psicanálise
A psicanálise, disciplina fundada pelo neurologista austríaco Sigmund Freud, é uma ciência que tem como objeto o inconsciente (tudo aquilo que está fora do alcance da consciência), isto é, procura as raízes do comportamento humano nas motivações e nos conflitos inconscientes.
É na interpretação do inconsciente que reside o trabalho do psicoterapeuta. Este realiza tal interpretação (análise psíquica) a partir de uma análise dos sonhos, dos atos falhados (lapsos ou falhas da linguagem que traduzem desejos inconscientes), dos sintomas que os doentes apresentam e da forma como as pessoas livremente fazem a associação de ideias (falarem livremente sobre o que lhes ocorre, mas que está a ser analisado pelo psicoterapeuta).
Théodore Ribot, Pierre Janet e Jean-Martin Charcot foram os primeiros a verificar a existência da atividade psíquica inconsciente mas, no entanto, foi Freud que conseguiu ser o primeiro a fazer a demonstração da existência da atividade psíquica inconsciente e a formular as leis do dinamismo inconsciente. Ao estudar os casos de histeria, concluiu que determinados factos passados na infância ficavam gravados no psiquismo e que, ao trazer tais factos ligados a vivências traumatizantes para a vida consciente, as manifestações de histeria desapareciam.
O seu ponto de partida foi com o conceito da libido (considerada uma energia, instinto, de natureza sexual) e com a estipulação do princípio do prazer e do princípio da realidade que regem a nossa vida psíquica. O primeiro, que governa o inconsciente, explica que o homem age procurando o prazer, satisfazendo os desejos e evitando a dor. O segundo explica que a vida em sociedade não se rege por esses princípios, tendo o homem que tomar consciência e conformar-se com as exigências do meio ambiente.
Freud idealizou duas teorias, que explicariam a composição do psiquismo humano. Na primeira tópica, estipulou que o nosso aparelho psíquico é constituído pelo inconsciente (zona dos desejos e impulsos de natureza sexual), pelo subconsciente (zona intermédia entre o consciente e o inconsciente) e pelo consciente (zona da razão e do contacto com o mundo exterior). Numa segunda teoria apresenta os conceitos do Id (campo de natureza primitiva e instintiva), do Ego (parte que contacta com a realidade) e do Superego (atua como um "juiz" das nossas atividades e pensamentos).
O "pai" da psicanálise desenvolveu um modelo de estádios pelos quais todos os seres humanos passam. Este modelo apresenta seis fases de desenvolvimento baseadas em formas de gratificação e localizadas em diferentes áreas físicas (zona erógena - região do corpo que, quando estimulada, dá lugar a uma sensação sexual); que ocorrem desde o nascimento ao estado adulto.
A primeira fase (a oral) inicia-se com o nascimento e é caracterizada por as necessidades e as gratificações estarem centradas na zona da boca.
A fase anal, ocorre entre os dois e os quatro anos, porque a criança passa a ter prazer com a expulsão ou retenção das fezes.
A fase fálica inicia-se a partir dos três anos e termina por volta dos cinco, seis anos. As crianças centram o seu prazer na estimulação das zonas genitais do seu corpo. Posteriormente, ao longo desta fase, aparecem os famosos complexo de Édipo e complexo de Electra. Acredita-se que todas as crianças, nesta altura, sentem o desejo de possuir o elemento do sexo oposto e, simultaneamente, o desejo de eliminar o rival do mesmo sexo.
A etapa seguinte é a do período de lactência que ocorre entre os cinco, seis anos até à puberdade (período da maturação total dos órgãos sexuais).
A quinta etapa é a fase genital ou, por outras palavras, da puberdade e da adolescência.
As etapas ou fases do desenvolvimento terminam no período adulto. O jovem torna-se afetivamente e economicamente independente.
Alguns defensores deste modelo terapêutico, partindo das doutrinas de Freud, delas discordaram em alguns dos seus pressupostos, formando outros modelos com base na psicanálise.
É na interpretação do inconsciente que reside o trabalho do psicoterapeuta. Este realiza tal interpretação (análise psíquica) a partir de uma análise dos sonhos, dos atos falhados (lapsos ou falhas da linguagem que traduzem desejos inconscientes), dos sintomas que os doentes apresentam e da forma como as pessoas livremente fazem a associação de ideias (falarem livremente sobre o que lhes ocorre, mas que está a ser analisado pelo psicoterapeuta).
Théodore Ribot, Pierre Janet e Jean-Martin Charcot foram os primeiros a verificar a existência da atividade psíquica inconsciente mas, no entanto, foi Freud que conseguiu ser o primeiro a fazer a demonstração da existência da atividade psíquica inconsciente e a formular as leis do dinamismo inconsciente. Ao estudar os casos de histeria, concluiu que determinados factos passados na infância ficavam gravados no psiquismo e que, ao trazer tais factos ligados a vivências traumatizantes para a vida consciente, as manifestações de histeria desapareciam.
O seu ponto de partida foi com o conceito da libido (considerada uma energia, instinto, de natureza sexual) e com a estipulação do princípio do prazer e do princípio da realidade que regem a nossa vida psíquica. O primeiro, que governa o inconsciente, explica que o homem age procurando o prazer, satisfazendo os desejos e evitando a dor. O segundo explica que a vida em sociedade não se rege por esses princípios, tendo o homem que tomar consciência e conformar-se com as exigências do meio ambiente.
Freud idealizou duas teorias, que explicariam a composição do psiquismo humano. Na primeira tópica, estipulou que o nosso aparelho psíquico é constituído pelo inconsciente (zona dos desejos e impulsos de natureza sexual), pelo subconsciente (zona intermédia entre o consciente e o inconsciente) e pelo consciente (zona da razão e do contacto com o mundo exterior). Numa segunda teoria apresenta os conceitos do Id (campo de natureza primitiva e instintiva), do Ego (parte que contacta com a realidade) e do Superego (atua como um "juiz" das nossas atividades e pensamentos).
O "pai" da psicanálise desenvolveu um modelo de estádios pelos quais todos os seres humanos passam. Este modelo apresenta seis fases de desenvolvimento baseadas em formas de gratificação e localizadas em diferentes áreas físicas (zona erógena - região do corpo que, quando estimulada, dá lugar a uma sensação sexual); que ocorrem desde o nascimento ao estado adulto.
A primeira fase (a oral) inicia-se com o nascimento e é caracterizada por as necessidades e as gratificações estarem centradas na zona da boca.
A fase anal, ocorre entre os dois e os quatro anos, porque a criança passa a ter prazer com a expulsão ou retenção das fezes.
A fase fálica inicia-se a partir dos três anos e termina por volta dos cinco, seis anos. As crianças centram o seu prazer na estimulação das zonas genitais do seu corpo. Posteriormente, ao longo desta fase, aparecem os famosos complexo de Édipo e complexo de Electra. Acredita-se que todas as crianças, nesta altura, sentem o desejo de possuir o elemento do sexo oposto e, simultaneamente, o desejo de eliminar o rival do mesmo sexo.
A etapa seguinte é a do período de lactência que ocorre entre os cinco, seis anos até à puberdade (período da maturação total dos órgãos sexuais).
A quinta etapa é a fase genital ou, por outras palavras, da puberdade e da adolescência.
As etapas ou fases do desenvolvimento terminam no período adulto. O jovem torna-se afetivamente e economicamente independente.
Alguns defensores deste modelo terapêutico, partindo das doutrinas de Freud, delas discordaram em alguns dos seus pressupostos, formando outros modelos com base na psicanálise.
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Como referenciar
Porto Editora – psicanálise na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-03-31 00:47:21]. Disponível em
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