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O Barão
Personagem da obra O Barão de Branquinho da Fonseca.
Homem de quarenta anos, vivendo, no seu solar, como "um senhor medieval, sobrevivendo à sua época, completamente inadaptado, como um animal de outro clima", a figura do Barão impõe medo e respeito aos habitantes de uma pequena aldeola nortenha. Representante, segundo Alexandre Pinheiro Torres (Ensaios Escolhidos, Lisboa, Caminho, 1989, p. 101) do tipo sociológico dos marialvas, a figura do barão permite, porém, leituras muito mais complexas (psicanalíticas, simbólicas...), dada a contínua oscilação entre o real e o fantástico por que se pautam as experiências vividas entre ele e um conviva-narrador que relata o modo como foi, ao longo de uma noite, aliciado pelo barão a perder-se "pelos caminhos sombrios do [...] sonho e da [...] loucura", a "cantar às estrelas", a dar a vida para depor um "botão de rosa lá na alta janela da [...] Bela-Adormecida". Por isso, segundo David Mourão-Ferreira, o Barão é, antes de tudo, "um ser que nos perturba, e revolta, e comove, com os seus defeitos e as suas qualidades, as suas obsessões, os seus sonhos, a sua índole pessoal e intransmissível... Daí a incomparável espessura que ele tem como criação romanesca." (Cf. posfácio a O Barão, Lisboa, 1969.)
Homem de quarenta anos, vivendo, no seu solar, como "um senhor medieval, sobrevivendo à sua época, completamente inadaptado, como um animal de outro clima", a figura do Barão impõe medo e respeito aos habitantes de uma pequena aldeola nortenha. Representante, segundo Alexandre Pinheiro Torres (Ensaios Escolhidos, Lisboa, Caminho, 1989, p. 101) do tipo sociológico dos marialvas, a figura do barão permite, porém, leituras muito mais complexas (psicanalíticas, simbólicas...), dada a contínua oscilação entre o real e o fantástico por que se pautam as experiências vividas entre ele e um conviva-narrador que relata o modo como foi, ao longo de uma noite, aliciado pelo barão a perder-se "pelos caminhos sombrios do [...] sonho e da [...] loucura", a "cantar às estrelas", a dar a vida para depor um "botão de rosa lá na alta janela da [...] Bela-Adormecida". Por isso, segundo David Mourão-Ferreira, o Barão é, antes de tudo, "um ser que nos perturba, e revolta, e comove, com os seus defeitos e as suas qualidades, as suas obsessões, os seus sonhos, a sua índole pessoal e intransmissível... Daí a incomparável espessura que ele tem como criação romanesca." (Cf. posfácio a O Barão, Lisboa, 1969.)
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Como referenciar
Porto Editora – O Barão na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2022-05-22 15:09:48]. Disponível em
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