O Príncipe
Obra da autoria de Nicolau Maquiavel, escrita entre 1513 e 1514, numa altura em que se assistia ao nascimento do absolutismo régio, tendo resultado essencialmente da admiração desmedida do autor pelo príncipe César Bórgia, um astuto militar e político, filho do papa Alexandre VI.
Esta obra fundamenta-se em raízes históricas: uma vez analisado como nascem e se desenvolvem os estados, como se consolida o poder senhorial por meio de tentativas audazes e de recursos enganosos e estratégicos, por meio de promessas não cumpridas, o príncipe tem de se mover no seio do seu Estado e dos seus inimigos e é do êxito da sua ação que depende a sua vitória sobre os inimigos.
Tendo em conta estes dados, Nicolau Maquiavel diz que uma vez encontrado o caminho a seguir, ele tem de ser rigorosamente seguido, uma vez que para ele a arte de governar é uma técnica que tem de ser aplicada, já que põe em jogo o interesse geral e não individual, ainda que se situe no plano religioso ou ético. Segundo Maquiavel, a arte do governo está acima de todas as preocupações e, se houver necessidade de uma guerra para defender e conservar o Estado, esta deve ser feita. Por outras palavras, o governante tem de se identificar com os interesses gerais do Estado, uma vez que este está personificado na sua figura.
Além disso, a moral, segundo Maquiavel, deve ser adequada às exigências que são impostas pela orientação geral, devendo sujeitar-se a elas na medida que desta sujeição resulta a eficaz condução e conservação do poder.
Esta nova conceção, surgida no O Príncipe, dos deveres de todo o bom governante, assim como a ideia de que a arte de governar deverá ser concebida como uma técnica, vai de encontro à ética e à religião, uma vez que o Estado assume um papel preponderante de uma instituição que se situa acima de todos os interesses particulares, ainda que estes sejam do foro religioso, ético e moral.
Esta obra fundamenta-se em raízes históricas: uma vez analisado como nascem e se desenvolvem os estados, como se consolida o poder senhorial por meio de tentativas audazes e de recursos enganosos e estratégicos, por meio de promessas não cumpridas, o príncipe tem de se mover no seio do seu Estado e dos seus inimigos e é do êxito da sua ação que depende a sua vitória sobre os inimigos.
Tendo em conta estes dados, Nicolau Maquiavel diz que uma vez encontrado o caminho a seguir, ele tem de ser rigorosamente seguido, uma vez que para ele a arte de governar é uma técnica que tem de ser aplicada, já que põe em jogo o interesse geral e não individual, ainda que se situe no plano religioso ou ético. Segundo Maquiavel, a arte do governo está acima de todas as preocupações e, se houver necessidade de uma guerra para defender e conservar o Estado, esta deve ser feita. Por outras palavras, o governante tem de se identificar com os interesses gerais do Estado, uma vez que este está personificado na sua figura.
Além disso, a moral, segundo Maquiavel, deve ser adequada às exigências que são impostas pela orientação geral, devendo sujeitar-se a elas na medida que desta sujeição resulta a eficaz condução e conservação do poder.
Esta nova conceção, surgida no O Príncipe, dos deveres de todo o bom governante, assim como a ideia de que a arte de governar deverá ser concebida como uma técnica, vai de encontro à ética e à religião, uma vez que o Estado assume um papel preponderante de uma instituição que se situa acima de todos os interesses particulares, ainda que estes sejam do foro religioso, ético e moral.
Partilhar
Como referenciar
Porto Editora – O Príncipe na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-03-30 05:39:19]. Disponível em
Artigos
-
EstadoDo ponto de vista filosófico, a noção de Estado consiste na existência de um conjunto de instituiçõe...
-
Nicolau MaquiavelPolítico e escritor italiano, Nicolau Maquiavel nasceu em Florença, a 3 de maio de 1469, e morreu, n...
-
As Aventuras de PinóquioDa autoria do italiano Carlo Collodi, As Aventuras de Pinóquio, começaram a ser publicadas semanalme...
-
BaudolinoRomance de Umberto Eco, publicado em 2000, constituído por quarenta capítulos. A ação passa-se entre...
-
Divina ComédiaConsiderada a obra-prima de Dante Alighieri, A Divina Comédia é um poema escrito em tercetos, com tr...
-
Virgeu da Consolaçam (ou "Vergel da Consolação")Trata-se de uma obra de espiritualidade de intuito catequético que versa detalhadamente sobre os pec...
-
O Nome da RosaRomance publicado pela primeira vez em 1980, com o título original Il Nome Della Rosa, pelo escritor...
-
O Pêndulo de FoucaultPublicado pelo escritor italiano Umberto Eco em 1988, com o título original Il Pendolo di Foucault, ...
-
DecâmeronEscrita entre 1348 e 1353, esta obra é considerada como a obra-prima de Giovanni Boccaccio, constitu...
-
TurandotEstreada no Scala de Milão a 25 de abril de 1926, a ópera em três atos foi composta pelo italiano Gi...
Partilhar
Como referenciar 
Porto Editora – O Príncipe na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-03-30 05:39:19]. Disponível em