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O Independente
O jornal semanário português O Independente, editado às sextas-feiras, foi lançado em maio de 1988 e destacou-se como um órgão de informação especializado em jornalismo político de investigação. Aquando do seu lançamento, o jornal era dirigido por Miguel Esteves Cardoso, um sociólogo, e Paulo Portas, um jornalista que se orientava bem na área política. Esteves Cardoso, que fez muito sucesso com as suas crónicas sobre a sociedade portuguesa, era o responsável pelo suplemento Vida, mais dedicado ao lazer, enquanto Portas tratava da parte de noticiário corrente.
O semanário teve logo de início boas tiragens graças a notícias e reportagens que envolviam figuras da política nacional, muitas vezes tratadas com algum sensacionalismo.
As tiragens do O Independente atingiram níveis bastante altos, na ordem dos cem mil exemplares por edição, tendo ameaçado a supremacia do mercado que pertencia ao semanário Expresso. No entanto, com o fim do Governo social-democrata de Cavaco Silva, em 1995, a influência de O Independente também se tornou menor e o jornal entrou em recessão.
Paulo Portas acabou por sair do jornal e Miguel Esteves Cardoso também se afastou dos cargos de chefia, embora mantendo sempre uma colaboração a nível da composição de crónicas.
Em 2001, o jornal tentou reconquistar o prestígio e a influência, desta vez sob a direção de Inês Serra Lopes. A linha editorial do semanário manteve-se fiel aos princípios da fundação, ou seja, a crença na propriedade, a defesa da liberdade individual, o respeito pelos direitos individuais e a recusa em resignar-se a uma federação europeia. Ao mesmo tempo, quis assumir-se como um espaço crítico aos poderes institucionais.
O jornal mudou de grafismo, valorizou de novo o jornalismo de investigação e passou a dar mais espaço aos assuntos económicos. A opinião ganhou um espaço ainda mais privilegiado, já que passou a ocupar as duas páginas de abertura, anteriormente reservados para o tema de destaque da edição. O suplemento Vida, entretanto, foi substituído pelo Dependente, cuja publicação, contudo, viria a ser suspensa ao fim de alguns meses.
A 31 de agosto de 2006, Inês Serra Lopes anunciou que o jornal encerraria as portas após a edição de 1 de setembro.
O semanário teve logo de início boas tiragens graças a notícias e reportagens que envolviam figuras da política nacional, muitas vezes tratadas com algum sensacionalismo.
As tiragens do O Independente atingiram níveis bastante altos, na ordem dos cem mil exemplares por edição, tendo ameaçado a supremacia do mercado que pertencia ao semanário Expresso. No entanto, com o fim do Governo social-democrata de Cavaco Silva, em 1995, a influência de O Independente também se tornou menor e o jornal entrou em recessão.
Em 2001, o jornal tentou reconquistar o prestígio e a influência, desta vez sob a direção de Inês Serra Lopes. A linha editorial do semanário manteve-se fiel aos princípios da fundação, ou seja, a crença na propriedade, a defesa da liberdade individual, o respeito pelos direitos individuais e a recusa em resignar-se a uma federação europeia. Ao mesmo tempo, quis assumir-se como um espaço crítico aos poderes institucionais.
O jornal mudou de grafismo, valorizou de novo o jornalismo de investigação e passou a dar mais espaço aos assuntos económicos. A opinião ganhou um espaço ainda mais privilegiado, já que passou a ocupar as duas páginas de abertura, anteriormente reservados para o tema de destaque da edição. O suplemento Vida, entretanto, foi substituído pelo Dependente, cuja publicação, contudo, viria a ser suspensa ao fim de alguns meses.
A 31 de agosto de 2006, Inês Serra Lopes anunciou que o jornal encerraria as portas após a edição de 1 de setembro.
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Como referenciar
Porto Editora – O Independente na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-03-24 21:57:34]. Disponível em
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