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Palácio de S. Bento
Em pleno coração de Lisboa situa-se o Palácio de S. Bento, edifício construído sobre o quinhentista Convento de S. Bento e na área da sua extensa e antiga cerca. Neste monumento funciona a Assembleia da República, instituição central do sistema democrático português.
Escapando ileso ao terramoto de 1755, o cenóbio seria convertido após a extinção das ordens religiosas em Portugal, decorria o ano de 1834. Novas perspetivas abriam-se ao extinto convento beneditino, realizando-se aí as Cortes Constituintes, na presença de D. Pedro IV. Para isso, o arquiteto Possidónio da Silva fez algumas adaptações, sem alterar em demasia a estrutura primitiva conventual. No entanto, um incêndio em 1895 destruiu por completo o edifício, pelo que foi decidido reedificá-lo de raiz, com o objetivo de prosseguir a sua missão legislativa. Ventura Terra foi o arquiteto que delineou o projeto do novo Palácio de S. Bento. Iniciadas nos finais de Oitocentos, as obras prolongaram-se vagarosamente até 1933, sendo concluídas pela Direção-Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN).
De linhas clássicas, ressalta da sua extensa fachada nobre, ritmada por elevado número de janelas, o sentido de monumentalidade e imponência que lhe é conferido pelo corpo central avançado. Este é constituído por dois andares - o primeiro formado por arcarias e o segundo por dupla colunata - e rematado por frontão triangular, com o tímpano preenchido por esculturas alegóricas da autoria de Simões de Almeida, sobrinho. A transposição do acidentado terreno, onde se ergue a imensa mole de S. Bento, é realizada por escadaria de vários lanços, construída entre 1937 e 1938 e enquadrada por volumosas esculturas de leões na sua base.
O Arquivo Nacional da Torre do Tombo - transferido para a ala norte do Palácio de S. Bento, após o terramoto de 1755 que derrubou a Torre do Castelo de S. Jorge, onde se encontrava depositado - funcionou aqui até aos finais da década de 80 do século XX, altura em que foi construído mais amplo e condigno edifício na Cidade Universitária de Lisboa.
O interior do Palácio de S. Bento é notável, tanto pela riqueza dos seus materiais como pelas obras de arte que o decoram. Acede-se à Galeria dos Passos Perdidos a partir de três lanços de escada, com as paredes em mármore e decoradas com óleos de Columbano, versando temas das cortes medievais.
O Hemiciclo, lugar onde têm lugar as sessões da Assembleia da República, é coberto por estrutura de vidro e ferro e formado por duas galerias sobrepostas, sustentadas por colunas de mármore rosa. Para além da estátua da República, o painel alegórico de Veloso Salgado mostra as Constituintes de 1821, onde foi aclamada a primeira constituição portuguesa.
Outras dependências possuem dignidade maior, como são o caso da elegante Sala do Senado, com um quadro de Carlos Reis representando a Pátria, ou o Salão Nobre decorado por sete frescos alusivos aos Descobrimentos Portugueses. De destacar ainda a Biblioteca e o Museu Histórico da Assembleia da República, onde se podem consultar e admirar importantes obras bibliográficas e um acervo variado de pinturas, gravuras, esculturas e mobiliário.
Escapando ileso ao terramoto de 1755, o cenóbio seria convertido após a extinção das ordens religiosas em Portugal, decorria o ano de 1834. Novas perspetivas abriam-se ao extinto convento beneditino, realizando-se aí as Cortes Constituintes, na presença de D. Pedro IV. Para isso, o arquiteto Possidónio da Silva fez algumas adaptações, sem alterar em demasia a estrutura primitiva conventual. No entanto, um incêndio em 1895 destruiu por completo o edifício, pelo que foi decidido reedificá-lo de raiz, com o objetivo de prosseguir a sua missão legislativa. Ventura Terra foi o arquiteto que delineou o projeto do novo Palácio de S. Bento. Iniciadas nos finais de Oitocentos, as obras prolongaram-se vagarosamente até 1933, sendo concluídas pela Direção-Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN).
De linhas clássicas, ressalta da sua extensa fachada nobre, ritmada por elevado número de janelas, o sentido de monumentalidade e imponência que lhe é conferido pelo corpo central avançado. Este é constituído por dois andares - o primeiro formado por arcarias e o segundo por dupla colunata - e rematado por frontão triangular, com o tímpano preenchido por esculturas alegóricas da autoria de Simões de Almeida, sobrinho. A transposição do acidentado terreno, onde se ergue a imensa mole de S. Bento, é realizada por escadaria de vários lanços, construída entre 1937 e 1938 e enquadrada por volumosas esculturas de leões na sua base.
O interior do Palácio de S. Bento é notável, tanto pela riqueza dos seus materiais como pelas obras de arte que o decoram. Acede-se à Galeria dos Passos Perdidos a partir de três lanços de escada, com as paredes em mármore e decoradas com óleos de Columbano, versando temas das cortes medievais.
O Hemiciclo, lugar onde têm lugar as sessões da Assembleia da República, é coberto por estrutura de vidro e ferro e formado por duas galerias sobrepostas, sustentadas por colunas de mármore rosa. Para além da estátua da República, o painel alegórico de Veloso Salgado mostra as Constituintes de 1821, onde foi aclamada a primeira constituição portuguesa.
Outras dependências possuem dignidade maior, como são o caso da elegante Sala do Senado, com um quadro de Carlos Reis representando a Pátria, ou o Salão Nobre decorado por sete frescos alusivos aos Descobrimentos Portugueses. De destacar ainda a Biblioteca e o Museu Histórico da Assembleia da República, onde se podem consultar e admirar importantes obras bibliográficas e um acervo variado de pinturas, gravuras, esculturas e mobiliário.
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Como referenciar
Porto Editora – Palácio de S. Bento na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-01-30 18:48:33]. Disponível em
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