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Nicolau Breyner
Nicolau Breyner nasceu a 30 de julho de 1940, em Serpa, e morreu em Lisboa, a 14 de março de 2016.
Depois de passar a infância em plena planície alentejana, instalou-se em Lisboa onde começou a estudar Canto na Juventude Musical. Em 1957, aos 17 anos, ganhou uma bolsa de estudo e passou dois meses em Itália. Quando regressou, optou por frequentar o curso de Direito e matriculou-se também no Conservatório.
Em 1959, o ator Ribeirinho, um dos seus professores no Conservatório, convidou-o, juntamente com a atriz Florbela Queirós, para o elenco da peça Leonor Teles. O pequeno papel de Breyner não passou despercebido aos principais produtores teatrais e brevemente o ator tornou-se cabeça de cartaz nos teatros de revista do Parque Mayer, dividindo as atenções com Laura Alves, Raul Solnado e Eugénio Salvador. Ao mesmo tempo, dedicou-se ao teatro radiofónico na Emissora Nacional e participou em filmes como Pão, Amor e... Totobola (1964), O Diabo Era Outro (1969) e Malteses, Burgueses e às Vezes... (1974).
Breyner, contudo, só se torna um fenómeno de popularidade após a Revolução dos Cravos com o programa televisivo Nicolau no País das Maravilhas (1975), onde, juntamente com Herman José, celebrizou a rábula O Senhor Feliz e o Senhor Contente, em que satirizavam, de uma forma lúdica, a situação política e económica vigente.
Depois do sucesso do programa humorístico Eu Show Nico (1980), Breyner apareceu associado ao projeto da primeira telenovela portuguesa: Vila Faia (1982). Juntamente com Thilo Krassman e Francisco Nicholson, foi autor e diretor de atores, tendo também encarnado a personagem de João Godunha, um camionista ligado a uma empresa de produção vinícola. Com um elenco onde também pontificavam nomes como os de Ruy de Carvalho, Mariana Rey Monteiro e Varela Silva, a telenovela foi um êxito a nível nacional.
Participou também na série humorística Gente Fina é Outra Coisa (1983), que marcou a última aparição televisiva da atriz Amélia Rey Colaço, entrou como ator na telenovela Origens (1983) e fez uma derradeira incursão no teatro musical com a peça Annie (1984). Nessa fase, fundou a produtora NBP e figurou em séries como a segunda versão de Eu Show Nico (1987) e Os Homens da Segurança (1988).
Na década de 90, Breyner dedicou-se exclusivamente à televisão com Euronico (1990), Nico de Obra (1993), Cinzas (1993) e Reformado e Mal Pago (1996), não deixando de fazer várias incursões no cinema ao participar em filmes como Jaime (1999) de António Pedro Vasconcelos, Inferno (1999) de Joaquim Leitão, Os Imortais (2003) de António Pedro Vasconcelos, O Milagre Segundo Salomé (2004) de Mário Barroso, ou os mais recentes Comboio Noturno Para Lisboa (2013) e Os Gatos não Têm Vertigens (2014), entre vários outros.
A 10 de Junho de 2005 foi distinguido com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Mérito, pelo então Presidente da República, Jorge Sampaio.
Depois de passar a infância em plena planície alentejana, instalou-se em Lisboa onde começou a estudar Canto na Juventude Musical. Em 1957, aos 17 anos, ganhou uma bolsa de estudo e passou dois meses em Itália. Quando regressou, optou por frequentar o curso de Direito e matriculou-se também no Conservatório.
Em 1959, o ator Ribeirinho, um dos seus professores no Conservatório, convidou-o, juntamente com a atriz Florbela Queirós, para o elenco da peça Leonor Teles. O pequeno papel de Breyner não passou despercebido aos principais produtores teatrais e brevemente o ator tornou-se cabeça de cartaz nos teatros de revista do Parque Mayer, dividindo as atenções com Laura Alves, Raul Solnado e Eugénio Salvador. Ao mesmo tempo, dedicou-se ao teatro radiofónico na Emissora Nacional e participou em filmes como Pão, Amor e... Totobola (1964), O Diabo Era Outro (1969) e Malteses, Burgueses e às Vezes... (1974).
Breyner, contudo, só se torna um fenómeno de popularidade após a Revolução dos Cravos com o programa televisivo Nicolau no País das Maravilhas (1975), onde, juntamente com Herman José, celebrizou a rábula O Senhor Feliz e o Senhor Contente, em que satirizavam, de uma forma lúdica, a situação política e económica vigente.
Depois do sucesso do programa humorístico Eu Show Nico (1980), Breyner apareceu associado ao projeto da primeira telenovela portuguesa: Vila Faia (1982). Juntamente com Thilo Krassman e Francisco Nicholson, foi autor e diretor de atores, tendo também encarnado a personagem de João Godunha, um camionista ligado a uma empresa de produção vinícola. Com um elenco onde também pontificavam nomes como os de Ruy de Carvalho, Mariana Rey Monteiro e Varela Silva, a telenovela foi um êxito a nível nacional.
Participou também na série humorística Gente Fina é Outra Coisa (1983), que marcou a última aparição televisiva da atriz Amélia Rey Colaço, entrou como ator na telenovela Origens (1983) e fez uma derradeira incursão no teatro musical com a peça Annie (1984). Nessa fase, fundou a produtora NBP e figurou em séries como a segunda versão de Eu Show Nico (1987) e Os Homens da Segurança (1988).
Na década de 90, Breyner dedicou-se exclusivamente à televisão com Euronico (1990), Nico de Obra (1993), Cinzas (1993) e Reformado e Mal Pago (1996), não deixando de fazer várias incursões no cinema ao participar em filmes como Jaime (1999) de António Pedro Vasconcelos, Inferno (1999) de Joaquim Leitão, Os Imortais (2003) de António Pedro Vasconcelos, O Milagre Segundo Salomé (2004) de Mário Barroso, ou os mais recentes Comboio Noturno Para Lisboa (2013) e Os Gatos não Têm Vertigens (2014), entre vários outros.
A 10 de Junho de 2005 foi distinguido com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Mérito, pelo então Presidente da República, Jorge Sampaio.
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Como referenciar
Porto Editora – Nicolau Breyner na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-06-04 21:47:36]. Disponível em
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