónica e apresentou a sua primeira exposição individual em 59, em Düsseldorf.
Em todos estes eventos (nomeadamente nas performances), apesar do suporte ser fundamentalmente a música, Paik procurou ligar-se às artes plásticas e visuais, o que lhe permitiu transpor as rígidas fronteiras entre as expressões artísticas e desenvolver trabalhos mais próximos de áreas como a escultura, a instalação e o vídeo.
A partir de 1961, integrou o movimento Fluxus, uma associação de artistas formada por Maciunas que elegeu a performance como meio preferencial de comunicação estética, descurando as formas tradicionais de arte.
Enquanto membro do Fluxus, Nam June Paik efetuou inúmeros concertos e realizou projetos que associam a música a imagens de vídeo, como o testemunha a peça Exposition of Music - Electronic Television, de 1963, exposta em Wuppertal, que incluía reprodutores de sons. Em 1964, instalou-se em Nova Iorque, onde realizou alguns trabalhos que o tornaram mundialmente famoso, como o Zen for Film, de 1964 e Global, de 1965, onde usa pela primeira vez o vídeo.
Estas instalações, nas quais utilizou recetores de televisão - um dos temas recorrentes no seu trabalho - e sintetizadores vídeo, ganham qualidades escultóricas antropomorfas, pretendendo representar ironicamente seres mecânicos de referência neodadaísta. O uso de vários aparelhos de televisão permitiu-lhe radicalizar a linguagem própria deste meio de comunicação, ultrapassando muitas vezes referências figurativas para exprimir, através da deformação e distorção das imagens originais, sensações de luz, cor e ritmo, de carácter abstrato.
Frequentemente incluia nos seus trabalhos partes interativas ou elementos vivos, como é o caso do Video Fish (1975), no qual colocou aquários com peixes em frente a televisões mostrando peixes a nadar, ou o TV Garden, realizado entre 1974 e 1978, onde usou elementos vegetais que rodeavam vegetação viva plantada em torno do aparelho de televisão.
A sua edição discográfica mais relevante, Works: 1958-1979 (2001), reúne cinco faixas vanguardistas, essencialmente baseadas em piano, utilizadas no espetáculo Duett Paik/Takis. Além deste trabalho, uma referência para a colaboração com Ryuchi Sakamoto, cedendo a sua voz em três edições do músico japonês, Tibetan Dance (1984), Collection: 1981-1987 e Music Encyclopedia (2000).
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Como referenciar
Porto Editora – Nam June Paik na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-03-31 10:58:22]. Disponível em
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