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O Grande Ditador
Filme escrito, produzido e realizado por Charles Chaplin em 1940, onde este interpretou duas personagens: a de Adenoid Hynkel, ditador da Tomânia, e a de um barbeiro judeu. A ação inicia-se no final da Primeira Grande Guerra, quando o piloto Schultz (Reginald Gardiner) é salvo por um soldado desastrado (Chaplin). Todavia, o avião em que seguiam é abatido, sendo o soldado conduzido a um hospital em estado amnésico, permanecendo aí durante vários anos. Após a alta, decide instalar-se na Tomânia, onde abre uma barbearia num bairro judaico. A Tomânia é governada despoticamente por Hynkel (Chaplin) que apresenta semelhanças físicas com o pobre barbeiro. O ditador inicia uma política de discriminação racial contra os Judeus. Acidentalmente, o barbeiro é preso por um pelotão e levado à presença do comandante, que se revela ser Schultz. Agradecido por aquele lhe ter salvo a vida anos antes, o comandante decide proteger o bairro judeu, mas é acusado de alta traição por Hynkel, que desenvolve planos para conquistar o Mundo. Tanto Schultz como o barbeiro são conduzidos a um campo de concentração, enquanto que a sua namorada Hannah (Paulette Godard) e o seu pai fogem para Osterlich, vizinho de Tomânia. Mas este país vê-se na iminência de ser invadido pelas tropas de Benzino Napaloni (Jack Oakie), ditador da Bacteria, o que enfurece Hynkel, que também cobiçava o território. Convida-o então para uma conferência de líderes, ao mesmo tempo que o barbeiro e o comandante escapam do campo. Chaplin fez vincar com este filme uma forte crítica social, especialmente dirigida ao regime nazi e a Adolf Hitler, aqui brilhantemente parodiado. As rodagens iniciaram-se logo após a invasão da Polónia pelas tropas nazis. Chaplin ironiza com a ideia da superioridade da raça ariana, apresentando Hynkel como um lunático trapalhão que acaba por ser aprisionado pelas suas próprias tropas durante uma pescaria. O momento mais marcante do filme é o inesquecível discurso final de Chaplin onde este estabelece uma enorme lição de moral e de vida, apelando ao fim dos conflitos e à amizade entre Judeus e os seus inimigos. Na altura do seu lançamento, o filme não foi bem recebido em Hollywood, quer pelo público quer pela crítica, que consideravam que a história encerrava em si uma mensagem excessivamente pró-semita. Como tal, não recebeu qualquer Óscar, apesar de nomeado para os galardões de Melhor Filme, Melhor Ator (Chaplin) e Melhor Ator Secundário (Oakie). O tempo encarregou-se de provar que estávamos perante mais uma obra-prima de Chaplin, que só voltou a realizar um filme sete anos depois: Monsieur Verdoux (O Barba Azul, 1947).
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Como referenciar
Porto Editora – O Grande Ditador na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-02-06 22:59:14]. Disponível em
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