obducção
A teoria da tectónica de placas permite classificar de uma maneira global as cadeias de montanhas. Segundo esta teoria a maior parte da energia terrestre dissipa-se ao nível da convergência das placas. As montanhas resultam, pois, da evolução mais ou menos avançada de uma zona de subducção. Distinguem-se geralmente cadeias de subducção, obducção e colisão.
Em certos casos, ocorre um bloqueamento da subducção, principalmente quando uma placa continental é arrastada sob um arco insular. A crosta oceânica deixa de se afundar sob um continente e, ao contrário, tende a cavalgá-lo. Este fenómeno denomina-se obducção.
Como o continente, em virtude da sua menor densidade, não pode mergulhar no manto, a formação de uma zona de subducção é cada vez mais difícil e desenvolvem-se forças compressivas cada vez mais significativas. Estas forças provocam cavalgamentos cada vez mais importantes que finalmente levam a um carreamento do material oceânico sobre o continente, o que provoca neste fortes deformações.
A estrutura resultante é muito complexa, caracterizada pela sua assimetria pois os cavalgamentos ocorrem todos no sentido do continente. A amplitude dos mantos de carreamento podem atingir a centena de quilómetros e a camada de ofiólitos e sedimentos oceânicos podem atingir os 30 quilómetros de espessura. Estes materiais são submetidos a pressões muito elevadas sem que a temperatura aumente na mesma proporção. Desenvolve-se assim um metamorfismo de alta pressão e baixa temperatura, normalmente caracterizado por uma fácies de eclogitos e xistos azuis.
Este tipo de evolução verifica-se em toda a cadeia alpina, desde os Alpes até a Nova Guiné e Nova Caledónia, sendo mais facilmente observável nestas últimas regiões. O facto de a crosta não ter tido tempo de reaquecer explica a ausência nesta zona de fenómenos de magmatismo e de metamorfismo de alta temperatura.
Em certos casos, ocorre um bloqueamento da subducção, principalmente quando uma placa continental é arrastada sob um arco insular. A crosta oceânica deixa de se afundar sob um continente e, ao contrário, tende a cavalgá-lo. Este fenómeno denomina-se obducção.
Como o continente, em virtude da sua menor densidade, não pode mergulhar no manto, a formação de uma zona de subducção é cada vez mais difícil e desenvolvem-se forças compressivas cada vez mais significativas. Estas forças provocam cavalgamentos cada vez mais importantes que finalmente levam a um carreamento do material oceânico sobre o continente, o que provoca neste fortes deformações.
A estrutura resultante é muito complexa, caracterizada pela sua assimetria pois os cavalgamentos ocorrem todos no sentido do continente. A amplitude dos mantos de carreamento podem atingir a centena de quilómetros e a camada de ofiólitos e sedimentos oceânicos podem atingir os 30 quilómetros de espessura. Estes materiais são submetidos a pressões muito elevadas sem que a temperatura aumente na mesma proporção. Desenvolve-se assim um metamorfismo de alta pressão e baixa temperatura, normalmente caracterizado por uma fácies de eclogitos e xistos azuis.
Este tipo de evolução verifica-se em toda a cadeia alpina, desde os Alpes até a Nova Guiné e Nova Caledónia, sendo mais facilmente observável nestas últimas regiões. O facto de a crosta não ter tido tempo de reaquecer explica a ausência nesta zona de fenómenos de magmatismo e de metamorfismo de alta temperatura.
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Como referenciar
Porto Editora – obducção na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-09-22 09:56:03]. Disponível em
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