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Ocidente Rico e Terceiro Mundo em Vias de Desenvolvimento: o Diálogo Norte / Sul e a Cooperação

O mundo ocidental depois de 1945 passou a ser uma zona relativamente pacífica, devido ao equilíbrio de poderes e de interesses; entretanto o foco de conflitos deslocava-se para o chamado Terceiro Mundo. Ao conflito Ocidente/Leste dos anos 60, entre países comunistas e capitalistas, seguiu-se o conflito Norte/Sul, entre ricos e pobres. Uma luta internacional estendia-se a países subdesenvolvidos onde se multiplicam os conflitos regionais, mantidos em países como Angola e a Argélia. Estes conflitos foram instigados pela imposição de fronteiras artificiais, desenhadas pelas ex-potências coloniais, pela política colonial de exploração económica, pouco progressista, e pela destruição de organizações e formas de vida tradicionais, fatores que desestabilizaram estas populações e as empurraram para guerras fratricidas - destacam-se os casos do Congo (Kinshasa), da já citada Angola e do Biafra (integrado na Nigéria).
A designação de Terceiro Mundo é usada pela primeira vez por A. Sauvy em 1952, comparando o Terceiro Estado da Revolução Francesa de 1789 aos Estados e povos arredados e não integrados nem no bloco de Leste nem nas sociedades do Ocidente.
Estas palavras são utilizadas nos nossos dias na forma plural para abarcar uma multiplicidade de casos e de situações que esta expressão comporta. Por vezes chega a ser rejeitada esta designação porque não é demonstrativa de unidade, força, ou mesmo de formas de atuação política.
Bandeira de Biafra
Esta é, portanto, uma realidade difícil de definir, e que está em constante mutação. O terceiro-mundismo, como foi caracterizado por ocasião do nascimento do Movimento dos Não Alinhados em Bandung em 1955, é uma produção anticolonialista e neutralista, que pretendia congregar todos os povos e Estados dominados por forças externas, de modo a defender a sua integridade territorial e os seus interesses políticos e económicos, numa estratégia voltada para o desenvolvimento.
Nos anos 60, a revolução cubana, a independência da Argélia, a guerra do Vietname e o movimento palestiniano, por exemplo, representaram movimentos ou correntes revolucionárias e de feição tricontinental.
A teoria da revolução no século XX transmitia algumas ideias como o facto de as massas camponesas constituírem uma grande força - "o campo mundial", nas palavras do líder comunista chinês Mao Zedong - que deveria cercar os aglomerados urbanos. O internacionalismo dos três continentes tornava-se então o elemento principal da luta anti-imperialista travada por muitos países em todo o Mundo.
O Terceiro Mundo tentava encontrar modelos de desenvolvimento, inscritos numa ideologia fornecida pela revolução cultural chinesa. Estas doutrinas foram caindo ao longo do tempo, mas não se extinguiram totalmente.
Os países do chamado Terceiro Mundo nunca constituíram um bloco geopolítico coeso, pois apresentam uma grande variedade de realidades sociais, culturais, políticas e económicas. Estas nações estão divididas em organizações de carácter regional, linguístico, político e religioso como são os casos da Liga Árabe ou da Conferência Islâmica. E encontram-se fragilizadas pois não dispõem de uma liderança carismática e concertante; além disso, os argumentos da política neutral e do tricontinentalismo tão-pouco funcionam como uma força unificadora.
As revoluções marxistas, muitas vezes contrariamente ao esperado, falharam no cumprimento dos projetos e dos ideais propostos em muitas nações que enveredaram por este caminho. Deste modo, o estado totalitário e os direitos do homem ainda são questões em aberto em inúmeros pontos do globo.
A ascensão dos fundamentalismos em países de fraco desenvolvimento económico e social como o Sudão e o Irão e a vingança de algumas comunidades e grupos sociais inferiores exprimem hoje formas de vida totalmente diversas dos esquemas ocidentais.
O conceito de subdesenvolvimento é, como se pode ver, um conceito controverso que realça os desequilíbrios espaciais entre o litoral e o interior e a transição urbana das sociedades. Os países em vias de desenvolvimento são uma massa que vive num meio termo, são economias subterrâneas de camponeses em desespero que vivem em sociedades desruralizadas e que se debatem com os problemas inerentes à marginalidade; arredados dos programas e estratégias de desenvolvimento.
De entre este tipo de países subdesenvolvidos ou do Terceiro Mundo destacam-se os Novos Países Industriais (NPI), pois estes alcançaram algum grau de desenvolvimento.
A "renovação verde" e o progresso tecnológico são algumas das melhorias pontuais operadas nestes países; contudo, estes avanços não sustêm os problemas de sub-nutrição e de saúde e educação que afetam ainda nos nossos dias milhões de habitantes em todos os continentes do Mundo.
Algumas organizações internacionais de solidariedade tentam dar um contributo para amenizar a dor sentida por muitos seres humanos privados dos seus direitos essenciais. A UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), fundada em 1946, e a UNICEF (Fundo Internacional de Emergência para a Infância das Nações Unidas), constituída em 1945, são duas das mais ativas organizações que têm uma intervenção permanente nos pontos do Mundo menos desenvolvidos.
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Porto Editora – Ocidente Rico e Terceiro Mundo em Vias de Desenvolvimento: o Diálogo Norte / Sul e a Cooperação na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-06-01 14:20:51]. Disponível em
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