Niccolò Paganini
Compositor italiano e o violinista mais importante do século XIX. Nasceu em 1782, em Génova, em Itália, e morreu em 1840, em Nice, em França. Foi um ídolo popular que inspirou a mística romântica e revolucionou a técnica violinista.
Filho de Antonio Paganini, um modesto trabalhador portuário e razoável tocador de violino, Niccolo começou a aprender com o pai com 5 anos de idade. Nessa época foi forçado a praticar durante dias inteiros, no caso de falta a pena era a privação de alimentação. Não tardou muito até que o pequeno Nicolo suplantasse o seu mestre e passasse a ter aulas com um professor particular. Aos 10 anos estreou-se em público, sem grande alarido e, aos 13, foi levado para Parma, para estudar com o reputado Alessandro Rolla. Este, apercebendo-se da mestria do rapaz, depressa o libertou, sob o pretexto de que nada tinha para acrescentar ao que Niccolo já sabia.
Apesar de o jovem Paganini não se ter desprendido dos clássicos e das regras de composição antigas, a sua forma de tocar desde cedo se revelou invulgar.
De 1801 a 1809, fixou-se em Lucca, localidade onde tocou, aprendeu, compôs e dirigiu. Dizia-se na época que era amante da princesa Elisa Baciocchi, irmã de Napoleão Bonaparte e governadora de Lucca. Nesta fase, compôs 24 Capricci, com o único acompanhamento de violino, e duas séries de seis sonatas para violino e viola.
A partir de 1809 e até 1827, viajou um pouco por toda a península italiana, cativando audiências com o seu virtuosismo incomparável. Aos 45 anos, finalmente se decidiu a conceder concertos no estrangeiro. O seu progresso no resto da Europa foi triunfal, conquistando públicos e, especialmente, os músicos mais célebres, que confundia e deliciava com as suas atuações. Em Viena, por exemplo, os admiradores de Paganini, chegavam a ocupar os seus lugares nas salas duas horas antes da atuação, para não perderem a vez.
O jovem Chopin ouviu Paganini em Varsóvia em 1829 e inspirou-se para escrever uma pequena peça, Souvenir de Paganini. Schumann, na altura um frustrado estudante de direito com 19 anos, ouviu-o em Frankfurt e, depois, decidiu dedicar-se inteiramente à música. Mais tarde, haveria de transcrever para piano 12 dos Capricci de Paganini.
A estreia de Paganini em Paris, em 1831, foi assistida por várias personalidades culturais como Rossini, Donizetti, Liszt, Auber, Heine, De Musset, Delacroix e George Sand. Um crítico do Times escreveu sobre Paganini: "podem não acreditar em metade do que eu escrever, e eu não estou a contar-vos metade do que deve ser dito".
Alguns rumores se espalharam sobre o talento infalível de Niccolo. Dizia-se que tinha aprendido a tocar na cadeia, depois de matar outro amante de uma das suas amantes ou, então, que o violinista tinha feito uma misteriosa aliança com o Diabo.
Como era um personagem extremamente caridoso e generoso, acabou por viver na miséria, mesmo nos anos de maior sucesso. Aos 50 anos, a sua fortuna tinha desaparecido e a sua saúde começava a deteriorar-se. Mudou-se para Parma, conduzindo a orquestra da Grã-Duquesa Marie Louise, investindo ruinosamente o dinheiro entretando ganho numa casa de jogo parisiense. Morreu em Nice, depois de recusar os sacramentos da igreja.
Hoje, Paganini é visto como uma influência fulcral na música do século XIX e como o verdadeiro pai das técnicas modernas do violino.
Filho de Antonio Paganini, um modesto trabalhador portuário e razoável tocador de violino, Niccolo começou a aprender com o pai com 5 anos de idade. Nessa época foi forçado a praticar durante dias inteiros, no caso de falta a pena era a privação de alimentação. Não tardou muito até que o pequeno Nicolo suplantasse o seu mestre e passasse a ter aulas com um professor particular. Aos 10 anos estreou-se em público, sem grande alarido e, aos 13, foi levado para Parma, para estudar com o reputado Alessandro Rolla. Este, apercebendo-se da mestria do rapaz, depressa o libertou, sob o pretexto de que nada tinha para acrescentar ao que Niccolo já sabia.
Apesar de o jovem Paganini não se ter desprendido dos clássicos e das regras de composição antigas, a sua forma de tocar desde cedo se revelou invulgar.
A partir de 1809 e até 1827, viajou um pouco por toda a península italiana, cativando audiências com o seu virtuosismo incomparável. Aos 45 anos, finalmente se decidiu a conceder concertos no estrangeiro. O seu progresso no resto da Europa foi triunfal, conquistando públicos e, especialmente, os músicos mais célebres, que confundia e deliciava com as suas atuações. Em Viena, por exemplo, os admiradores de Paganini, chegavam a ocupar os seus lugares nas salas duas horas antes da atuação, para não perderem a vez.
O jovem Chopin ouviu Paganini em Varsóvia em 1829 e inspirou-se para escrever uma pequena peça, Souvenir de Paganini. Schumann, na altura um frustrado estudante de direito com 19 anos, ouviu-o em Frankfurt e, depois, decidiu dedicar-se inteiramente à música. Mais tarde, haveria de transcrever para piano 12 dos Capricci de Paganini.
A estreia de Paganini em Paris, em 1831, foi assistida por várias personalidades culturais como Rossini, Donizetti, Liszt, Auber, Heine, De Musset, Delacroix e George Sand. Um crítico do Times escreveu sobre Paganini: "podem não acreditar em metade do que eu escrever, e eu não estou a contar-vos metade do que deve ser dito".
Alguns rumores se espalharam sobre o talento infalível de Niccolo. Dizia-se que tinha aprendido a tocar na cadeia, depois de matar outro amante de uma das suas amantes ou, então, que o violinista tinha feito uma misteriosa aliança com o Diabo.
Como era um personagem extremamente caridoso e generoso, acabou por viver na miséria, mesmo nos anos de maior sucesso. Aos 50 anos, a sua fortuna tinha desaparecido e a sua saúde começava a deteriorar-se. Mudou-se para Parma, conduzindo a orquestra da Grã-Duquesa Marie Louise, investindo ruinosamente o dinheiro entretando ganho numa casa de jogo parisiense. Morreu em Nice, depois de recusar os sacramentos da igreja.
Hoje, Paganini é visto como uma influência fulcral na música do século XIX e como o verdadeiro pai das técnicas modernas do violino.
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Como referenciar
Porto Editora – Niccolò Paganini na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-04-01 08:38:42]. Disponível em
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