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Realismo Mágico
A expressão "Realismo Mágico" foi cunhada em 1925 por um crítico de Arte alemão, Franz Roh, para designar inicialmente um grupo de pintores que exprimiam um certo onirismo de forma realista.
A expressão foi repescada em 1949 pelo escritor cubano Alejo Carpentier, para se referir a certas obras da literatura latino-americana e, mais tarde, em 1955, por Ángel Flores, para designar o trabalho de Jorge Luis Borges em comparação com o de Franz Kafka, segundo o crítico, seu equivalente europeu.
Desde então, o termo designa uma técnica literária em que a recriação de uma realidade geralmente sombria e negativa, é atenuada das fatalidades a que está sujeita, através da recorrência a episódios maravilhosos e fantásticos, por vezes surrealistas.
Embora a expressão tenha sido associada à obra dos romancistas latino-americanos, como Gabriel García Márquez, Miguel Ángel Asturias, Carlos Fuentes, Julio Cortázar e os já referidos Alejo Carpentier e Jorge Luis Borges, outros autores têm utilizado esta técnica, como Angela Carter, John Fowles, Günter Grass, Salman Rushdie, Ben Okri, Göran Tunström, Ernst Jünger, Italo Calvino e Mikhail Bulgakov.
Um bom exemplo do emprego do Realismo Mágico pode ser encontrado na obra Margarita e o Mestre (1966-67) da autoria de Bulgakov, em que as vicissitudes da Moscovo estalinista se transfiguram num combate metafísico entre o Bem, que o Homem serve através da consciência, e o Mal, encarnado pela personagem de nome Woland, mas que no fundo pretende designar o próprio Estaline. As personagens movimentam-se na vida real descrita pela obra até ao momento em que têm que tomar decisões que dizem respeito ao espírito, altura em que o sobrenatural transmuta a perceção e anula as relações causa-efeito.
O Realismo Mágico ocorre também de um modo significativo na famosa obra Die Blechtrommel (1959, O Tambor) na qual o protagonista, uma criança de nome Oscar Matzerath, se recusa a crescer em sinal de protesto contra a degradação da personalidade coletiva ante os horrores da Segunda Guerra Mundial.
A expressão foi repescada em 1949 pelo escritor cubano Alejo Carpentier, para se referir a certas obras da literatura latino-americana e, mais tarde, em 1955, por Ángel Flores, para designar o trabalho de Jorge Luis Borges em comparação com o de Franz Kafka, segundo o crítico, seu equivalente europeu.
Desde então, o termo designa uma técnica literária em que a recriação de uma realidade geralmente sombria e negativa, é atenuada das fatalidades a que está sujeita, através da recorrência a episódios maravilhosos e fantásticos, por vezes surrealistas.
Um bom exemplo do emprego do Realismo Mágico pode ser encontrado na obra Margarita e o Mestre (1966-67) da autoria de Bulgakov, em que as vicissitudes da Moscovo estalinista se transfiguram num combate metafísico entre o Bem, que o Homem serve através da consciência, e o Mal, encarnado pela personagem de nome Woland, mas que no fundo pretende designar o próprio Estaline. As personagens movimentam-se na vida real descrita pela obra até ao momento em que têm que tomar decisões que dizem respeito ao espírito, altura em que o sobrenatural transmuta a perceção e anula as relações causa-efeito.
O Realismo Mágico ocorre também de um modo significativo na famosa obra Die Blechtrommel (1959, O Tambor) na qual o protagonista, uma criança de nome Oscar Matzerath, se recusa a crescer em sinal de protesto contra a degradação da personalidade coletiva ante os horrores da Segunda Guerra Mundial.
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Como referenciar
Porto Editora – Realismo Mágico na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-09-29 10:36:43]. Disponível em
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