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racialização
O termo racialização surgiu na década de sessenta do século XX para exprimir o processo social, político e religioso a partir do qual certas camadas da população de etnia diferente eram identificadas em relação à maioria da população, tendo em conta que esta identificação estava diretamente associada ao seu aspeto, características fenotípicas ou à sua cultura étnica.
As características fenotípicas, vulgarmente chamadas de raciais, de natureza real ou imaginária, foram durante anos utilizadas pela sociedade e pelo poder político como uma noção de diversidade biológica, normalmente associada a preconceitos de inferioridade e de desprezo relativamente à diferença. A análise deste processo, chamado de racialização, chegou à conclusão que este não era um fenómeno universal, mas sobretudo criado no chamado mundo ocidental. Os estudos vieram confirmar que as noções de raça não eram naturais ou biológicas, mas construídas nas sociedades, tanto a nível social como a nível académico, sobretudo nos estudos históricos e científicos levados a cabo durante os séculos XVIII e XIX. No entanto, distinguem-se os conceitos de racismo e de racialização, uma vez que, podendo coincidir em algumas situações, podem nada ter a ver uma com a outra em outras análises. Por exemplo, no caso das vítimas de racismo, estas normalmente sofrem de um processo de racialização, mas ao estabelecerem o processo de racialização em relação às pessoas que as vitimizaram, distinguindo-as enquanto raça, muitas vezes essa distinção pode não ter qualquer conteúdo racista.
O processo de racialização não foi desenvolvido apenas de forma intelectual ou ideológica, mas também na vivência do dia a dia e o termo passou a designar qualquer atitude, situação ou processo que induzisse à caracterização de uma parte da população segundo uma valorização racial. Exemplos de racialização aconteceram com a comunidade imigrante irlandesa nos Estados Unidos da América no século XIX, que era considerada uma raça diferente. O mesmo processo aconteceu com a migração nos anos cinquenta do século XX dos súbditos britânicos, sobretudo da antiga colónia britânica da Índia, para a Grã-Bretanha.
As características fenotípicas, vulgarmente chamadas de raciais, de natureza real ou imaginária, foram durante anos utilizadas pela sociedade e pelo poder político como uma noção de diversidade biológica, normalmente associada a preconceitos de inferioridade e de desprezo relativamente à diferença. A análise deste processo, chamado de racialização, chegou à conclusão que este não era um fenómeno universal, mas sobretudo criado no chamado mundo ocidental. Os estudos vieram confirmar que as noções de raça não eram naturais ou biológicas, mas construídas nas sociedades, tanto a nível social como a nível académico, sobretudo nos estudos históricos e científicos levados a cabo durante os séculos XVIII e XIX. No entanto, distinguem-se os conceitos de racismo e de racialização, uma vez que, podendo coincidir em algumas situações, podem nada ter a ver uma com a outra em outras análises. Por exemplo, no caso das vítimas de racismo, estas normalmente sofrem de um processo de racialização, mas ao estabelecerem o processo de racialização em relação às pessoas que as vitimizaram, distinguindo-as enquanto raça, muitas vezes essa distinção pode não ter qualquer conteúdo racista.
O processo de racialização não foi desenvolvido apenas de forma intelectual ou ideológica, mas também na vivência do dia a dia e o termo passou a designar qualquer atitude, situação ou processo que induzisse à caracterização de uma parte da população segundo uma valorização racial. Exemplos de racialização aconteceram com a comunidade imigrante irlandesa nos Estados Unidos da América no século XIX, que era considerada uma raça diferente. O mesmo processo aconteceu com a migração nos anos cinquenta do século XX dos súbditos britânicos, sobretudo da antiga colónia britânica da Índia, para a Grã-Bretanha.
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Como referenciar
Porto Editora – racialização na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-09-27 11:56:47]. Disponível em
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