poluição dos mares e oceanos
O mar foi desde sempre considerado como um vazadouro natural e durante milénios os ciclos biológicos asseguravam em larga medida a absorção dos dejetos e a purificação das águas. Atualmente, graças à sociedade industrializada e ao mundo militarizado, chegamos a um estado de desequilibrio do meio marinho. Nele atuam diversos fatores químicos, físicos e biológicos.
O mar possui uma grande capacidade de autodepuração e constitui um meio pouco favorável ao desenvolvimento da maioria dos germes patogénicos. Contudo, o lançamento incontrolado de águas utilizadas, provenientes de zonas urbanas, e os resíduos industriais tornaram as águas costeiras num meio propício ao desenvolvimento de microrganismos patogénicos.
Embora os microrganismos não representem, em regra, um grande perigo para os indivíduos que se banhem nas praias, com exceção do caso de elevadas poluições fecais, constituem um risco indiscutível para quem se alimenta de seres vivos criados nesse meio.
Por exemplo, a presença de abundante matéria orgânica favorece o desenvolvimento e crescimento de bancos de moluscos comestíveis que absorvem e retêm numerosos microrganismos patogénicos para os humanos. Este fenómeno explica a frequência de salmoneloses humanas e outras doenças provocadas por ingestão de moluscos (ostras, amêijoas, berbigão, etc.). Contaminações semelhantes podem ocorrer com os peixes que entram na cadeia alimentar dos humanos.
A poluição química dos mares e oceanos reveste uma importância muito maior do que a poluição por microrganismos. Numerosos detergentes e pesticidas arrastados pelas águas fluviais têm efeitos muito nocivos sobre a fauna e a flora litorais.
Outros produtos de origem industrial podem ter efeitos catastróficos nas comunidades costeiras. Os agentes poluentes, em geral, percorrem toda a cadeia trófica marinha, iniciando-se no fitoplâncton e zooplâncton, para se concentrarem finalmente nos moluscos e peixes que são comidos pelos humanos.
Os produtos petrolíferos têm um efeito nefasto sobre toda a vida marinha e litoral onde atuam. As correntes marinhas facilitam a formação de marés negras, que se abatem sobre as praias e outras zonas costeiras. Os hidrocarbonetos espalhados nos mares e oceanos provêm sobretudo dos petroleiros que limpam os seus depósitos no alto mar e descarregam assim em cada viagem cerca de um por cento do seu carregamento. Esta percentagem pressupõe, ao fim de alguns anos, a existência de muitos milhares de toneladas de produtos petrolíferos espalhados pelos oceanos.
Entre as águas mais gravemente poluídas destacam-se as do Mar Mediterrâneo (também, por isso, designado a "fossa da Europa"), atravessado por milhares de petroleiros, as do Mar do Norte, o Canal da Mancha e os mares próximos do Japão.
A contaminação do meio ambiente por produtos petrolíferos tem como efeito a diminuição da fotossíntese, o tornar difícil a oxigenação das águas devido à camada de hidrocarbonetos e a intoxicação de muitos animais. As aves são particularmente afetadas. Em 1963, um acidente com o navio Ger-Maersk, na embocadura do Rio Elba, foi responsável pela morte de cerca de 500 000 aves de 19 espécies diferentes. Calcula-se que na Grã-Bretanha o número de aves vítimas de intoxicação por hidrocarbonetos seja de 250 000 por ano. Além das aves, são afetados os moluscos, os crustáceos costeiros e os peixes.
Quanto mais elevado for o nível do organismo na cadeia alimentar, maior é a concentração de poluentes que podem acabar por afetar os humanos, pois estes também são um elo da cadeia alimentar.
O mar possui uma grande capacidade de autodepuração e constitui um meio pouco favorável ao desenvolvimento da maioria dos germes patogénicos. Contudo, o lançamento incontrolado de águas utilizadas, provenientes de zonas urbanas, e os resíduos industriais tornaram as águas costeiras num meio propício ao desenvolvimento de microrganismos patogénicos.
Embora os microrganismos não representem, em regra, um grande perigo para os indivíduos que se banhem nas praias, com exceção do caso de elevadas poluições fecais, constituem um risco indiscutível para quem se alimenta de seres vivos criados nesse meio.
Por exemplo, a presença de abundante matéria orgânica favorece o desenvolvimento e crescimento de bancos de moluscos comestíveis que absorvem e retêm numerosos microrganismos patogénicos para os humanos. Este fenómeno explica a frequência de salmoneloses humanas e outras doenças provocadas por ingestão de moluscos (ostras, amêijoas, berbigão, etc.). Contaminações semelhantes podem ocorrer com os peixes que entram na cadeia alimentar dos humanos.
A poluição química dos mares e oceanos reveste uma importância muito maior do que a poluição por microrganismos. Numerosos detergentes e pesticidas arrastados pelas águas fluviais têm efeitos muito nocivos sobre a fauna e a flora litorais.
Outros produtos de origem industrial podem ter efeitos catastróficos nas comunidades costeiras. Os agentes poluentes, em geral, percorrem toda a cadeia trófica marinha, iniciando-se no fitoplâncton e zooplâncton, para se concentrarem finalmente nos moluscos e peixes que são comidos pelos humanos.
Os produtos petrolíferos têm um efeito nefasto sobre toda a vida marinha e litoral onde atuam. As correntes marinhas facilitam a formação de marés negras, que se abatem sobre as praias e outras zonas costeiras. Os hidrocarbonetos espalhados nos mares e oceanos provêm sobretudo dos petroleiros que limpam os seus depósitos no alto mar e descarregam assim em cada viagem cerca de um por cento do seu carregamento. Esta percentagem pressupõe, ao fim de alguns anos, a existência de muitos milhares de toneladas de produtos petrolíferos espalhados pelos oceanos.
Entre as águas mais gravemente poluídas destacam-se as do Mar Mediterrâneo (também, por isso, designado a "fossa da Europa"), atravessado por milhares de petroleiros, as do Mar do Norte, o Canal da Mancha e os mares próximos do Japão.
A contaminação do meio ambiente por produtos petrolíferos tem como efeito a diminuição da fotossíntese, o tornar difícil a oxigenação das águas devido à camada de hidrocarbonetos e a intoxicação de muitos animais. As aves são particularmente afetadas. Em 1963, um acidente com o navio Ger-Maersk, na embocadura do Rio Elba, foi responsável pela morte de cerca de 500 000 aves de 19 espécies diferentes. Calcula-se que na Grã-Bretanha o número de aves vítimas de intoxicação por hidrocarbonetos seja de 250 000 por ano. Além das aves, são afetados os moluscos, os crustáceos costeiros e os peixes.
Quanto mais elevado for o nível do organismo na cadeia alimentar, maior é a concentração de poluentes que podem acabar por afetar os humanos, pois estes também são um elo da cadeia alimentar.
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Como referenciar
Porto Editora – poluição dos mares e oceanos na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-11-30 18:46:43]. Disponível em
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