O Couraçado Potemkin
Clássico filme russo, misto de guerra, drama e reconstituição histórica propagandística, escrito e realizado em 1925 por Sergei Eisenstein. De título original Bronenósets Potyomkin, foi interpretado por Vladimir Barsky, Grigory Aleksandrov, Aleksandr Antonov e Mikhail Gomarov, entre outros, tendo estreado no Teatro Bolshoi de Moscovo a 21 de dezembro de 1925.
O filme resultou de uma encomenda do Governo da União Soviética para comemorar o vigésimo aniversário da Revolução de 1905. Inicialmente, Eisenstein concebeu um gigantesco projeto com o objetivo de retratar todos os acontecimentos desse ano, mas por dificuldades várias acabou por abordar um só acontecimento: o motim do couraçado "Potyomkin", ancorado em Odessa. À semelhança de uma tragédia clássica, o filme divide-se em cinco atos: "Homens e vermes" (narra a vida a bordo e o nascimento do motim), "O drama do castelo da popa" (mostra o confronto entre o comandante e os amotinados), "O sangue clama vingança" (um marinheiro assassinado é exposto no cais), "A escadaria de Odessa" (fuzilamento de civis nas escadas do porto pelos guardas) e "Azáfama do combate" (o couraçado prepara-se para navegar). O registo é o de uma reconstituição de atualidades da época, tendo sido usado material de arquivo e testemunhas para apresentar a maior autenticidade dos episódios narrados. Obviamente, o objetivo era o filme funcionar como propaganda soviética. Apesar de o ser, o génio de Eisenstein (um dos pioneiros da arte cinematográfica) acabou por fabricar uma obra central na evolução da linguagem cinematográfica, um dos filmes mais influentes e estudados do século XX. Há, sobretudo, uma nova conceção de montagem e de ritmo que transformam a perceção dos acontecimentos, dando primazia ao emocional em detrimento do linear e do cronológico.
A mais antológica sequência do filme é a do massacre na escadaria do porto de Odessa (que, curiosamente, foi uma invenção histórica), que articula de forma magistral os ritmos, as metáforas (por exemplo, os célebres leões de pedra) e os sentimentos que se pretendem transmitir. Essa sequência é uma das mais citadas pelo cinema que se lhe seguiu, com destaque para uma cópia explícita feita por Brian de Palma em Os Intocáveis (The Untouchables, 1987).
O Couraçado Potemkin, que Chaplin considerou o melhor filme do mundo e é unanimemente considerado um dos melhores do tempo do mudo, só estreou em Portugal a 2 de maio de 1974, no Cinema Império.
O filme resultou de uma encomenda do Governo da União Soviética para comemorar o vigésimo aniversário da Revolução de 1905. Inicialmente, Eisenstein concebeu um gigantesco projeto com o objetivo de retratar todos os acontecimentos desse ano, mas por dificuldades várias acabou por abordar um só acontecimento: o motim do couraçado "Potyomkin", ancorado em Odessa. À semelhança de uma tragédia clássica, o filme divide-se em cinco atos: "Homens e vermes" (narra a vida a bordo e o nascimento do motim), "O drama do castelo da popa" (mostra o confronto entre o comandante e os amotinados), "O sangue clama vingança" (um marinheiro assassinado é exposto no cais), "A escadaria de Odessa" (fuzilamento de civis nas escadas do porto pelos guardas) e "Azáfama do combate" (o couraçado prepara-se para navegar). O registo é o de uma reconstituição de atualidades da época, tendo sido usado material de arquivo e testemunhas para apresentar a maior autenticidade dos episódios narrados. Obviamente, o objetivo era o filme funcionar como propaganda soviética. Apesar de o ser, o génio de Eisenstein (um dos pioneiros da arte cinematográfica) acabou por fabricar uma obra central na evolução da linguagem cinematográfica, um dos filmes mais influentes e estudados do século XX. Há, sobretudo, uma nova conceção de montagem e de ritmo que transformam a perceção dos acontecimentos, dando primazia ao emocional em detrimento do linear e do cronológico.
A mais antológica sequência do filme é a do massacre na escadaria do porto de Odessa (que, curiosamente, foi uma invenção histórica), que articula de forma magistral os ritmos, as metáforas (por exemplo, os célebres leões de pedra) e os sentimentos que se pretendem transmitir. Essa sequência é uma das mais citadas pelo cinema que se lhe seguiu, com destaque para uma cópia explícita feita por Brian de Palma em Os Intocáveis (The Untouchables, 1987).
O Couraçado Potemkin, que Chaplin considerou o melhor filme do mundo e é unanimemente considerado um dos melhores do tempo do mudo, só estreou em Portugal a 2 de maio de 1974, no Cinema Império.
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Como referenciar
Porto Editora – O Couraçado Potemkin na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-06-01 15:43:23]. Disponível em
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