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O Perfume
Romance publicado pela primeira vez em 1985, com o título original Das Parfum, pelo escritor alemão Patrick Süskind, e adaptado ao grande ecrã, em 2006, pelo realizador Tom Tykwer.
A obra, que imediatamente se tornou num sucesso de vendas internacional, merecendo tradução para os principais idiomas europeus, situa-se no local e na época dos maneirismos por excelência, a cidade de Paris do século XVIII, procedendo a uma tentativa de descoberta da verdadeira essência da vida.
O protagonista, Jean-Baptiste Grenouille, nasce na imundície e por entre os fedores do mercado de Paris, com uma deficiência que o distingue de todas as outras crianças: a ausência de odor corporal. Repudiado por isso pelo sexo feminino, supostamente mais dotado para o sentido do cheiro, Grenouile acaba por desenvolver, graças à sua própria neutralidade, capacidades olfativas extraordinárias.
Redescobrindo todo um universo no domínio das fragrâncias, Süskind relata o percurso de Grenouille na sua busca de um perfume que o torne irresistível às mulheres, sucumbindo na apoteose. Subtil e irónico, o estilo de Süskind tornou-se inigualável em Das Parfum. Usando de uma linguagem riquíssima, voluptuosa mas minuciosa, que agradou aos leitores, habituados a descrições visuais, mas nem tanto olfativas, o autor gerou uma alegoria sobre a ânsia viril, uma chave-mestra que desvenda alguns mistérios da sexualidade masculina, o segredo da sua latência, analisando também o poder do detalhe que transmuta as convenções. Grenouille mata para recolher o aroma das suas vítimas, para extrair o que mais único e indescritível elas possuem e, ao descobrir-se que assassinara uma virgem necessária à síntese perfumista, acaba por ser levado ao cadafalso para expiação dos seus crimes. A assembleia pública passa de um agrupamento de pessoas que querem ver mortes, mas nunca encontraram em si coragem ou motivo para matar, a um arrebatamento festivo tão inexplicável como o fenómeno da perceção dos odores. É que Grenouille detém já a mais pura quintessência do amor universal, o estado de graça que o salva da execução para depois o perder.
A obra, que imediatamente se tornou num sucesso de vendas internacional, merecendo tradução para os principais idiomas europeus, situa-se no local e na época dos maneirismos por excelência, a cidade de Paris do século XVIII, procedendo a uma tentativa de descoberta da verdadeira essência da vida.
O protagonista, Jean-Baptiste Grenouille, nasce na imundície e por entre os fedores do mercado de Paris, com uma deficiência que o distingue de todas as outras crianças: a ausência de odor corporal. Repudiado por isso pelo sexo feminino, supostamente mais dotado para o sentido do cheiro, Grenouile acaba por desenvolver, graças à sua própria neutralidade, capacidades olfativas extraordinárias.
Redescobrindo todo um universo no domínio das fragrâncias, Süskind relata o percurso de Grenouille na sua busca de um perfume que o torne irresistível às mulheres, sucumbindo na apoteose. Subtil e irónico, o estilo de Süskind tornou-se inigualável em Das Parfum. Usando de uma linguagem riquíssima, voluptuosa mas minuciosa, que agradou aos leitores, habituados a descrições visuais, mas nem tanto olfativas, o autor gerou uma alegoria sobre a ânsia viril, uma chave-mestra que desvenda alguns mistérios da sexualidade masculina, o segredo da sua latência, analisando também o poder do detalhe que transmuta as convenções. Grenouille mata para recolher o aroma das suas vítimas, para extrair o que mais único e indescritível elas possuem e, ao descobrir-se que assassinara uma virgem necessária à síntese perfumista, acaba por ser levado ao cadafalso para expiação dos seus crimes. A assembleia pública passa de um agrupamento de pessoas que querem ver mortes, mas nunca encontraram em si coragem ou motivo para matar, a um arrebatamento festivo tão inexplicável como o fenómeno da perceção dos odores. É que Grenouille detém já a mais pura quintessência do amor universal, o estado de graça que o salva da execução para depois o perder.
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Como referenciar
Porto Editora – O Perfume na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-06-07 09:34:47]. Disponível em
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