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onomástica
Embora a ideia de abordar sistematicamente os nomes próprios tivesse surgido com os estudos que os eruditos renascentistas fizeram dos clássicos greco-latinos, considera-se que o estudo dos antropónimos começou verdadeiramente no século XVII. Algumas das obras desta época, como o Traité de l'origine des noms et des surnoms de A. de La Rocque (Tratado da Origem dos Nomes e Apelidos, 1681), ainda hoje têm valor científico; certamente mais do que alguns trabalhos do século XIX, escritos por curiosos sem grande espírito crítico, ou até do século XX, em que etimologias discutíveis se misturam com interpretações astrológicas de valor duvidoso.
É curioso notar que a grande maioria das obras publicadas sobre este tema são estrangeiras. Ainda está por fazer um estudo definitivo da onomástica portuguesa. Mas há trabalhos parciais, desde o Onomástico Medieval Português de A. A. Cortesão aos valiosos estudos de José Pedro Machado, passando pelas obras de J. Leite de Vasconcelos, Sousa Viterbo, Paiva Boléo, Pedro Serra e outros.
Pode explicar-se, muito esquematicamente, como podemos vir a conhecer as origens dos nomes. Recorremos para tal a duas ciências auxiliares da História: a epigrafia e a paleografia. A primeira ensina-nos a ler as inscrições em pedra, madeira, marfim, barro, etc.; a segunda os textos escritos em papel, papiro ou pergaminho. Estes documentos, se forem datados e comparados uns com os outros, em ordem cronológica, permitem-nos seguir a evolução de um nome, e por vezes até reconstituir um nome que sabemos que deve ter existido, mas de que não conhecemos um exemplo escrito.
Chegaram até nós milhares de inscrições antigas que incluem nomes, desde os textos sumérios até às lápides funerárias paleocristãs. A Idade Média deixou-nos um número considerável de documentos em pergaminho, geralmente escrituras ou testamentos, quer isolados quer em códices, de valor inestimável para a onomástica, e em especial para a antroponímia. Sobretudo a partir do Renascimento, podemos também contar com obras literárias. Os nomes mais recentes podem ser estudados através da imprensa, de alguns estudos sociológicos e até dos diplomas legais.
É curioso notar que a grande maioria das obras publicadas sobre este tema são estrangeiras. Ainda está por fazer um estudo definitivo da onomástica portuguesa. Mas há trabalhos parciais, desde o Onomástico Medieval Português de A. A. Cortesão aos valiosos estudos de José Pedro Machado, passando pelas obras de J. Leite de Vasconcelos, Sousa Viterbo, Paiva Boléo, Pedro Serra e outros.
Pode explicar-se, muito esquematicamente, como podemos vir a conhecer as origens dos nomes. Recorremos para tal a duas ciências auxiliares da História: a epigrafia e a paleografia. A primeira ensina-nos a ler as inscrições em pedra, madeira, marfim, barro, etc.; a segunda os textos escritos em papel, papiro ou pergaminho. Estes documentos, se forem datados e comparados uns com os outros, em ordem cronológica, permitem-nos seguir a evolução de um nome, e por vezes até reconstituir um nome que sabemos que deve ter existido, mas de que não conhecemos um exemplo escrito.
Chegaram até nós milhares de inscrições antigas que incluem nomes, desde os textos sumérios até às lápides funerárias paleocristãs. A Idade Média deixou-nos um número considerável de documentos em pergaminho, geralmente escrituras ou testamentos, quer isolados quer em códices, de valor inestimável para a onomástica, e em especial para a antroponímia. Sobretudo a partir do Renascimento, podemos também contar com obras literárias. Os nomes mais recentes podem ser estudados através da imprensa, de alguns estudos sociológicos e até dos diplomas legais.
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Como referenciar
Porto Editora – onomástica na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-06-07 22:45:27]. Disponível em
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