reciprocidade
A reciprocidade é a característica do que é recíproco, sendo este tido como aquilo que marca uma troca equivalente entre duas entidades, grupos ou pessoas.
O carácter da reciprocidade é o respeito pelo que é mútuo, incluindo a ideia de partilha ou de retribuição.
O tema da reciprocidade foi tratado pelo filósofo Hegel, no início do século XIX, que o considerava como o tipo de relação entre dois termos que permite a cada um deles ser efetivamente ele próprio, conservar a sua identidade.
A reciprocidade faz parte das preocupações das democracias atuais, que consagraram esse conceito no Direito. Existe a reciprocidade diplomática, que atribui tratamento idêntico, em determinados casos, aos membros de diferentes países ligados por um tratado, no qual tal prerrogativa esteja consignada. Existe, igualmente, a reciprocidade legislativa, que iguala no tratamento, em determinados pontos, os nacionais de dois ou mais países, não porque tal tenha sido acordado através de um tratado, mas porque as leis internas dos países implicados o permitem.
A reciprocidade faz a passagem de algo, de uma pessoa ou grupo, para outra ou outro, sem qualquer carácter de obrigatoriedade, pelo contrário, voluntariamente.
Para além de ser um conceito-base da fotografia (lei da reciprocidade), da álgebra (equação recíproca), da análise matemática (função recíproca de uma função), da geometria, da linguística (verbos pronominais), a reciprocidade entra no domínio das Ciências Sociais, e particularmente no âmbito do intercultural, onde se preconizam trocas horizontais entre grupos de culturas diferentes, de forma que elas sejam profícuas para ambos, enriquecendo-as com elementos novos, sem que cada uma deixe de conservar a sua especificidade. Vivemos, atualmente, uma trepidante aceleração histórica, que nos obriga quase permanentemente a adaptarmo-nos a novas situações em que elementos de outras culturas são introduzidos na nossa. Ora, o ideal seria que não fossem sempre as mesmas culturas as dadoras, o mesmo se passando com as recebedoras. Pelo contrário, deveria haver uma troca, pois não há culturas superiores nem culturas inferiores. Pode haver sociedades mais desenvolvidas no ramo tecnológico, por exemplo, podendo ser úteis a outras mais atrasadas nesse domínio, que, certamente, terão outros aspetos, tais como valores, tradições, etc., que poderão trocar com as primeiras, pois todas as culturas são válidas e nos permitem aprendizagens. É este o verdadeiro sentido da reciprocidade cultural, em substituição da prática de assimilação das culturas minoritárias pelas culturas anfitriãs, transformando-as, frequentemente, em culturas minorizadas para conseguirem validar os seus propósitos.
O carácter da reciprocidade é o respeito pelo que é mútuo, incluindo a ideia de partilha ou de retribuição.
O tema da reciprocidade foi tratado pelo filósofo Hegel, no início do século XIX, que o considerava como o tipo de relação entre dois termos que permite a cada um deles ser efetivamente ele próprio, conservar a sua identidade.
A reciprocidade faz parte das preocupações das democracias atuais, que consagraram esse conceito no Direito. Existe a reciprocidade diplomática, que atribui tratamento idêntico, em determinados casos, aos membros de diferentes países ligados por um tratado, no qual tal prerrogativa esteja consignada. Existe, igualmente, a reciprocidade legislativa, que iguala no tratamento, em determinados pontos, os nacionais de dois ou mais países, não porque tal tenha sido acordado através de um tratado, mas porque as leis internas dos países implicados o permitem.
A reciprocidade faz a passagem de algo, de uma pessoa ou grupo, para outra ou outro, sem qualquer carácter de obrigatoriedade, pelo contrário, voluntariamente.
Para além de ser um conceito-base da fotografia (lei da reciprocidade), da álgebra (equação recíproca), da análise matemática (função recíproca de uma função), da geometria, da linguística (verbos pronominais), a reciprocidade entra no domínio das Ciências Sociais, e particularmente no âmbito do intercultural, onde se preconizam trocas horizontais entre grupos de culturas diferentes, de forma que elas sejam profícuas para ambos, enriquecendo-as com elementos novos, sem que cada uma deixe de conservar a sua especificidade. Vivemos, atualmente, uma trepidante aceleração histórica, que nos obriga quase permanentemente a adaptarmo-nos a novas situações em que elementos de outras culturas são introduzidos na nossa. Ora, o ideal seria que não fossem sempre as mesmas culturas as dadoras, o mesmo se passando com as recebedoras. Pelo contrário, deveria haver uma troca, pois não há culturas superiores nem culturas inferiores. Pode haver sociedades mais desenvolvidas no ramo tecnológico, por exemplo, podendo ser úteis a outras mais atrasadas nesse domínio, que, certamente, terão outros aspetos, tais como valores, tradições, etc., que poderão trocar com as primeiras, pois todas as culturas são válidas e nos permitem aprendizagens. É este o verdadeiro sentido da reciprocidade cultural, em substituição da prática de assimilação das culturas minoritárias pelas culturas anfitriãs, transformando-as, frequentemente, em culturas minorizadas para conseguirem validar os seus propósitos.
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Como referenciar
Porto Editora – reciprocidade na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-03-21 11:26:35]. Disponível em
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